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quarta-feira, 30 de julho de 2008

Ulemás marroquinos enviam pregadores ao Canadá e Europa

MARROCOS (40º) - Os ulemás marroquinos enviarão em setembro próximo ao Canadá e à Europa, 176 pregadores muçulmanos a fim de combater o fanatismo religioso e responder às necessidades espirituais dos fiéis marroquinos que vivem no exterior. A iniciativa é do Ministério dos Assuntos Religiosos de Rabat, capital de Marrocos, junto com o Conselho dos Ulemás marroquinos. Os religiosos muçulmanos, conforme anunciado pelo rei de Marrocos, Mohammed VI, terão ainda a tarefa de reaproximar os cidadãos marroquinos às suas raízes e ajudá-los a integrarem-se nas sociedades ocidentais.
O grupo de pregadores é formado por cento e sessenta e sete homens e nove mulheres que darão cursos e seminários contra a intolerância e a favor do diálogo inter-religioso. Por ocasião da festa de Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos, Marrocos enviará cem ministros da religião muçulmana à França, país europeu com a maior comunidade marroquina, trinta e um à Bélgica, dez à Itália e Alemanha, e sete à Espanha e Holanda. O resto do grupo será enviado à Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Suíça, Inglaterra e Canadá. Marrocos foi o primeiro país islâmico que em 2006 reconheceu com um diploma do Ministério dos Assuntos Religiosos, a função das ministras da religião muçulmana encarregadas de responder às exigências e às perguntas dos fiéis muçulmanos. Tradução: Tsuli Narimatsu
Fonte: Zenit

Instituto cristão é atacado, 265 estão feridos


INDONÉSIA (47º) - O Instituto Teólogico Cristão "Arastamr", localizado em Jacarta, capital da Indonésia, foi alvo de violentos confrontos realizados na semana passada entre cristãos e muçulmanos. As instalações foram danificadas e as autoridades ameaçam fechá-lo. O instituto, que pertencente a protestantes, foi fundado em 1987 pelo pastor Mathew Mangentang e possui 29 sedes espalhadas por toda a Indonésia. Há uma polêmica quanto à existência ou não de uma licença de funcionamento para operar que está sendo investigada pela polícia.

Apenas em Jacarta o instituto abriga milhares de estudantes, sendo que 265 deles ficaram gravemente feridos nos confrontos dos últimos dias, após serem atingidos por coquetéis molotov. Por causa dos conflitos, cerca de 1500 alunos estão agora hospedados no quartel da polícia e na sede de um partido político de inspiração cristã. A situação ainda é muito crítica e não está descartada a possibilidade de ocorrerem outros episódios de violências. Boato As tensões entre cristãos e muçulmanos aumentaram no último dia 26, depois do boato de que um estudante do instituto teria roubado uma bicicleta de um muçulmano que vive num bairro adjacente ao instituto. Tal acusação foi desmentida por Senny Manafe, diretor da instituição. Suspeita-se de que o presidente do Fórum dos Irmãos Muçulmanos do povoado de Pulo Kampung, Risman Hadi, seja a pessoa que estaria fomentando ainda mais as violências e acusações contra o Instituto Teológico. Ele se opôs no passado à fundação e às atividades realizadas pela instituição. Pedidos de Oração: - Ore pela situação em Jacarta. Peça pela paz entre cristãos e muçulmanos. - Ore pela plena recuperação dos feridos e para que eles perdoem os seus agressores. - Ore para que todas as tentativas de fechar o instituto sejam frustradas.

Tradução: Tsuli Narimatsu
Fonte: AsiaNews

domingo, 27 de julho de 2008

Acordo entre as duas Coréias faz 55 anos: comemore orando

CORÉIA DO NORTE (1º) - Hoje comemora-se o 55º aniversário do armistício assinado em julho de 1953, marcando o fim da guerra entre as duas Coréias, que manteve a divisão delas entre o Sul e o Norte e estabeleceu uma zona desmilitarizada de dois quilômetros em cada lado da fronteira, situação que permanece até hoje. A Coréia do Norte é um país comunista, que sofre com a falta de alimentos e um governo que canaliza seus recursos para ações militares e o desenvolvimento nuclear. Por isso a Portas Abertas convoca igrejas, ministérios e irmãos ao redor do mundo a orarem especialmente pela situação dos norte-coreanos.
O governo local decidiu erradicar todo e qualquer sinal de cristianismo no país. Há uma geração inteira de pessoas (com menos de 50 anos) que nunca ouviram falar em Deus ou em Jesus (leia mais). Pontos de Oração: -Interceda pelos cristãos que são mantidos presos, são maltratados, sofrem com a privação de alimentos e torturas físicas para que permaneçam firmes e vejam o livramento do Senhor. -Ore para que o país possa se abrir à ajuda internacional, para que o povo resista à opressão e para que o cristianismo, apesar de sufocado, possa se propagar de forma especial. - Peça para que o Espírito de Deus amoleça o coração das autoridades e para que elas deixem de ser dominadas pela vaidade e a vontade de manter o comunismo como solução política. - Ore para que os ensaios de reconciliação entre as duas Coréias realmente ocorram e para que a Coréia do Norte se abra à entrada de estrangeiros. Recentemente, uma cidadã da Coréia do Sul foi morta a tiros na Coréia do Norte porque ultrapassou a área militar em uma praia. Se quiser acompanhar o contexto histórico e geopolítico, leia abaixo as últimas mudanças:A Coréia foi um reino independente durante grande parte de sua história. Em 1905, o país foi invadido pelo Japão, durante a guerra Russo-Japonesa e a população foi obrigada a adotar o xintoísmo. Cinco anos depois, o Japão anexou formalmente toda a península da Coréia.A situação de dependência em relação aos japoneses permaneceu até 1945. A derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, em agosto, levou as nações vencedoras a proclamarem a autonomia da Coréia. Porém, na prática, o país permaneceu dividido em duas zonas de ocupação: o sul da península era controlado pelas tropas americanas, enquanto os soldados soviéticos permaneceram no norte. A linha de fronteira era o paralelo 38, que dividia a península em uma área de influência dos EUA e uma zona controlada pela URSS. Em meio à Guerra Fria, as tentativas de reunificação fracassaram. A porção norte, sob influência da União Soviética, construiu um governo comunista. Três anos depois, em 9 de setembro de 1948, foi proclamada a República Democrática Popular da Coréia, com capital em Pyongyang. Kim Il Sung foi nomeado presidente. Em 1950, as tropas da Coréia do Norte invadiram o Sul, em uma tentativa de unificar o país sob o regime comunista. A Guerra da Coréia (1950-1953) envolveu não só as duas Coréias, mas também os EUA e a ONU, em apoio ao Sul, e a URSS e a China, em defesa do governo comunista do Norte. Após mais de três anos de conflitos, foi assinado um armistício em julho de 1953. O acordo manteve a divisão entre as duas Coréias e estabeleceu uma zona desmilitarizada de dois quilômetros em cada lado da fronteira, situação que permanece até hoje. Exército Com a derrota na Guerra da Coréia, o presidente Kim Il Sung adotou uma política de "autoconfiança" diplomática e econômica, como forma de defesa contra a influência da União Soviética e da China comunista. No final da década de 1960, o governo norte-coreano empreendeu um programa de intensificação das forças militares. Convocou um grande exército permanente e construiu campos de aviação e hangares militares. O aumento dos gastos militares coincidiu com o início das dificuldades econômicas do país, devido ao fim do envio de ajuda financeira da União Soviética e da China. Em 1980, o ditador Kim Il Sung designou seu filho Kim Jong Il como sucessor. Kim Jong Il, até hoje no poder, assumiu após a morte do pai, em 1994. O novo ditador intensificou o envio de recursos para fins militares e a manutenção de um exército de aproximadamente um milhão de soldados. O governo norte-coreano também passou a investir em um programa nuclear. O desenvolvimento nuclear do país provocou, nos últimos anos, uma sucessão de crises diplomáticas entre a Coréia do Norte e outras potências nucleares. Em 2002, o governo de Kim Jong Il expulsou monitores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) após revelações de que o governo norte-coreano estava desenvolvendo um programa de armas nucleares baseado em enriquecimento de urânio, o que violava um tratado assinado entre o país e os Estados Unidos em 1994. Acusando a Coréia do Norte de desenvolver armas de destruição em massa e colaborar com o terrorismo, o governo dos EUA incluiu o país no "eixo do mal", que também inclui o Irã e o Iraque. Negociações A tensão aumentou em 2003, quando a Coréia do Norte anunciou sua retirada do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Também declarou ter completado o processo de extração de combustível nuclear, o que permite a fabricação de armas de plutônio. Devido à crise provocada pelas declarações, uma série de negociações foi iniciada em Pequim, a partir de agosto de 2003, envolvendo EUA, Coréia do Sul, Japão, China, Rússia e o governo norte-coreano. Em fevereiro de 2005, após várias rodadas de negociação fracassadas, a Coréia do Norte anunciou, pela primeira vez, que já possuía arsenal nuclear. Kim Jong Il retirou-se de forma definitiva das negociações multilaterais. A volta ao diálogo só ocorreu após um acordo secreto com os Estados Unidos. De volta às reuniões com os outros cinco países, em setembro de 2005, o governo norte-coreano propôs a suspensão de seus planos de testes atômicos. Porém o acordo não ocorreu. Em julho de 2006, o governo norte-coreano testou sete mísseis, inclusive de longo alcance, e confirmou que os testes foram bem-sucedidos. O ato foi interpretado pela comunidade internacional como uma provocação de Kim Jong Il. Um novo acordo ocorreu em 2007, após a Coréia do Norte concordar em fechar seu reator nuclear e permitir a volta de inspetores nucleares da ONU ao país. Em contrapartida à assinatura dos tratados de desarmamento nuclear, o país receberá ajuda econômica.
Tradução: Tsuli Narimatsu
Missão Portas Abertas

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Audiência transforma-se em interrogatório sobre cristãos

TURQUIA (34º) - Os advogados de defesa dos alegados assassinos da chacina em Malatya tentaram transformar a audiência do início do mês em uma investigação sobre as atividades missionárias cristã. A defesa também procurou estabelecer uma linha de questionamento ligada a uma teoria mirabolante de conspiração fundamentada nas afirmações dos assassinos de que o escritório da editora Zirve estava secretamente ligada ao grupo terrorista, ilegal, Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK). Mas o testemunho de primeira mão de uma testemunha de acusação, afirmando que conhecia pessoalmente os instigadores dessa conspiração mortal, predominou na audiência de sexta-feira (4 de julho) em que os advogados do querelante concluíram que essa declaração faz com que dêem “um passo adiante” para solucionar o caso.

Procurando aumentar os sentimentos contra os cristãos na Turquia, país onde 99% da população é muçulmana, os advogados dos assassinos bombardearam quatro das seis testemunhas que testificaram na audiência com perguntas em que sondavam a crença religiosa delas e o envolvimento em atividades cristãs. “Não se importe com os assassinatos, mas conte-nos sobre o trabalho missionário!” alardeou a manchete, cheia de sarcasmo, da primeira página do jornal “Taraf” na manhã seguinte ao julgamento. Essa foi a oitava audiência sobre o caso, em que cinco assassinos pegos na cena do crime e dois cúmplices estão sendo julgados pelo assassinato dos cristãos turcos Necati Aydin, Ugur Yuksel e Tilmann Geske, cristão alemão, no escritório de uma editora no sudeste da Turquia ( relembre o caso). Embora o juiz que presidia a audiência tenha aceitado a maioria das objeções do querelante em relação às perguntas irrelevantes dos advogados de defesa dos criminosos, a audiência, que se estendeu por todo o dia, foi marcada por disputas com gritos acalorados e recorrentes, trocados pelos defensores e acusadores na sala do tribunal. Exame das evidências irrelevantes “Foi delegada a você alguma autoridade para que espalhe o cristianismo?”, um advogado de defesa perguntou a Ozan Cobanoglu, a primeira testemunha a depor. Ozan Cobanoglu, estudante no oeste da Turquia, inocentemente pôs Emre Gunaydin, um dos alegados assassinos, em contato, por e-mail, com Necati Aydin, pastor turco protestante. Os advogados, indignados, imediatamente fizeram objeção a essa pergunta da defesa. “Essa questão não deve ser rejeitada, porque ela viola a restrição constitucional contra forçar alguém a declarar abertamente suas crenças”, afirmou o advogado Ali Koc. Momentos depois, a defesa fez a seguinte pergunta a Ozan Cobanoglu: “Por que Necati Aydin foi escolhido para liderar a igreja de Malatya? Quem o escolheu? Qual era a relevância de todas as mensagens de e-mails que ele recebia, parabenizando-o por sua nova posição em Zirve?” Essas perguntas não tinham relevância para o caso, conforme declarou o advogado Erdal Dogan. Respeito“Por favor, demonstre um pouco de respeito”, disse aos advogados de defesa. “Esse caso é sobre o assassinato brutal de três pessoas, e não uma inquirição sobre a fé cristã e suas práticas! Não seja ridículo!” Mas os advogados de defesa continuaram a fazer perguntas que o advogado do querelante considerou “absurdas”, pois diziam respeito às atividades cristãs relacionadas ao escritório da editora Zirve. Ao questionar Emin Mig, contador de Adana que estava trabalhando no escritório da editora naquela manhã, um pouco antes do ataque, os defensores exigiram que ele fornecesse detalhes sobre as atividades e a receita da companhia registrada por Tilmann Geske, o alemão morto nesse ataque. “A testemunha não está aqui para testificar a razão pela qual era o contador da Companhia da Estrada da Seda”, reclamaram os advogados do querelante. “Ele foi chamado para dar informações sobre o fato de que estivera na cena do crime naquele dia!” Gokhan Talas , cristão turco, e a esposa, residentes em Malatya quando os assassinatos ocorreram, também testificaram como testemunhas oculares, pois chegaram ao escritório da editora Zirve enquanto o crime era cometido. O casal tentou, sem sucesso, abrir a porta do escritório que ficou trancada durante o ataque e, a seguir, conversaram brevemente por celular com a vítima Yuksel, e este os avisou para que saíssem do escritório. Depois que Talas deu seu relato sobre o que acontecera, um advogado de defesa perguntou-lhe: “Em que regiões e para quais grupos da sociedade as atividades missionárias deles eram realizadas?” Quando o juiz aceitou a impugnação dessa pergunta, exigida pelos advogados do querelante, o advogado de defesa, prontamente, prosseguiu seu exame com esta pergunta: “Então, quais vilarejos eles ajudaram com a construção de projetos para disseminar sua fé?” Mais uma vez o juiz ordenou que a defesa retirasse a pergunta. Conspirações “terroristas”Mais tarde, Talas respondeu, de forma contundente, outra pergunta da defesa a respeito das atividades das vítimas de disseminar a fé cristã, se essas atividades estavam associadas com o PKK, terroristas separatistas que tentam formar um Estado curdo no sudeste da Turquia. “Nenhum cristão tem qualquer vínculo com o PKK”, afirmou Talas. “O sangue dos cristãos, até a última gota, está ligado a esta nação.” Emre Gunaydin e seu colaborador afirmaram nos interrogatórios na delegacia de polícia e nas declarações no tribunal que foram informados que os cristãos da editora Zirve eram, secretamente, aliados do PKK. Em um dado momento, o advogado de defesa, Mehmet Katar, mostrou uma página contendo a “descrição das tarefas”, retirada dos arquivos do computador da editora Zirve, insinuando que as expectativas de discipulado que os funcionários foram instruídos a seguir com os novos cristãos representavam, de fato, diretrizes de treinamento para as atividades do PKK. “Não há nem uma prova concreta disso!”, ridicularizou o advogado do querelante. “Onde eles querem chegar com estas perguntas?”, perguntou ao tribunal. “Até onde eles querem chegar com isso? Eles querem chegar à montanha de Kandil [o local onde o PKK se esconde, próximo à fronteira do Irã-Iraque]?” Os advogados do querelante chegaram até a contestar uma pergunta sobre atividades missionárias feita por Eray Gurtekin, o juiz que presidia a sessão. Ao interrompê-lo, eles lembraram o juiz que a Suprema Corte da Turquia determinara claramente que as atividades missionárias eram totalmente legais de acordo com a lei turca. Infelizmente, disseram os querelantes, a recusa contínua da Corte de Malatya de remover do caso os 16 arquivos de informação interna da editora Zirve apenas servia para encorajar a defesa a seguir essa linha de perguntas irrelevantes. As outras duas testemunhas que apareceram nas sessões da tarde da audiência relataram que tinham laços estreitos com o principal suspeito, Emre Gunaydin, que continua negando seu envolvimento ( leia mais).
Tradução: Maria Helena Aranha
Fonte: Compass Direct

terça-feira, 22 de julho de 2008

Pais cristãos perdem a guarda de duas filhas

PAQUISTÃO (15º) - O juiz Main Naeem Sardar decidiu no último dia 12 de julho que as filhas de um casal cristão, Saba Masih, 13 anos, e Aneela Masih, 10 anos, se converteram ao islamismo e portanto se tornaram muçulmanas, e por isso invalidou o direito legal de tutela dos pais. "O juiz disse que porque os pais são cristãos e as meninas disseram ao tribunal que adotaram o islã, a relação com elas havia terminado", disse o advogado Rashid Rehman, da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão ao Compass.
Sob a interpretação da lei islâmica, um cristão não pode ter a custódia de um muçulmano. Os pais das meninas vão recorrer da decisão. Segundo eles, elas foram seqüestradas e uma delas forçada a se casar ( relembre o caso) .As irmãs apareceram na audiência que ocorreu no distrito de Muzaffargarh na companhia de 16 homens muçulmanos e foram ouvidas em apenas cinco minutos. Ali elas disseram que a conversão delas era genuína, de acordo com o ativista de direitos humanos Ashfaq Fateh. Foi a primeira vez que Younis Masih e a esposa dele viram as filhas desde que elas desapareceram no dia 26 de junho, quando viajavam para a casa do tio em Sarwar Shaheed. Saba Masih contou ao tribunal que ela e a irmã mais nova, inspiradas pelo islã, foram ao encontro de Muhammed Arif Bajwa, o homem que os pais delas alegam tê-las seqüestrado. Menor de idadeDeclarando a idade dela como 17, Saba Masih disse que havia mudado o nome para Fatma Bibi, um nome muçulmano tradicional, e que havia se casado um homem muçulmano, Amjad Ali. Os pais sustentam que ela tem 13 anos. Pela lei paquistanesa, uma mulher pode se casar sem a aprovação dos guardiães legais aos 16 anos. “O juiz não me deu nem sequer um minuto para falar com minhas filhas", disse Younis Masih ao ativista Ashfaq Fateh. "Minhas meninas estiveram com esses homens nos últimos 20 dias; eles as pressionaram a mudar as mentes delas", afirmou. Os pais das meninas não puderam testemunhar nem submeter as certidões de nascimento e os registros de escola delas como evidência das verdadeiras idades de Saba e Aneela. “É possível determinar qual é a idade dela?" disse o advogado Rehman que levou o caso ao Tribunal de Lahore. As meninas e o marido de Saba Masih foram convocadas para uma audiência marcada inicialmente para o dia 29 de julho. Rehman acredita que a única saída para reverter o caso é que o tribunal leve em conta o fato de que as meninas são menores de idade e por isso pertencem legalmente à mãe delas. Depois que as duas filhas desaparecerem, no mês passado, Younis Masih foi chamado à delegacia de polícia local no dia 28 de junho. Muhammad Arif Bajwa, o suposto seqüestrador, registrou uma queixa na polícia pela custódia das filhas de Masih, fundamentada na suposta conversão delas ao islamismo. O oficial Imtiaz Chagwani recusou o pedido do pai das meninas de registrar o caso como seqüestro. Policial se recusa a registrar queixaO investigador Chaudry Tajeen disse que ele não podia comentar oficialmente por que Chagwani se recusou a registrar a queixa de Younis Masih quando o Compass entrou em contato com ele. Ele apenas confirmou que o oficial Imtiaz Chagwani foi substituído por Munawar Gulzar, mas não foi localizado quando o Compass ligou novamente para obter mais detalhes. Younis Masih teme que os novos guardiães legais das filhas dele tenham abusado delas sexualmente e que estejam ligados a uma rede de prostituição. O advogado Rashid Rehman, da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, disse, entretanto, que não há nenhuma evidência para provar essas reivindicações, e que as suspeitas do pai são legítimas. “O contrato de matrimônio com a menina pode significar que eles querem obter o controle sobre ela com a intenção de prostituição ou qualquer outra coisa", disse o advogado. Tradução: Tsuli Narimatsu
Fonte: Compass Direct

sexta-feira, 18 de julho de 2008

PALAVRA ADULTERADA

Salmos 127:2 - Bíblia NVTP (3)2 - Será inútil levantar cedo e dormir tarde, trabalhando arduamente por alimento. O Senhor concede sustento aos que determinam vitória pela fé.Filipenses 4:12, 13 - Bíblia NVTP (2)12 Sei o que é passar necessidade, mas hoje eu tenho fartura. Aprendi o segredo de viver contente , pois hoje vivo bem alimentado e não tenho fome, pois tenho muito e não passo necessidade. 13 Tudo posso naquele que me fortalece.Habacuque 3:17,18 - Bíblia NVTP (1)17 A figueira florescerá e haverá fruto na vide; e me surpreenderá o produto da oliveira, e os campos produzirão mantimento; pois as ovelhas da malhada serão abrigadas, e nos currais haverá gados; 18 porque eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação, pois ele sempre honra os que os servem.[Está é uma serie de versículos da Bíblia NVTP (Nova inVersão da Teologia da Prosperidade) que tem como objetivo confortar e encorajar o leitor a prosperar na vida. Para isso, usamos a Bíblia NVTP que mudou detalhes da Palavra para adaptar-se melhor a teologia da prosperidade e ao capitalismo.] Fonte: Blog do Marcos BotelhoColaboração: Marcos Nunues
Postado por Luiz Carlos Batista

O mercado da fé

A Igreja Universal do Reino de Deus - IURD - é a denominação evangélica que mais cresce no Brasil. Representando quase 10% do rebanho só perde para as igrejas Batistas e Assembléias de Deus. Segundo depoimento de Edir Macedo em seu livro biográfico, se não fosse o episódio do chute na santa, o avanço da IURD hoje seria bem maior.Para "o Bispo" oferta é investimento, trazer dinheiro ao altar é investir em si próprio. Ele não se envergonha em proclamar que para dízimos e ofertas vale a lei do "toma lá, dá cá". Para combater uma suposta "ideologia da pobreza" passada pela igreja católica ele prega uma suposta "ideologia da riqueza", a nossa velha conhecida teologia da prosperidade.Semana passada conheci uma sul-africana que me disse ter visto em seu país o surgimento da "Universal Church" brasileira, e que eles só querem dinheiro. Como havia me apresentado como cristão, fiz questão de me posicionar e dizer que não gosto da Universal.Esses dias, mais um vez, o Beto nos presenteou em seu Blog com um texto sábio, uma análise ácida (como disse alguém) sobre a Religião de consumo. Podemos extrair de suas palavras que esse mal não é exclusividade da IURD ou das igrejas neo pentecostais, muito menos só das igrejas evangélicas. Mas com certeza todos esses seguimentos tem contribuído muito para o alastramento dessa mentalidade de chegarmos ao altar com nossas demandas e ali pagarmos para recebermos os "produtos" ou "serviços" oferecidos pela divindade, através de seus representantes clericais.Mas afinal o que haveria de novo nisso tudo? Já na idade média o povo já não comprava os serviços da indulgência para garantir a salvação de parentes que penavam no purgatório? Religião no fundo no fundo sempre não foi esse jogo de clamarmos por socorro a Deus na hora do desespero e prometermos algo em troca?Um elemento que Beto levantou em seu texto e que vem me incomodando a tempo é a prática do "testemunho", talvez algo que no início começou a ser praticado ingenuamente sem maiores pretensões, para glorificar a Deus, mas que aos poucos se converteu quase que exclusivamente em estratégia de marketing. Precisamos reler Atos e extrair o real sentido das palavras de Jesus quando nos disse que seriamos suas testemunhas.Alguém como Inácio de Antioquia que, nos primeiros séculos da vida da igreja, caminhou para o martírio pedindo aos santos de Roma que não impedissem por meio de suas súplicas essa honra que lhe havia sido reservada de padecer pelo nome de Cristo, não encontraria nenhum lugar nos templos de hoje. Aliás aqueles que em Apocalipse clamavam pela intervenção divina, no sentido de justiçar e aliviar o sofrimento dos santos perseguidos, devem estar em férias coletivas. Quais sofrimentos, qual perseguição, qual martírio? Ser cristão, em nossos dias, assumiu outro significado: somos prósperos, abençoados, ricos, bem sucedidos (no sentido financeiro, físico, profissional, familiar). Essa é nossa melhor ferramenta de Marketing: um Deus que supre nossas demandas materiais! Por que falarmos de reveses? Isso só afugentará os novos clientes... Rasguemos de vez as bem-aventuranças ao meio e fiquemos só com a segunda parte das recompensas!Lamentavelmente não tivemos a maturidade suficiente para gerenciarmos a descoberta de que o Reino dos Céus começa aqui e não somente na vida vindoura. Muito rapidamente trocamos o conceito bíblico de Reino dos Céus pela nossa velha e mesquinha idéia egoísta de conforto e prazeres.Certamente falta muito discernimento. É preciso discernir entre o bem e o mal, entre o evangelho puro e singelo e o falso, do engano.
Fonte: Portas Abertas

As boas novas de Edir Macedo e da teologia da prosperidade

As boas novas anunciadas pela Igreja Universal do Reino de Deus são formidáveis. Não há quem não se deixe atrair por elas. É por essa razão que a Universal é o maior fenômeno religioso dos últimos tempos. Todavia, as boas novas de Edir Macedo não são exatamente as boas novas que foram anunciadas altas horas da noite aos pastores que apascentavam os seus rebanhos nas cercanias de Belém, no dia do nascimento de Jesus. Aos aterrorizados homens do campo, o anjo declarou: “Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10-11). Encabeçados pelo bispo maior, os bispos e os pastores da Universal estão apresentando ao povo, pelo púlpito, pelas sessões de descarrego, pela televisão, pelas emissoras de rádio e por meio de seus periódicos e livros, o “Jesus errado”, nas palavras do pastor Israel Belo de Azevedo, diretor do Seminário Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro. “Há pessoas se relacionando com o Jesus que se ama enquanto se precisa dele. Quantas pessoas vêm a todos os cultos da igreja, até do meio da semana, e desaparecem depois que recebem de Jesus o que buscavam. [...] Quem busca a Jesus por causa dos milagres não sabe quem é Jesus. Pois ele disse: ‘Eu sou o pão vivo que desce do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre’ (Jo 6.51)”.1 “Enquanto algumas pessoas espiritualizam o evangelho, como se ele oferecesse somente salvação do pecado, outros politizam o evangelho, como se ele oferecesse somente libertação da opressão” (John Stott).2 O que acontece com a Universal e, não raro, com outras igrejas neopentecostais comprometidas com a teologia da prosperidade, é que elas enfatizam a parte egoísta do evangelho, a libertação da opressão da miséria, da fome, do desemprego, da bancarrota, da doença, da depressão, das crises matrimoniais etc. O próprio Edir Macedo explica: “Somos um pronto-socorro”.3 As boas novas do bispo estimulam o materialismo e o malfadado consumismo, e destroem o estilo de vida simples que o evangelho apregoa. Por culpa dessas “boas novas” e de outras, provavelmente em nenhuma outra ocasião da história Jesus tenha descido tanto do seu pedestal de direito e de origem como agora. Esse desvio amplo e sorrateiro pode ser visto na denúncia de Belo de Azevedo: “Há um produto circulando por aí: você quer saber viver? Siga os ensinos da moralidade e da sabedoria deixados por Jesus. Você quer aprender como liderar? Aprenda com Jesus, o maior administrador de empresas do mundo. Você quer conhecer a si mesmo? Aprenda com Jesus, o maior psicólogo de todos os tempos. Quem se interessa por Jesus em função apenas dos seus ensinos não sabe quem é Jesus. Suas palavras são palavras de vida eterna (Jo 4.13-14)”.4 O povo não quer saber nada de pecado, arrependimento, conversão, porta estreita, caminho apertado, poucos companheiros, auto-negação, amor e doação de si mesmo ao próximo nem de muitos outros valores básicos do cristianismo. Mas cristianismo sem cruz não existe. Jesus descreveu enfaticamente a obra do Espírito Santo: “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8). Assim sendo, nada mais oportuno e mais fadado ao sucesso do que a pregação de outras boas novas. O senador Marcelo Crivella, também bispo da Universal, afirma que Edir Macedo “nunca aceitou ensinar o povo a cantar ‘eu sou pobre, pobre, pobre, de marré, marré, marré’”.5 Na verdade, a IURD não seria a potência que é se pregasse as boas novas originais em sua totalidade. Nem levantaria o dinheiro que arrecada na forma de dízimos e ofertas, como o próprio Edir Macedo admite: “Qualquer pessoa que chega à igreja e é abençoada, mais ela dá. Se você fosse e recebesse, não daria?”.6 A Universal é a principal responsável pela popularização do dízimo mercenário, aquela contribuição dada somente por causa do retorno. Para Macedo, o fiel que precisa de alguma bênção ou algum milagre tem duas opções: “Ou a pessoa dá ou não recebe”.7
Fonte: Editora Ultimato

O Google e o canibalismo

Imagino que o eventual leitor não está interessado em saber o que significa “pneumatologia”. Talvez tenha alguma dúvida sobre “teologia da prosperidade” ou, quem sabe, sobre algo mais prosaico como “batismo”. Não importa. Para perguntas sobre as três palavras entre aspas, o Google tem mais de 1 milhão de respostas. É o que levaria o autor de Eclesiastes a afirmar que “não há limites para fazer livros” (Ec 12.15). Livros digitais, diga-se de passagem. Não tenho pretensões a “guardião da sã doutrina” e me refiro apenas à canibalização da mensagem bíblica. A emergência das novas mídias, em especial na internet, com os penduricalhos de praxe, parece mudar a relação do cristão-consumidor com as Escrituras. Das muitas versões da Bíblia aos vídeos bizarros, são inúmeros os atores na comunicação do conteúdo cristão. Doutores da lei disputam espaço com neófitos. Ambos podem criar, transformar, dar voz local ou espalhar até os confins da terra cada conteúdo — original ou não. Desnecessário mencionar o ambiente plural, o supermercado de opções e os modernos vendilhões do templo. Embora nem sempre claramente identificáveis, todos a uma se acotovelam por cada “bit” das boas novas servidas nas gôndolas virtuais. Pastores e ovelhas se expõem como nunca antes e todos os dias “descobrimos” e “recomendamos” mensagens e artigos que não lemos e vídeos que não vimos, mas que fazem da vida cristã algo como “Religião para Colorir”. Tudo com a bênção e graças ao supremo canibal. Para ler na íntegra acesse a seção Prateleira da edição 313 de Ultimato. •
Marcos Bontempo, editor. www.ultimato.com.br

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Batistas são punidos com multas cada vez mais altas

BIELO-RÚSSIA (*) - A Bielorússia passou a impor multas de mais de dois salários mínimos para os batistas que “organizarem louvores ou conduzirem conversas abordando tópicos religiosos” fora do mercado público de Ushachi. Para celebrar a ascensão de Cristo, no dia 5 de junho (muitos protestantes da ex-República da União Soviética seguem o calendário Juliano), um grupo de batistas começou a evangelizar fora de um mercado na cidade de Ushachi (região de Vitebsk), batendo de porta em porta.
Um policial à paisana pediu ao grupo que parasse com aquelas atividades, já que eles não tinham permissão do Comitê Executivo do distrito de Ushachi. Um dos batistas, Vladimir Burshtyn, retrucou alegando que eles não estavam perturbando a ordem pública e citou a liberdade religiosa garantida pela Constituição da Bielorússia e a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O Estado, no entanto, foi implacável. Uma corte da Bielorússia promulgou multa de 700 mil rublos bielorussos (R$ 533) – mais de dois salários mínimos locais – para Vladimir Burshtyn. Uma oficial, Olga Karchevskaya, vice-presidente do Comitê Executivo do distrito de Ushachi e testemunha da ação, defendeu a acusação em 20 de junho, declarando que a abordagem dos cristãos foi errada. "É comum, por educação, que uma pessoa se apresente e diga o que quer quando vai visitar a casa de alguém", sustentou. Ela ainda completou dizendo: “Nós precisamos saber quem está vindo até nós, eles ( os cristãos) podem ser destruidores ou podem agir contra o interesse das outras pessoas.” Multa de dois saláriosA multa é a mais alta já imposta aos batistas para punir as atividades religiosas não registradas. Multas ainda mais altas já foram determinadas para membros de outras comunidades. Depois da chegada de Olga Karchevskaya, Burshtyn foi escoltado até a delegacia local e acusado sob os artigos 23 e 24, parte 2 do Código de Violações Administrativas (que diz respeito à violação por manter demonstrações ou outros eventos de massa). Uma corte local o multou mais tarde, no mesmo dia. Um membro da mais próxima congregação do Conselho Batista de Igrejas de Ushachi, localizado a 35 quilômetros do sudeste de Lepel, Olga Plisko, disse ao Forum 18 que os batistas envolvidos não eram da região. Ela disse que sabe, no entanto, que eles vão recorrer contra a multa. Em outro incidente, o culto de uma congregação batista em Osipovichi foi interrompido por oficiais e o diácono da igreja recebeu uma multa de dois salários mínimos por conduzir uma comunidade religiosa sem registro. Atividades religiosas sem a permissão do Estado também têm sido punidas com multas pesadas em países vizinhos à Bielorrússia.
Tradução: Tsuli Narimatsu
Fonte: Forum18 News Service (em inglês)


segunda-feira, 14 de julho de 2008

Troca de status religioso continua complicada no Egito


EGITO (19º) - Todo e qualquer caso trazido por cidadãos que queiram confirmar sobre sua conversão de volta ao cristianismo depois de terem se convertido ao islamismo será negado. A decisão foi proferida em 4 de março pelo Tribunal Administrativo do Egito, chefiado pelo chanceler Mohamed El-Husseini.O tribunal encaminhou a questão ao Supremo Tribunal Constitucional do Egito para que se decida se o artigo 47 da Lei Civil 143/94 é ou não constitucional.
Um relatório feito pela Iniciativa Egípcia pelos Direitos Pessoais (EIPR, em inglês) em parceria com a organização Human Right Watch, publicado em novembro do ano passado e intitulado “Identidades Banidas: O Estado e a violação ao direito de culto”, expôs as conseqüências da “política linha-dura” do governo egípcio. Tais políticas, diz o relatório, impedem que os convertidos ao cristianismo tenham sua religião declarada em seus documentos oficiais, o que os força a se submeterem à condição legal de muçulmanos. Em fevereiro, após uma longa batalha legal, os cidadãos finalmente conseguiram que o Supremo Tribunal Administrativo (STA) liberasse uma decisão e 12 pessoas obtiveram suas identidades alteradas e o cristianismo declarado como sua fé nos documentos oficiais ( leia mais sobre as conseqüências desta decisão). O Tribunal Administrativo, porém, apelou da decisão do STA e transferiu o caso para o Supremo Tribunal Constitucional (STC) para garantir que a sentença não era inconstitucional. A decisão do STC será aplicada em todos os tribunais do país e por todas as autoridades. O presidente da Iniciativa Egípcia pelos Direitos Pessoais, Hossam Bahgat, disse que é muito cedo para saber qual será a decisão. “As audiências ainda nem começaram”. “A opinião pública terá uma grande influência nesse caso”, disse ele. “É a única maneira de influenciar a opinião do conselho consultivo do STC.” Hossam descreve a atitude do Tribunal Administrativo como “uma infelicidade”. “A decisão ia acabar com o sofrimento dos cidadãos, mas aparentemente, os juízes não ficaram muito satisfeitos com isso”, completou.
Tradução: Priscilla Figueiredo
Fonte: Daily Egypt

domingo, 13 de julho de 2008

Liberais e conservadores em choque na Igreja anglicana

INTERNACIONAL- O jornal francês “Le Monde” publicou reportagem no último dia 2 de julho, em que revela a existência de uma divisão que opõe os tradicionalistas aos liberais na Igreja Anglicana. De acordo com a reportagem, no domingo (29) isso se confirmou após um final de uma semana de discussões organizada por uma vertente dissidente que leva o nome de Gafcon (Global Anglican Future Conference - Conferência sobre perspectivas Anglicanas Globais).

O número de seguidores que esta ala conservadora representa (35 milhões, ou seja, um pouco menos da metade dos 77 milhões de fiéis anglicanos), o questionamento da primazia do arcebispo de Canterbury, além da alternativa que ela pretende representar contra "o secularismo militante" e o "declínio espiritual" constituem um desafio sem precedentes. Os seus promotores se recusam a falar de cisma e preferem empregar a expressão de "Igreja dentro da Igreja". Contudo, a FOCA (Fellowship of Confessing Anglicans - Fraternidade dos Fiéis Anglicanos), a entidade que eles fundaram em Jerusalém, desponta como uma cisão de fato no âmbito do anglicanismo.Por enquanto, a hierarquia oficial permanece em silêncio e aguarda a conferência de Lambeth (residência histórica em Londres dos arcebispos de Canterbury) que reunirá, de 20 de julho a 3 de agosto, os bispos do mundo inteiro - com a exceção da maior parte dos 300 dissidentes que já anunciaram que iriam boicotar este compromisso. A declaração final da conferência rebelde que acaba de se encerrar em Jerusalém rejeita "a autoridade das Igrejas e dos dirigentes que renegaram a fé ortodoxa por meio de palavras ou de atos". Ela reconhece a sede histórica da catedral de Canterbury, mas não aceita que "a identidade anglicana seja obrigatoriamente determinada pelo reconhecimento do arcebispo de Canterbury". No plano doutrinário, ela está decidida a descartar os acréscimos recentes, de inspiração liberal, que foram promovidos no "Book of Common Prayer" (Livro de Oração Comum), o manual de base (elaborado em 1662) de todos os anglicanos. Por fim, ela pretende implantar a formação dos seus próprios padres em faculdades de teologia separadas, em Londres (Oak Hill) ou em Oxford (Wycliffe Hall). Bispo homossexual A crise vinha ameaçando desde 2 de novembro de 2003, quando a Igreja Episcopal (anglicana) dos Estados Unidos ordenou Gene Robinson, um pai de família divorciado e abertamente homossexual, bispo do Estado do New Hampshire. Na ocasião, para preservar a unidade da sua Igreja, dom Rowan Williams, o arcebispo de Canterbury, havia evitado contestar esta decisão. Contudo, a sua hesitação acabou provocando a rebelião de comunidades inteiras nas "províncias" da África, da Austrália, da Ásia e da América Latina. Estas romperam todos os vínculos existentes com a Igreja americana, enquanto os seus líderes se mobilizaram para tomar a frente da dissidência. Entre eles se destacam Peter Jensen, o arcebispo de Sidney (Austrália), Peter Akinola, o arcebispo da Nigéria, e Michael Nazir-Ali, o bispo de Rochester, de origem paquistanesa, que pertence à vertente "evangélica" da Igreja da Inglaterra, a qual se tornou majoritária em detrimento da vertente "anglo-católica". Uma redistribuição do poder As declarações que foram ouvidas em Jerusalém refletem a separação que foi consumada em função da decisão que conduziu os anglicanos americanos a ordenarem um bispo homossexual: "Aquilo foi um surto de loucura", comenta Peter Jensens, "que estremeceu o gigante adormecido do anglicanismo ortodoxo e evangélico". "Ficou difícil", acrescenta Michael Nazir-Ali, "ensinar a fé comum ao lado de clérigos que ordenaram uma pessoa cujo estilo de vida é contrário ao ensinamento unânime da Bíblia e da Igreja". Denunciando a "apostasia" (renegação de uma fé, uma palavra que ele pediu para retirar posteriormente) e o "revisionismo" da hierarquia atual, o nigeriano Peter Akinola tomou a palavra para denunciar "as manipulações daqueles que renegam o Evangelho". Foi nas "províncias" da África que a reação mostrou-se mais violenta, contra o clérigo e os casais homossexuais (que foram abençoados por padres nos Estados Unidos e no Canadá), contra a secularização de tipo ocidental e em favor da defesa da família tradicional. Desafio de lidar com a secularização e o pluralismo religiosoEsta tempestade anuncia uma redistribuição do poder no quadro da confissão anglicana, que desde o começo sempre foi dirigida pela Igreja mãe da Inglaterra. Atualmente, esta última vem sendo abandonada pelos seus fiéis. As suas finanças estão praticamente exauridas. Ela também enfrenta dificuldades para lidar com a secularização e o pluralismo religioso: no início de 2008, uma declaração do arcebispo Rowan Williams a favor da introdução da sharia (a lei islâmica) no quadro da lei britânica havia causado um escândalo. O declínio da Igreja "estabelecida" da Inglaterra vem acrescentar-se aos avanços da vertente evangélica que tomam conta dos continentes do Sul e andou dividindo até mesmo as "províncias" anglicanas da Grã-Bretanha, dos Estados Unidos e do Canadá. Conforme apontou um editorial do jornal "The Guardian" em 30 de junho, "a desaprovação de Rowan Williams marca o fim da dominação colonial sobre a Igreja anglicana". Tradução: Texto traduzido pela fonte
Fonte: Le Monde

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Budistas fazem abaixo-assinado contra igreja em Middeniya

SRI LANKA (36º) - No último dia 12 de junho, um templo budista lançou uma campanha contra a existência de uma igreja em Middeniya, cidade que fica no distrito de Hambanthota, e recolheu assinaturas de residentes da área. Fontes locais dizem que os monges pretendem entregar o abaixo-assinado ao presidente Mahinda Rajapaksa. Cristãos no distrito de Hambanthota pediram oração para desativar a iniciativa, a fim de protegerem o direito deles para adorar e proteger suas famílias.
Extremistas budistas foram responsáveis por inúmeros ataques contra cristãos nos últimos seis anos, seguindo uma campanha anticristã lançada em 2002 por Gangodavila Soma, um monge budista muito venerado. Depois da morte de Gangodavila Soma, em dezembro de 2003, extremistas estenderam a campanha deles para a implementação de leis anticonversão, convocando o governo a proibir o que eles chamam de " conversões pouco éticas ao cristianismo".Leis anticonversão "importada" da ÍndiaEles formaram o próprio partido político, o Jathika Hela Urumaya (Partido da Herança Nacional), para levar adiante a legislação anticonversão, nos moldes semelhantes aos partidos da Índia. Desse modo, converter alguém a uma outra religião "por força ou através de fascinação ou por qualquer meios fraudulentos” seria ilegal. Ratnasiri Wickremanayake, o ministro do Sri Lanka para Assuntos Budistas, está ajudando na tramitação de uma lei anticonversão aprovada pelo gabinete em 2004. Porém, ambas as leis acabaram intensificando o conflito local com os rebeldes Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE, sigla em inglês), que lutam por uma pátria independente no nordeste do país e por isso ainda não tiveram êxito.Ore para que essa campanha dos budistas contra os cristãos não prossiga e para que esses projetos de leis anticonversão sejam desativados. Tradução: Tsuli Narimatsu
Fonte: Compass Direct

Ataques a igreja jesuíta e orfanato protestante em Orissa

ÍNDIA (30º) - Mais um episódio de violência anticristã no Estado indiano de Orissa. Na última terça-feira (8), a residência, a igreja dos jesuítas e um orfanato protestante foram atacados e destruídos por um grupo de extremistas hindus pertencente à organização Vishwa Hindu Parishad. O ataque ocorreu no distrito de Kandhamal, mesmo local onde sete meses atrás outro episódio de violência causou a morte de seis pessoas e a destruição de 95 igrejas (relembre). Desta vez, o motivo do ataque seria o abatimento de uma vaca, animal sagrado para os hinduístas.
O arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar, dom Raphael Cheenath, condenou o atentado e se reuniu com as autoridades locais para pedir o restabelecimento da legalidade e da segurança para todos. Esse ataque confirma o clima de intimidação e medo no qual a comunidade cristã continua vivendo no Estado de Orissa. Em junho, os bispos indianos abordaram novamente a questão, recordando que os cristãos do Estado preferem permanecer em campos de deslocados montados pelas autoridades a voltar para suas casas. Uma comissão foi instituída para investigar os últimos casos de violência, mas, até o momento, nada foi divulgado.
Fonte: Rádio Vaticano

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Polêmica sobre o comportamento de evangélicos nos trens

A polêmica do evangelismo nas linhas de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) voltou. Segundo reportagem pubicada pelo jornal “O Estado de S.Paulo” de domingo (6), um grupo de cerca de 2 mil evangélicos de diferentes denominações - que vão e voltam diariamente do trabalho cantando hinos religiosos e falando sobre Jesus Cristo dentro dos vagões -, lutam atualmente para preservar uma atividade que já dura 28 anos e foi colocada em xeque pela CPTM. Respaldada pelo artigo 40 do regulamento de transportes ferroviários, que proíbe a prática "de atividades que venham a perturbar os usuários", desde o começo do ano passado os seguranças da empresa iniciaram uma cruzada para tirar do trem evangélicos que insistem em continuar pregando.
Juntamente aos usuários de droga e vendedores ambulantes, são o alvo principal dos guardas. "O trem não é local adequado para se fazer pregação", disse o gerente de Segurança da CPTM, Júlio Antônio Gonçalves. Na semana passada, para tentar sensibilizar os chefes da companhia, um grupo de evangélicos foi recebido na Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos. Levaram dez boletins de ocorrência denunciando agressões e humilhações nas linhas de trem."Trata-se de perseguição religiosa. Não queremos brigar com ninguém, mas conversar. Nossos direitos estão sendo violados", acusa o pastor Marcelo Oliveira Silva, de 34 anos, que prega há 13 nos trens e preside a Cruzada Evangelística Interdenominacional dos Trens das Boas Novas, entidade que representa o grupo. Companhia mantém posturaA postura dos guardas da companhia, contudo, permaneceu a mesma. "A reunião não mudou nosso entendimento das normas, que continuarão sendo cumpridas", garante o gerente de Segurança. Ele condena eventuais excessos dos guardinhas, mas diz zelar pelo bem-estar dos passageiros. E cita as 137 reclamações registradas em 2007 por passageiros incomodados com os evangélicos. Mas a situação terá desdobramentos. O vereador Carlos Bezerra Júnior (PSDB) ataca duramente o governo e diz que levará o assunto ao governador José Serra. "É uma decisão de burocratas higienistas que demonstram preconceito religioso e social. São pessoas que nunca pisaram na periferia e não sabem o papel desse grupo no dia-a-dia dos mais pobres."
Fonte: Estadao.com.br

terça-feira, 8 de julho de 2008

Cristão iraniano é preso sem qualquer acusação


A onda de detenções contra cristãos nas últimas semanas continua. Em Teerã, o líder de uma igreja doméstica foi detido e torturado por suas atividades religiosas. Oito policiais prenderam Mohsen Namvar, de 44 anos, na casa dele no dia 31 de maio, e se recusaram a informar o motivo e a acusação para justificar a prisão.O paradeiro dele permanece desconhecido. Os oficiais confiscaram vários pertences pessoais do cristão tais como o computador dele, a impressora, CDs, livros e dinheiro.Um pastor iraniano, que reside fora do país, contou que Mohsen já previa que a polícia viesse capturá-lo e por isso disse: “Eu sei que se eles decidirem me matar como um mártir, você cuidará da minha esposa e dos meus filhos."Conhecidos advertiram Mohsen Namvar de que o nome dele havia sido citado durante interrogatórios policiais a cristãos na cidade de Amol, em abril.Cristãos presos e torturadosO pastor que reside no exterior contou que os funcionários do governo detiveram vários cristãos em Amol, que fica a 80 milhas a nordeste de Teerã, libertando-os apenas nas semanas seguintes.O tratamento de cristãos mantidos sob custódia segue um padrão habitual, ressaltou o pastor. “As autoridades os mantiveram na prisão durante algumas semanas e bateram neles na tentativa de conseguirem informações sobre outros convertidos.”Depois das apreensões, um amigo de Amol visitou Mohsen Namvar para o advertir de que a polícia estava mantendo-o em constante vigilância. "Eles o prenderão e o matarão”, disse esse colega da cidade de Amol.Seqüelas da torturaA polícia havia previamente detido e torturado Mohsen Namvar porque ele havia batizado ex-muçulmanos convertidos ao cristianismo.Por causa disso, ele ficou vários meses sem poder andar porque a polícia aplicou choques elétricos em suas costas na primavera de 2007."Você não deve evangelizar muçulmanos, você não deve fazer reuniões em sua casa", disseram-lhe os policiais na época, de acordo com o pastor que reside fora do Irã. "Eles também disseram: “Se você continuar fazendo isto, nós o mataremos.""Depois de uma bem sucedida cirurgia, Mohsen voltou a caminhar, mas sofre de dores quando se senta por um longo período de tempo.Sabe-se ainda que um convertido cristão de Amol foi preso com a esposa dele no final de abril e libertado no dia 31 de maio.Os policiais lhe exigiram que a fiança fosse um depósito baseado no valor monetário da casa dele. A esposa grávida do convertido foi libertada depois de três dias. Esse cristão foi informado de que um processo havia sido aberto e que ele poderia ser chamado ao tribunal a qualquer momento.

Reunião de oração de mulheres é invadida por policiais

ÍNDIA (30º) - As missionárias da Gospel for Asia (GFA), Saphala Nanda e Rajata Jayaselvan, conduziam um grupo de oração formado por cinco mulheres quando a polícia apareceu. Os oficiais interromperam a oração e começaram a fazer perguntas para as duas missionárias. A polícia queria saber onde elas viviam e as interrogou sobre suas famílias e grau de escolaridade. Os oficiais também quiseram saber quais eram as intenções delas no distrito de Tamil Nadu, na Índia. "Vocês vieram pregar o Evangelho e converter as pessoas?", sugeriu um policial. “Sim, nós viemos pregar as boas novas", disse Saphala, que é diretora da Associação de Mulheres da GFA para aquela área. "Mas a escolha de aceitar ou rejeitar o Evangelho é livre para as pessoas. Nós não estamos forçando ninguém", complementou. O interrogatório durou durante quase uma hora. As pessoas da aldeia que conheciam Saphala e Rajata tentaram intervir, mas a polícia não permitiu. Depois de uma série de perguntas, a polícia finalmente foi embora. Depois disso, as missionárias descobriram que alguns residentes da área tinham dado queixa delas à polícia e as acusaram de forçar as pessoas a se converterem ao cristianismo. Leis anticonversãoTamil Nadu promulgou uma lei anticonversão em 2002. A lei especificamente proibiu conversões religiosas "por força, fascinação ou meios fraudulentos", mas nunca definiu quais eram essas condições. Muitos indianos concordam com as leis de anticonversão, porque acreditam que a introdução do cristianismo na sociedade hindu gera perturbações sociais e torna difícil de manter a ordem local. Essa lei de anticonversão foi revogada em 2004, mas quando a revogação foi anunciada, os meios de comunicação indianos incitaram parlamentares de Nadu a trabalharem para retomá-la. Em Tamil Nadu vivem mais de 65 milhões de pessoas. Destas cerca de 5% são cristãos. Apesar da situação, Saphala e Rajata não pretendem abandonar o trabalho delas em Tamil Nadu. Elas já disseram ao líder do distrito que não têm medo da oposição e que a única meta delas é falar sobre Jesus. Elas pedem que os cristãos ao redor do mundo se unam jejuando e orando pelas pessoas de Tamil Nadu para que possam conhecer Cristo e para que Deus os proteja de quaisquer danos ao seu ministério.
Tradução:Tsuli Narimatsu
Fonte:ANS

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