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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Líder cristão compartilha sua experiência de 40 anos de ministério em favelas cariocas

“Fico perplexo ao ver igrejas grandes, em favelas também grandes, sem um mísero curso de alfabetização. Pregar a palavra, sim, mas é preciso entender a importância de também salvar a vida, além da alma. Nesse sentido, ação social é fundamental”. A opinião é do pastor e psicólogo Macéias Nunes que, há 40 anos, lidera igrejas localizadas em favelas cariocas. Atualmente, ele atua na Igreja Batista do Leme, no morro do Chapéu Mangueira, na Zona Sul carioca. Numa entrevista à Agência Soma publicada originalmente pela Revista Palavra de Paz, e reproduzida a seguir na íntegra, o líder compartilha outras de suas experiências.

Há quanto tempo você trabalha em ministérios dentro de comunidades carentes?
Pr. Macéias- Há 40 anos. Vim para o Rio de Janeiro com 7 anos de idade e fui morar no Jacarezinho com minha mãe e meus oito irmãos. Residimos quinze anos lá. Mudamos depois para Maria da Graça, mas nunca deixei de estar ligado à favela. Fui seminarista no Jacarezinho, pastor no Morro dos Prazeres, em Santa Tereza, pastor de novo no Jacarezinho, onde também presidi a Associação Evangélica, trabalhei como missionário na Favela Bandeira Dois, em Del Castilho, e pastoreio há 10 anos a Igreja Batista do Leme, nas comunidades de Chapéu Mangueira e Babilônia.

Com toda essa experiência sobre favela, o que você acha importante destacar sobre o assunto?
Pr. Macéias- Para mim, favela não devia existir. Se é certo que ela é a única opção de moradia para o verdadeiro carente, que realmente não tem onde morar, é certo também que a favela é o gueto da subcidadania. O favelado não é um cidadão completo, a começar pelo fato de não possuir o registro de propriedade de sua casa. No bairro, para entrar em um domicílio qualquer, a polícia precisa de um mandado judicial. Na favela, não. Ela chega atirando, arrombando portas de bandidos e trabalhadores, agindo, enfim, como se ali todos fossem delinqüentes.

A solução, então, seria acabar com as favelas?
Pr. Macéias- Sem dúvida que sim. Em geral, certos políticos não pensam assim, por motivos eleitorais. O favelado é um bom cliente dos favores eventuais deste ou daquele candidato e, nesse sentido, um voto garantido. Do ponto de vista operacional, não é fácil remover favelas. Era preciso começar com as menores, em especial as que estão à beira de rios. Também não adianta criar imensos núcleos habitacionais com ex-favelados. Daqui a pouco, aquilo vira favela de novo. É preciso criar núcleos menores, com condução para os locais de trabalho e todos os serviços disponíveis para um bairro normal da cidade.

Nesse seu tempo de pastor em favelas, como tem sido a relação com o banditismo?
Pr. Macéias- Afora um ou outro episódio mais dramático, nossas relações são respeitosas. Minha tese é a seguinte: ainda que eu veja o homem ou a mulher armados em plena rua, ou mesmo vendendo drogas, para mim ele é um cidadão como qualquer outro. Não sou eu que tenho que prendê-lo. Para isso existe o poder público. Suponhamos que eu ou qualquer outro cidadão denunciemos os traficantes: eles serão presos, um advogado bem pago os soltará em pouco tempo, ou até mesmo um delegado qualquer receberá uma boa quantia para soltá-los e nós, que prestamos um bom serviço à sociedade, iremos morar no cemitério mais próximo.

Mas isso não significa ser conivente com o crime?
Pr. Macéias- Não. Primeiro porque não os apoiamos financiando seu negócio maligno. Não compramos drogas. Quem financia bandido é quem compra o que eles vendem. Em geral, as classes média e alta. Também não legitimamos seu poder paralelo. Minha orientação pastoral aos membros de nossa igreja é que jamais, em hipótese alguma, peçam favor a bandido. Se você recebe uma merrequinha qualquer de bandido para comprar um analgésico, ele se sentirá o dono do morro e também no direito de exigir que você esconda armas ou drogas em sua casa. Seu poder estará legitimado. Isso se estende a outras áreas, como resolução de conflitos familiares ou habitacionais. Além do mais, eu denuncio, em minhas pregações, o tráfico de drogas e a delinqüência em geral. Prego para eles nos becos e nas casas. Sou respeitado porque não compactuo com eles, mas os respeito como pessoas. São pecadores como quaisquer ou-tros. Aliás, sabemos que em matéria de pecado, os poderosos das altas esferas da República têm uma conta muito maior a pagar com Deus do que os delinqüentes criminais.

Mencione algumas experiências difíceis que você, como pastor, viveu em seu ministério nas favelas.
Pr. Macéias- No Jacarezinho, bandidos me ameaçaram de morte por entenderem que eu estava discriminando pessoas no programa do leite, o que não era verdade. Na Bandeira Dois, o chefe do tráfico proibiu minha entrada porque minha pregação estava atrapalhando seus negócios. Depois se arrependeu e me pediu perdão. Há vários outros episódios, mas o que mais me dói é ver garotos de 18, 20 anos, que cresceram em famílias crentes, sendo mortos em confrontos com outros bandidos ou com a polícia. Já perdi a conta. Alguns desses casos relato em meu livro “Favela Violenta”.

Nesse contexto tão complicado, qual deve ser o papel da igreja?
Pr. Macéias- Antes de tudo, pregar a palavra. O poeta Drummond dizia que lutar com a palavra é a luta mais vã, mas lutar com a Palavra de Deus é garantia de eficácia na transformação de vidas. Tenho visto muitas conversões de bandidos, pais de santo, prostitutas e, num milagre ainda maior, de pessoas bem postas na sociedade, bons cidadãos, cumpridores de seus deveres, mas que são tão pecadores – ou até mais – quanto os marginalizados da vida. Pregar a palavra, sim, mas entender que é preciso salvar a vida, além da alma. Nesse sentido, ação social é fundamental. Fico perplexo ao ver igrejas grandes, em favelas também grandes, igrejas estas sem um mísero curso de alfabetização ou coisa parecida. Pela graça de Deus, na Igreja Batista do Leme, sem contarmos com recursos financeiros, Deus tem nos ajudado a manter uma forte estrutura de ação social, com um grande número de projetos. Pessoas de outras regiões têm vindo até nós para aprender sobre o tema. Igreja de favela sem projeto de ação social é um contra-senso. Só o Cheque-Cidadão, que muitos criticaram como assistencialista, distribuímos durante sete anos. Mantemos há 11 anos uma creche comunitária. Temos curso de informática, de reciclagem e artesanato, bazar comunitário e cursos supletivos de primeiro e segundo graus. Não temos dinheiro, apenas visão. Os recursos, Deus envia. Ele é fiel. (Macéias Nunes foi entrevistado por Lenildo Medeiros)

Soldado que protegia cristãos em Orissa é assassinado


ÍNDIA (30º) - No dia 13 de outubro, um soldado paramilitar designado para proteger cristãos da violência em Kandhamal, Estado de Orissa, foi golpeado e assassinado por uma quadrilha na vila de Sisapanga.

O corpo do soldado da Reserva da Força Policia Central (RFPC) foi encontrado em uma floresta próxima à vila. Acredita-se que ele tenha sido morto a golpes pelos aldeões durante a maior onda de violência contra os cristãos da História recente da Índia.

“A polícia descobriu o corpo na noite da segunda-feira, dia 13 – o soldado tinha feridas no torso e na cabeça”, disse o superintendente de polícia do distrito, Praveen Kumar.

“Aparentemente, ele foi espancado com porretes e morto por um objeto pontiagudo”. A vila de Sisapanga está sob a jurisdição da polícia de Raika.

Segundo Praveen, enquanto um dos homens conseguiu escapar sem ferimentos, o outro foi morto durante o ataque.

“O soldado foi a Sisapanga acompanhado de um motorista para comprar mantimentos. Um grupo de seis ou sete homens o atacou pelas costas, levou-o até a floresta e o golpeou até a morte”, disse Praveen ao jornal The Times of India (TOI). “O motorista teve a sorte de escapar.”

É a primeira vez que alguém da força de segurança do país é alvo da violência em Orissa.

“O assassinato do jawan (soldado) da RFPC acontece no momento em que os pedidos de retirada da força paramilitar começam”, disse um representante da polícia ao TOI. “A RFPC prendeu muitas pessoas, a maioria delas pertencente a tribos, nas últimas duas semanas.”

Uma fonte do local que prefere permanecer anônima disse ao Compass que os agressores avisaram às autoridades, através da mídia, que matariam mais soldados da RFPC se as forças não retrocedessem.

Promessas

No dia 11 de outubro, em meio a várias promessas de proteção por parte do governo, uma quadrilha derrubou um edifício da Igreja do Norte da Índia, na vila de Sikuli, no distrito de Kalahandi. No mesmo dia, o grupo queimou duas casas de cristãos na vila.

Duas mulheres que tiveram suas casas incendiadas por extremistas hindus acabaram morrendo. Minakshi Pradhan, de 22 anos, contraiu malária e tifóide depois de fugir para um campo de refugiados, foi admitida ao hospital MKCG Berhampu aonde veio a falecer no dia 16 de outubro.

“Minakshi deixou um filho de quatro anos”, disse uma testemunha que prefere permanecer no anonimato. Minakshi e seu esposo Anand Pradhan, que sobreviveu ao evento, eram da vila de Murudipanga.

A outra mulher, Mili Pradhan, foi diagnosticada com um tumor no estômago depois de sua casa ter sido incendiada no dia 29 de agosto e ela e o marido terem de fugir para Berhampur. Em meio à operação, os médicos diagnosticaram leucemia, e ela morreu no mesmo hospital de Minaksho no dia 15 de outubro. Mili deixa uma filha de 18 meses.

O Ministro-Chefe de Orissa, Naveen Patnaik, disse em uma entrevista ao canal NDTV de televisão que metade das mil pessoas presas no Estado por causa dos motins pertence aos grupos extremistas hindus Bajrang Dal e Vishwa Hindu Parishad (VHP). Naveen acrescentou que considera o Bajrang Dal um grupo fundamentalista.

Em reação, Subash Chouhan, co-coordenador nacional do Bajrang Dal, disse, “o fundamentalista na verdade é Naveen Patnaik, e não o Bajrang Dal. O ministro está tentando mostrar seu caráter secular, tentando implementar os interesses das organizações cristãs”.

A polícia de Orissa prendeu um dos “mais procurados” dos motins anticristãos do distrito de Kandhmal.

Segundo notícias, Manoj Pradhan, um líder tribal chave, foi preso em um apartamento em Berhampur na noite de 15 de outubro.

“Enquanto investigamos o caso, estamos descobrindo que é um dos mais complicados que já tivemos”, disse o inspetor-geral de polícia, Arun Ray, à mídia. “Identificamos os autores dos crimes, prendemos pessoas e prenderemos outras”.


Tradução: Priscilla Figueiredo



Fonte: Compass Direct

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ataques podem ter sido motivados por protesto de cristãos

IRAQUE (21º) - Não se pode dizer o que está por trás dos ataques que os cristãos sofreram em Mosul, onde as tropas iraquianas e americanas têm conduzido operações contra o grupo militante sunita al-Qaeda. Os ataques contra os cristãos acontecem logo depois de uma câmara legislativa iraquiana votar pela retirada de uma cláusula na sua nova lei eleitoral da província, o artigo 50.

Esse artigo protege os direitos das minorias, garantindo-lhes um representante nos conselhos da província. A mudança nessa lei, ocorrida no começo de outubro, levou os cristãos de Mosul a protestar. Acredita-se que os tais protestos tenham motivado os ataques contra a comunidade cristã. No encontro que os líderes da comunidade cristã tiveram com o primeiro-ministro Nuri al-Maliki, pediu-se que o Artigo 50 fosse restaurado.

Al-Maliki afirmou aos líderes cristãos que ele mencionaria esse caso na próxima reunião do Parlamento. Ainda que se recusem em relacionar os ataques aos protestos, o padre Basher Warda disse à agência de notícias Compass que achou que os ataques foram coordenados. “Pode até ser coincidência, ou talvez seja um momento oportuno para a violência”, disse Basher. “Mas, independentemente do motivo, me parece que existia um plano para essa violência vir à tona.

Não podemos afirmar que é só coincidência, pois tudo aconteceu muito rapidamente.” Bahser disse que varrer os cristãos de Mosul é “uma tarefa colossal”.
“Estamos falando de 1.700 famílias que tiveram que fugir em 9 dias”, afirma. Devido aos ataques contra igrejas e indivíduos, cristãos do Iraque tiveram de fugiram para as cidades próximas, abandonando seus negócios e suas casas.

Alguns dos refugiados de Mosul pediram abrigo tanto na Turquia quanto na Síria. Mas são as pequenas e despreparadas aldeias que cercam a cidade que têm recebido a maior parte dos fugitivos segundo Basher. O interesse principal dos líderes da Igreja, nesse momento, é o retorno dos que fugiram.
“[Mosul é] parte da história deles, da sua herança e lembranças. Temos de fazer algo”, disse Basher. Aqueles com os quais conversou tinham muito medo de voltar para suas casas e não sabem se podem confiar na proteção do governo.

Quando foi perguntado sobre a possibilidade de Mosul perder toda a população cristã, Basher respondeu: “Não quero pensar nisso, pois seria uma tragédia para todo o povo. As escolhas são limitadas. A minha preocupação agora é com os cristãos que estão abandonando a cidade”.
Apesar de otimista em relação à situação da comunidade cristã de Mosul, o bispo auxiliar da Igreja Caldeia de Bagdá, Shlemon Warduni, não hesitou em criticar o que ele considera “silêncio” da comunidade internacional sobre os direitos humanos da comunidade cristã no Iraque.

“Quero dizer ao primeiro mundo que, desde o princípio, ninguém falou nada. Ninguém está falando sobre os direitos dos cristãos e das minorias no Iraque. Estamos esperando apoio do exterior, pelo menos como seres humanos, não só como cristãos”, diz Shlemon.


Tradução: Claudia Skobelkin

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Ameaças contra pastor afeta igreja

PAQUISTÃO (15º) - A polícia prendeu e espancou um jovem cristão que estava visitando a casa do pastor para receber oração. O pastor em questão, Christopher Manzer, sem sido vítima de freqüente opressão na cidade de Lahore. Em 9 de outubro, a polícia prendeu Javed Masih, um motorista de entregas de 22 anos e um importante membro da congregação do pastor Christopher, quando ele estava deixando a casa de Christopher.

O pastor já havia fugido depois de receber um telefonema o avisando da chegada da polícia. A polícia atacou Christopher cinco vezes entre abril e julho. Esse pastor da Igreja Pentecostal dos Discípulos de Jesus recebeu recentemente ameaças de morte. Quando Javed estava deixando a casa de Christopher, a polícia se aproximou dele, perguntou se era o pastor Christopher e o prendeu. Christopher foi procurar por Javed nas delegacias, mas não o encontrou.

No domingo, 12 de outubro, a família de Javed soube que ele tinha sido levado para a Agência de Investigação Criminal de Ichhra, no centro de Lahore. As autoridades mantiveram Javed lá por três dias, em uma pequena sala com 32 outros homens, e o espancaram antes de permitir que ele fizesse uma ligação telefônica. “Eles me espancaram com pedaços de madeira”, disse Javed. A polícia manteve Javed até as 23 horas de 14 de outubro.

De acordo com a equipe do grupo de direitos humanos Ministério Compartilhando Vida no Paquistão (SLMP), Javed foi detido ilegalmente e sem nenhum registro oficial. Ele foi liberado depois que sua família e Christopher pagaram uma propina de 15 mil rúpias (185 dólares). O pastor e a equipe do SLMP acreditam que o homem que está instigando os ataques é Mohammad Nawaz, que abriu um caso na corte contra Christopher, Javed e outros sete, os acusando de seqüestrar sua mulher, Sana Bibi (leia mais).

Difamação contínua Existem inúmeras acusações pendentes contra Christopher e os membros de sua congregação baseadas em fatos falsificados e apresentados por amigos de Mohammad. Caso essas acusações se tornem oficiais através de um boletim de ocorrência, cada um deles deverá requerer pagamento de fiança pré-prisão dos acusados. Tanto Christopher quanto Shahzad Kamran, do SLMP, expressaram suas preocupações com a corrupção da polícia, que continua fazendo prisões para receber propinas para liberar os presos.

De acordo com Peter Jacob, um advogado da Comissão Nacional para Justiça e Paz, estes assuntos são superáveis “Existe um problema de corrupção e influência na polícia, uma questão de comportamento não profissional”, disse Jacob. “No geral, se as alegações são falsas... existe a possibilidade de reparação usando a corrupção”. Shahzad disse que ele acredita que Christopher se beneficiaria caso se apresentasse ao inspetor geral, que tem autoridade sobre todas as delegacias, para explicar a ele todo o caso.

“Ele pode tomar uma decisão e enviar um relatório para todas as delegacias, informando que o pastor é inocente, assim todas as queixas serão canceladas”, disse Shahzad. Shahzad e Christopher disseram que eles planejam levar o caso ao inspetor geral na próxima semana. Apesar dessas dificuldades, Christopher permanece com esperança, crendo que o caso será decidido em seu favor. A corte autenticou os documentos de divórcio de Sana e Mohammad, que serão usados como provas de que Sana não foi seqüestrada. Este é um passo crucial na defesa de Christopher, Javed e dos outros sete acusados.

Tradução: Cláudia Veloso
Fonte: Compass Direct

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Cresce número de famintos no mundo, apesar da capacidade produtiva

O mundo tem capacidade de produzir alimento para 12 bilhões de pessoas, o dobro da população atual. Ainda assim, o número de pessoas que passam fome subiu de 850 milhões para 925 milhões em 2008, anunciou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Mulheres e homens da Via Campesina, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) saíram às ruas na quinta-feira, 16, Dia Internacional em Defesa da Soberania Alimentar, para reivindicar do governo federal reforma agrária, incentivo à agricultura familiar, políticas públicas para infra-estrutura e assistência técnica em assentamentos e pequenas propriedades, que produzem 70% da cesta básica brasileira.

Via Campesina e MST promoveram manifestações em 12 Estados – Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Maranhão, Ceará e Mato Grosso.

A cesta básica do brasileiro, calcula o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cobra 52,8% do salário mínimo. A especulação financeira, denunciam o MST e a Via Campesina, são responsáveis pela elevação do preço dos alimentos.

Produtos agrícolas são vendidos a seis ou sete vezes mais caros nas bolsas, explicou Egídio Brunetto, da coordenação da Via Campesina. O preço dos principais grãos, como o milho, o arroz e a soja, duplicou de 2006 até hoje. O feijão subiu 168%.

“As grandes transnacionais do agronegócio comemoram a cada mês seus lucros recordes”, diz o MST em manifesto à população. Cerca de 30 empresas, com sede nos Estados Unidos e na Europa, controlam quase toda a produção e comércio agrícola no mundo.

“Não existe uma crise de produção, o que existe é uma especulação financeira sobre o preço dos alimentos”, arrola o MST. O movimento questionou o governo brasileiro, que anuncia “diariamente novos incentivos ao agronegócio, libera créditos, perdoa dívidas”, enquanto a agricultura familiar não recebe os devidos investimentos do Estado.

Fonte: ALC

Simpósio discute alternativas jurídicas e éticas à dívida externa

O Simpósio Internacional sobre Dívida Externa Ilegítima, evento organizado pela Federação Luterana Mundial (FLM), Igreja da Suécia e Ajuda da Igreja da Noruega, vai analisar princípios gerais da lei que podem ser aplicados à dívida soberana e examinar seu impacto sobre o desenvolvimento humano. O evento terá lugar em Oslo, de 20 a 23 de outubro.
Apesar das repetidas crises e das tentativas realizadas para corrigi-las, o problema da dívida externa continua ameaçando os direitos e a dignidade de milhões de pessoas, esclarece a carta de apresentação do Simpósio.
"Com freqüência, a gestão da dívida e a renegociação geraram um aumento da pobreza, da denegação dos direitos humanos e a perda de motivação para o desenvolvimento dos países endividados. Geralmente, estes processos resultam na imposição de políticas inadequadas e ineficazes de reforma que implicam uma maior fragilidade dos direitos humanos e do desenvolvimento dos países afetados", afirma a missiva.
As iniciativas adotadas pelos governos da Noruega, que cancelou a dívida de cinco países africanos e sul-americanos (Egito, Serra Leoa, Equador, Peru e Jamaica), além da iniciativa equatoriana de criar, em julho de 2007, uma comissão de auditoria da dívida, indicam a emergência de possibilidades para uma resposta política ao problema da dívida ilegítima, baseada no discernimento do substrato jurídico, analisam os organizadores do evento.
O encontro de Oslo, que terá representantes governamentais da Noruega e do Equador e de outros países interessados, conta com a colaboração de juristas e eruditos na expectativa de examinar as práticas e políticas atuais no que diz respeito às medidas adotadas para solução das crises da dívida.
Do mesmo modo, procura examinar os princípios jurídicos, as doutrinas e a jurisprudência pertinentes, que dizem respeito aos contratos de dívida soberana e a solução das crises da dívida, busca analisar estas fontes para a formação de blocos de um novo marco jurídico internacional para a gestão e solução da dívida baseadas nos princípios de justiça, eqüidade e direitos humanos.
Fonte: ALC

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Grupo de oração preso e brutalmente espancado na Índia


ÍNDIA (30º) - A comunidade cristã do Estado de Chhattisgarh está profundamente abalada desde o ataque e tortura pavorosos cometidos por uma quadrilha no distrito de Surguja.
À meia-noite de 3 de outubro, na vila de Dumarbhavna, a 110 quilômetros de Premnagar, três jipes lotados de nacionalistas hindus arrombaram a porta de uma casa onde acontecia um encontro de três dias de oração. Os nacionalistas atacaram os participantes enquanto estes dormiam – forçando, inclusive, dois cristãos a agredirem seus companheiros de oração, sob ameaça de morte.
A quadrilha, que faz parte do grupo extremista hindu Dharma Sena (Exército Religioso), espancou os participantes da reunião de oração, incluindo as mulheres, e levou três dos participantes para a casa de Parmeshwar Beik, em seus jipes.
“Achamos que nos levariam para a delegacia de polícia, mas fomos levados ao ‘local secreto’, onde apanhamos a noite toda”, contou Yahoshu Kujur, pastor da Abençoada Igreja de Deus à agência de notícias Compass.
Muneshwar Ekka e Parmeshwar Beik apanharam primeiro, e então, os nacionalistas hindus os obrigaram a agredir o terceiro cristão capturado, Ravi Devangan.
“Eles nos ameaçaram de morte, caso não batêssemos em Ravi”, contou Beik ao pastor Yahoshu. “Estávamos tão assustados e sem opção que batemos em Ravi até que ele caiu desacordado”.
Depois de não conseguir encontrar os três cristãos na delegacia de polícia na manhã seguinte, o pastor os encontrou no Hospital Público Srinagar, onde Ravi foi internado com ferimentos internos e ferimentos em seu peito, pernas e outras partes do corpo.
“Ravi, motorista por profissão e morador da vila de Mehagai, estava visitando Parmeshwar”, disse o pastor. “Ele foi o que mais apanhou, em casa e no local secreto, durante o ataque”.
O pastor acrescentou que a esposa de Ravi presenciou o ataque a casa.
Inércia policial
O pastor Yahoshu contou a Compass que a polícia internou os três cristãos seqüestrados no hospital Srinagar, sendo que Ravi estava seriamente ferido e os outros dois em choque.
A esposa de Ravi também sofreu ferimentos internos durante o ataque, conta o pastor.
“Ashok Sahu e outros quatro líderes cristãos foram até a delegacia no dia 4 de outubro e denunciaram o acontecido, mas até agora, nenhuma atitude foi tomada”, prossegue o pastor.
A polícia supostamente tem enganado os cristãos, dizendo que nenhuma denúncia de “conversão forçada” será registrada contra membros de grupos de oração se eles concordarem em não registrar queixa contra os nacionalistas hindus.
“Eles nos dizem que libertaria os três se concordássemos com a proposta”, contou o pastor ao Compass.
Apesar disso, a polícia registrou um caso de “conversão forçada” contra três cristãos sob a seção 3 e 4 da Chhattisgarh Dharma Swantantraya Adhiniyam (Lei de Liberdade Religiosa Chhattisgarh).
Se condenados, os cristãos receberão a sentença de um ano de prisão, e/ou terão de pagar uma fiança de 5 mil rúpias (100 dólares). Eles compareceram diante do tribunal em Surajpur no dia 6 de outubro. Um quarto cristão, Fakir Chand Toppo, também foi falsamente acusado, conta o pastor.
Até o momento, os quatro cristãos estão presos em Surajpur, apesar das tentativas de liberá-los sob fiança continuarem.
Tradução: Priscilla Figueiredo

sábado, 11 de outubro de 2008

Crise Mundial

Wall Street foi o estopim de uma crise que ameaça ruir as grandes economias e remoldar o perfil político-econômico mundial.
Nesse cenário o mundo – perplexo – busca um porto seguro. Afinal, num só momento toda a aparente segurança do mundo capitalista foi colocada em cheque.
Em busca de uma saída, os líderes das nações se mobilizam num esforço concentrado para vencer a crise. O FMI já manifesta seu ponto de vista: o momento não tem precentes na história humana. Estamos vivendo um momento único, histórico.

Mas a mesma instabilidade que ataca os mercados financeiros do planeta e ameaça o mundo capitalista faz com que, nesse momento, muitos voltem sua atenção a Deus, embora que ainda não o conheçam.

Investidores encontram Bolsa sólida

É também nesse momento que todos os crêem na Palavra de Deus permanecem inabaláveis: investiram toda sua confiança e depositaram todas as suas esperanças numa única, sólida e confiável instituição: a fé em Jesus Cristo. Seguimos seu ensino: Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói, -Lc 12,33. A fé verdadeira em Cristo é uma riqueza que não pode ser roubada e nem destruída ou danificada.

E todos quantos apostaram na segurança oferecida por Jesus voltam-se agora para suas promessas:

O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra. Provai, e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele confia. Temei ao SENHOR, vós, os seus santos, pois nada falta aos que o temem. Os filhos dos leões necessitam e sofrem fome, mas aqueles que buscam ao SENHOR de nada tem falta. Salmo 34:7-10

São promessas dirigidas apenas aos que seguem o conselho do Rei Davi: “…à sombra das tuas asas me abrigo até que passem as calamidades” – Sl. 57:1

São crentes que, em todos os lugares do mundo, aprenderam o ensinamento do apóstolo Paulo: Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.Fp 4:12. A fé não é perfeita se não demonstrada também nos momentos difíceis e amargos da vida!!!

Mas, acima de tudo podemos confiar nas promessas de Deus, pois os que confiam no Senhor são como o Monte de Sião que não se abala, mas permanece para sempre, - Sl 125:1.

O momento em que vivemos

O presente momento é de atenção e oração, pois o Livro de Apocalipse nos alerta que em meio a guerras e rumores de guerras o anticristo se manifestará ao mundo, com sua enganosa sabedoria, colocando tudo nos eixos e sendo aclamado pela humanidade como o salvador da pátria e recebendo da ONU o convite para reger o mundo globalizado. Sabemos, assim, que crises, guerras e instabilidade mundiais constituem o palco propício à manifestação do anticristo.

Hitler

Na 2ª Guerra Mundial muitos pensavam que Hitler fosse o anticristo. Ledo engano. As Escrituras Sagradas nos mostram que o anticristo não será, no início, um ditador. Seu perfil, ao contrário, será de um grande sedutor, pois enganará o mundo com sua falsa sabedoria, parecendo ser o líder mundial pelo qual o mundo anseia, o messias que Israel espera, o Maomé dos orientais, o Buda dos japoneses… Enfim, não parecerá ser o anticristo. Antes, parecerá ser a manifestação máxima de “deus” aos homens quando se sentar no templo em Israel (ainda por ser reconstruído) e fazer grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens, -Ap 13:13. Será aclamado imediatamente pelas multidões e religiões enganadas, e o mundo gozará de uma aparente tranquilidade até que venha a Grande Tribulação.

Esperança, vigília e oração

O presente momento é de vigiar em oração, pois sabemos que ao toque da última trombeta os mortos ressuscitarão e os vivos serão transformados e, juntos, subiremos ao encontro do Senhor nos ares… A partir desse momento, o anticristo nada mais terá que o impeça de colocar em prática os seus planos de governo mundial, afastando a humanidade definitivamente dos ensinamentos bíblicos e da salvação de Jesus Cristo…

Que Deus abençoe a todos os que crêem e tenha misericórdia dos que ainda não crêem. Que possamos permanecer firmes e em oração, intercedendo pelo mundo enquanto ainda estamos nele, para ver se, de alguma maneira, alguém mais se habilita a crer e depositar sua confiança em Jesus Cristo e não na incerteza das riquezas terrenas: Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos, -1º Tm 6:17

Pr. Wagner Cipriano

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Tambores de guerra

Os missionários cristãos que trabalham nas aldeias indígenas jamais foram vistos com bons olhos por quem faz a política indigenista nacional. Comumente criticados pelo governo federal, com apoio de setores intelectuais, que os acusam de não respeitar a cosmovisão nativa, os evangélicos têm enfrentado uma verdadeira via crucis para cumprir o “Ide” de Jesus entre os povos indígenas do Brasil.
O trabalho deles não se resume, como dizem muitos, a pregar a Palavra de Deus: diversas agências missionárias trabalham entre os povos indígenas há décadas, atuando, entre outras áreas, em ações de saúde, educação e preservação lingüística e cultural. E o clima, que já não era bom, ganhou contornos de guerra religiosa diante das recentes discussões em torno da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana.
A área localizada em Roraima, com 1,75 milhão de hectares – equivalente a doze vezes o tamanho da cidade de São Paulo – foi criada em 2005, através de um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e foi contestada no Supremo Tribunal Federal (STF) por um grupo de arrozeiros, empresários e políticos. Eles querem que a demarcação não seja contínua, como foi homologado pelo presidente, mas sim, em forma de “ilhas”, permitindo a permanência de fazendas, comércios e prédios públicos na área.No território, vivem aproximadamente 20 mil índios, divididos em cinco grupos étnicos distintos (ingarikó, patamona, tauarepang, macuxi e wapichana), e as tensões na área se acumularam após o início da operação Upakaton 3 – palavra que, no idioma macuxi, significa “terra nossa” –, nome dado pela Polícia Federal para a série de ações deflagradas no início do ano e que planejavam a retirada dos não-índios da região. A operação foi suspensa em abril pelo STF, que pretende primeiro julgar a constitucionalidade da homologação da reserva.
Enquanto isso, é na Vila Surumu, situada no município roraimense de Paracaima, que reside o epicentro da crise. Com o risco de desaparecer caso o STF decida pela demarcação contínua, ela abriga o foco das tensões entre índios evangélicos e católicos. De um lado da vila, estão concentrados os índios favoráveis à homologação da reserva contínua, ou seja, exclusivamente dos indígenas. A maior parte deles são católicos, ligados ao Conselho Indígena de Roraima (CIR) e com o apoio de órgãos eclesiásticos como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Do outro lado, estão os indígenas contrários à medida do governo federal e que defendem a permanência de brancos na área, inclusive os arrozeiros. A maior parte deles é formada por evangélicos e são ligados a Sociedade de Defesa dos índios Unidos do Norte de Roraima (Sodiur). “Há famílias que viveram na área com 20 e 30 anos e que casaram com não-índios e foram expulsas de lá”, reclamou Silvio da Silva, da etnia macuxi e presidente da Sodiur. A polarização tem sido inevitável.
O pastor assembleiano Cícero Francisco Sales, que não é índio, mas está na Vila há mais de três anos, contou que ameaças aos crentes e pedradas no templo são constantes. “Certo dia minha mulher, junto com minhas filhas em casa, se deparou com um índio no sofá. Ele dirigiu a ela palavras de baixo calão e disse que iriam destruir a nossa casa e a nossa igreja, fazendo um supermercado no lugar delas”, conta. “Infelizmente, algumas igrejas evangélicas pregam que o demônio é quem quer tirar os não-índios do local.
Isso gera intolerância”, rebate a advogada do CIR, Joênia Batista de Carvalho, da etnia wapichana. Primeira indígena do país a obter registro na Ordem dos Advogados do Brasil, ela tem sido uma expoente na luta em defesa da demarcação contínua na Raposa Serra do Sol. Jogo de interesses – O curioso é que Joênia, que já se pronunciou até na mais alta Corte jurídica do país, atua ao lado da maioria católica, mas é evangélica. “Cresci na Igreja do Evangelho Quadrangular.
Meus pais são de lá, assim como boa parte da minha família”, conta. Para ela, o imbróglio não se trata de uma questão de religião, e sim de um engenhoso plano para camuflar interesses econômicos, de forma a conduzir o debate para o pantanoso campo da intolerância racial e de crença. “Há um pesado jogo de interesses. Tentam desviar a atenção do problema através de uma disputa religiosa que, na verdade, não existe”, garantiu a advogada, em entrevista a CRISTIANISMO HOJE. Ela afirma que muitos evangélicos apóiam a luta do CIR, uma entidade de orientação católica.
“Não existe isso de intolerância. Muita gente pensa que vão fechar as portas das igrejas, que agora não terá mais pastor, padre. Não é nada disso”. Segundo a advogada, a lei não permite que um não-índio possua propriedade privada em terras indígenas, mas que as igrejas evangélicas da própria comunidade têm total liberdade de culto. “A Igreja Católica se antecipou e doou seu patrimônio para a comunidade, foi só isso”. Ela diz que os pastores e catequistas poderão continuar visitando a área, desde que a comunidade permita.
“Só não será permitida a visita de quem pretende, de alguma forma, levar dano ou prejuízo aos indígenas”. Ressabiado, um grupo formado por 180 evangélicos procurou o governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB) para pedir ajuda. “Há muitas igrejas co-irmãs presentes na reserva. A nossa preocupação é em razão deles desejarem tirar os não-índios. Mas os católicos ficam. Só os ministros do Evangelho devem sair”, reclamou o presbítero Antonio da Costa, da Assembléia de Deus das Nações, em Boa Vista.
“Queremos apenas a garantia de que os ministros da Palavra poderão continuar a evangelizar na área”, defendeu, no encontro. Como resposta, o grupo ouviu que não seriam tolerados episódios de discriminação religiosa. Mesmo assim, os evangélicos realizaram outra manifestação, no dia 8 de março, e reuniram aproximadamente 30 mil crentes no Centro Cívico da cidade, com faixas e gritos pedindo “justiça”. De olho na crescente violência na Raposa Serra do Sol, o presbítero preferiu não se posicionar nem contra, nem a favor da demarcação.
“Queremos apenas evangelizar. Pelo que sei, algumas igrejas foram depredadas e queimadas”.Coincidência ou não, toda essa querela acerca da presença de elementos não-indígenas na Raposa Serra do Sol acontece justamente num momento crucial para o trabalho missionário entre os povos indígenas.
Numa recente escalada de investigações, grampos telefônicos, dossiês e suspeitas das mais inverossímeis possíveis, as missões religiosas passaram a ser acusadas, da noite para o dia, de práticas como escravidão indígena, extração ilegal de sangue, biopirataria de sementes da floresta para o exterior, construção de pistas de pouso clandestinas, uso de radiodifusão pirata e venda ilegal de madeira, além de remoção de nativos sem autorização, adoção suspeita de crianças, contatos irregulares com tribos isoladas e até o uso de imagem indevida de povos nativos da região amazônica em filmes e materiais para arrecadação de recursos próprios aos objetivos da instituição – além, é claro, de proselitismo religioso. Entre as entidades denunciadas está a Jocum (Jovens com Uma Missão), que tem um longo histórico de trabalhos sociais e lingüísticos entre os índios.
A missão ainda foi envolvida num malicioso dossiê distribuído à imprensa, assinado pelo sertanista Antenor Vaz, da Coordenação Geral dos índios Isolados da Fundação Nacional do índio (Funai). O documento intitulado Missão: O veneno lento e letal dos suruwahá (leia abaixo) faz referência à prática cultural de suicídio entre aquela etnia indígena, através da ingestão da raiz do timbó. Segundo o sertanista, as missões cristãs seriam mais “letais” que o veneno usado pelos índios da etnia para dar fim à própria vida. O documento contém graves acusações contra a missão. “Sem entrar na questão de soberania ou teoria conspiratória, esse fato mostra uma briga direta entre a Funai e uma organização fundamentalista americana, que hoje sabe muito mais sobre estes índios do que qualquer instituição de pesquisa no Brasil.
Além de questões muito mais graves que podem estar gerando suicídios coletivos em massa, podendo até chegar a um genocídio de um povo”, escreveu o sertanista no e-mail que distribuiu na internet.“A Amazônia, em geral, tem sido alvo da sanha de gananciosos, e é provável que existam organizações corruptas que ‘exploram’ a boa fé de pessoas. Mas estas entidades não subsistem”, rebate a ex-presidente de Jovens com uma Missão e atual responsável pelas questões indígenas da agência, Bráulia Ribeiro. Ela acredita que a situação se agravou após o rumoroso episódio envolvendo a retirada de dois bebês suruwahá para tratamento médico, ocorrido em 2005. Na ocasião, dois missionários ligados à agência, o casal Edson e Márcia Suzuki – que, frise-se, atuavam havia longa data entre a tribo, a ponto de serem os únicos brancos a falar fluentemente sua língua –, levaram duas crianças da aldeia para São Paulo, onde receberiam tratamento para suas deficiências.
A atitude evitou que as recém-nascidas fossem sacrificadas pela comunidade indígena, como manda um rito tribal. O casal adotou a pequena Hakani, que hoje vive normalmente após tratada de hipotireoidismo, e criou a Ong Atini, que denunciou ao país a prática do infanticídio nas aldeias indígenas brasileiras, tema de reportagem na primeira edição de CRISTIANISMO HOJE. “Ousamos desafiar o governo em cadeia nacional; ousamos lutar pela vida e não nos conformar com as regras que mantêm os indígenas num cárcere paleolítico, impedidos de receber até um simples tratamento médico, direito de todos os brasileiros”, lembra Bráulia. Mobilização – O impasse em torno da questão tem levado a mobilização de todos os segmentos envolvidos – inclusive, dos índios evangélicos.
Temas atuais como infanticídio e demarcação de terras, além da perseguição às missões, foram debatidos no último encontro do Conselho Nacional de Pastores e Líderes Indígenas (Conplei), realizado entre os dias 4 e 7 de setembro, em Manaus (AM). “Trabalhamos principalmente a questão da tutela da Funai, que ao invés de ajudar, prejudica. Faremos um documento, previsto para sair ainda neste semestre, onde manifestaremos nosso direito de sentir e de dizer o que queremos”, explica o presidente da entidade, o pastor Henrique Dias, da etnia terena.
O regime tutelar foi instituído oficialmente através da Lei 6.001 de 1973, conhecida como o Estatuto do índio, e seguiu um princípio estabelecido pelo velho Código Civil brasileiro de 1916. Ficou estabelecido que os índios, sendo “relativamente capazes” de assumir integralmente suas responsabilidades, deveriam ser tutelados por um órgão indigenista estatal. Entre 1910 e 1967, a função coube ao extinto Serviço de Proteção ao índio (SPI); atualmente, é a Funai, ligada ao Ministério da Justiça, que executa a política indigenista do país.
Segundo a lei, a situação de tutela só pode ser revertida após os índios estarem “integrados à comunhão nacional”, ou seja, à sociedade brasileira. O líder do Conplei sabe que o tema é espinhoso. “Muitos têm medo de tocar nesse assunto. Mas essa forma paternalista de se tratar o índio não permite que manifestemos nossa própria vontade. Isso acontece na relação do índio com a Funai e também na relação do índio com a própria agência missionária”, aponta Henrique Terena. O encontro do Conplei pode ser considerado um sucesso em termos de legitimidade, já que reuniu cerca de 1,3 mil índios, representando 49 etnias – cerca de um quinto dos povos indígenas existentes no Brasil.
Todos eles se alinharam à idéia de que a questão da tutela deve ser revista. “é um assunto polêmico, mas não porque queremos. As pessoas polemizaram. Estamos trabalhando para sermos protagonista dos nossos interesses”, discursou o missionário e professor de história Edson Oliveira Santos, integrante da tribo bakairi e presidente da Organização dos Professores Indígenas do Mato Grosso. Para ele, as missões têm contribuído muito para a preservação dos mais de 180 idiomas indígenas falados no país e merecem respeito por isso.
Mesmo assim, ele acredita que o Evangelho deve ser pregado entre os índios – e pelos próprios índios. “Precisamos do branco, do seu conhecimento e de sua ajuda. Mas é sempre melhor quando um índio fala para outro índio”, sentencia.Dossiê do barulhoAs oitenta páginas do dossiê Missão – O veneno lento e letal dos suruwahá formam um documento, no mínimo, controverso. Organizado para ser uma compilação de todas as informações contra a agência evangélica Jocum, o trabalho traz denúncias feitas pelo próprio CIMI – entidade católica contrária à presença de evangélicos na área – junto ao Ministério Público Federal e frases do livro O chamado radical (Editora Atos), de Bráulia Ribeiro.
A obra narra, de forma pessoal, sua aventura até a chegada ao povo suruwahá. Há ainda trechos dos diários de dois missionários que estavam na aldeia, tomados à força por agentes da Funai. No livro e nos diários, a fé cristã é constantemente citada como o motivo maior pelo qual os missionários decidiram fazer contato com os índios. “Você não pode usar, como álibi para evangelizar, a justificativa de salvar vidas, levar educação. E é isso o que tem acontecido”, alegou Antenor, por telefone, à reportagem de CRISTIANISMO HOJE. O assunto ganhou as páginas da revista semanal Carta Capital, que no fim de julho amplificou as acusações de Antenor, sem contestá-las.
“Nem sei como comentar estes absurdos. A mesma revista que nos acusa de maltratar indígenas sugere que se nos retirarmos do local, a tristeza da tribo será tamanha que eles serão levados ao suicídio. é incoerente”, questiona Bráulia. “Se somos tão ruins, como os índios nos querem a ponto de perderem a vida se nos ausentarmos?” A missionária rebate as acusações de que os obreiros ligados à agência escravizam índios e traficam matéria-prima orgânica. Para ela, no entanto, são indefensáveis as acusações de que os missionários crêem em Deus, ensinam que infanticídio e suicídio podem destruir as populações nativas e fazem programas de conscientização contra o abuso do álcool, prostituição e violência contra a mulher.
“Se isso for crime, bem, então somos culpados”, desafia.Um país, muitas naçõesDe acordo com levantamento realizado pela Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) em 2005, há 364 mil índios no país, divididos em 258 tribos. Como há povos isolados até hoje, quantidade pode ser maior.. 165 delas têm ou já tiveram presença evangélica;. 5 desses povos possuem a tradução completa da Bíblia em seu idioma;. 36 dispõem apenas do Novo Testamento traduzido;. 25 agências missionárias atuam entre os índios;. 650 missionários brasileiros trabalham exclusivamente com os povos indígenas;. 20% dos índios brasileiros se declaram evangélicos.

Fontes: AMTB, Veja, IBGE

Placas 666 estão sumindo nos EUA

Onda de roubos de placas rodoviárias que contenham número associado à Besta já preocupa autoridades de Nova Jersey.
O número 666, associado pela Bíblia Sagrada às bestas apocalípticas, sempre despertou muita curiosidade – e alguns temores, por certo. Pois agora uma inusitada modalidade de crime está sendo associada ao interesse místico pelo número maldito. é o roubo de placas rodoviárias que contenham ou falam lembrar a inscrição “666”. O sumiço das placas já preocupa as autoridades de certas localidades dos Estados Unidos, como Nova Jersey. Suspeita-se que vândalos estejam por trás da onda de furtos, mas a lista de grupos suspeitos inclui religiosos – que poderiam estar preocupados com a associação do número ao demônio – e até satanistas. Mas tudo pode ser também mera brincadeira de mau gosto.Nos últimos dois anos, uma mesma estrada de Nova Jersey teve pelo menos quatro roubos de placas que indicavam a milha de número 66,6. A reposição de cada placa custa aos cofres públicos cerca de US$ 50 (110 reais, ao câmbio de hoje). Para tentar diminuir as ocorrências, a polícia rodoviária desenvolveu uma estratégia: alterar o nome de algumas estradas e placas. Assim, a Rota 666 virou 665 e o marcador de 66.6 milhas virou 66.61, quebrando o "encanto" do número misterioso. “Pensamos em colocar câmeras para monitorar as placas, só para descobrir quem é que tem todo esse tempo livre”, indigna-se Joe Orlando, porta-voz das autoridades que investigam o caso em Nova Jersey.
Fonte: Cristianismo Hoje

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Até vereador desconhece seu verdadeiro papel

Nas eleições de 2004, em Santos (SP), um candidato auto-intitulado O Patriota anunciava em cartazes pela cidade: "Prisão perpétua para os políticos corruptos". O exemplo agudo é usado pelo procurador do município de São Paulo, advogado e ex-procurador federal Luiz Augusto Módolo de Paula para reforçar a sua convicção de que a grande maioria dos brasileiros, "incluindo os próprios candidatos", não sabe quais são as funções de um vereador.
- Esse [o exemplo] por si mesmo era um "jogo dos sete erros" para qualquer um que tenha lido a Constituição. Não se exige dos candidatos que tenham formação jurídica em Direito, mas uma leitura da Carta Magna bastaria para que os vereadores, em sua atuação, evitassem romper os limites do cargo, e lhes permitiria agir de forma que realmente pudessem honrar o mandato que receberam dos munícipes - ensina Módolo de Paula em seu artigo "Por uma atuação constitucional dos vereadores", publicado no site Jus Navigandi.
Certamente contribui para isso dado divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana passada. Dos 379.331 candidatos que disputam 52.137 vagas de vereador em todo o país, apenas 70.152 concluíram o nível superior. Há 271.742 homens e 76.998 mulheres, em sua esmagadora maioria entre 35 e 59 anos, que declaram ter cursado, no máximo, até o ensino médio.
Ciente disso, o Programa Interlegis do Senado Federal elaborou em 2005 o Manual do Vereador, endereçado principalmente aos vereadores de primeiro mandato. Mas é importante que o cidadão também adquira consciência sobre o porquê da figura do vereador.
O TSE realiza na TV uma campanha publicitária alertando o eleitor para o fato de que um erro no voto pode custar um atraso de quatro anos na sua vida e no futuro da sua cidade.
- Conhecer as atribuições do cargo permite ao eleitor avaliar quem é o melhor candidato para exercer aquela função. Conhecer a câmara municipal também possibilita ao cidadão saber o que cobrar dos seus vereadores. Assim se exerce cidadania. Assim se constrói a democracia - prega Gardel Amaral, consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira e chefe da Assessoria de Projetos Especiais da Diretoria-Geral da Câmara dos Deputados, em estudo sobre as atribuições das câmaras municipais.
É preciso ler a Constituição e se informar melhor
Além de conhecimento básico da Constituição Estadual e da Lei Orgânica municipal, Gardel Amaral recomenda aos candidatos especialmente a leitura dos artigos 21, 22, 23, 24 e 25 da Constituição federal, que tratam das competências da União, dos estados-membros e dos municípios, e que servem, neste último caso, para deixar bem claro sobre que questões o vereador não pode legislar.
Já Módolo de Paula explica que os artigos 29 e 29-A são essenciais para que os candidatos entendam a organização dos municípios. O artigo 30 define as competências dos municípios e o seguinte aborda uma das mais importantes funções do vereador: a fiscalização.
Não ter consciência de suas verdadeiras atribuições pode trazer conseqüências sérias até mesmo para os próprios vereadores, alerta Módolo de Paula. No artigo 29, inciso VIII, a Constituição trata da inviolabilidade dos vereadores por suas opiniões, palavras e votos, mas tal prerrogativa só se aplica no exercício do mandato e nos limites do município.
- [O conhecimento desse inciso] serve para evitar que o vereador se encrenque com declarações fora das suas funções ou fora do município, e que podem se transformar até mesmo num processo por crime contra a honra ou algo pior - adverte o procurador.
Diferença positiva sobre a vida da comunidade
Zelar pelos serviços públicos e fiscalizar o Executivo
Sylvio Guedes / Jornal do Senado

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Templo Islâmico recebe o nome de Jesus Cristo na Jordânia

Uma mesquita na cidade de Madaba, a 30 km de Amã, capital da Jordânia, recebeu recentemente o nome de Jesus Cristo, fato que tem agradado líderes muçulmanos e representantes de comunidades cristãs.
Madaba é conhecida como cidade dos mosaicos, pela riqueza de seus resquícios da era bizantina. Agora, tornou-se também um símbolo da tolerância religiosa e da convivência pacífica de uma população de 60 mil pessoas, constituída de 90% de seguidores do islamismo e por 10% de cristãos.
A mesquita de Jesus Cristo, como explicou o imã Belal Hanini em declaração à agência Efe, é "uma homenagem à tolerância", mas representa também "uma mensagem ao mundo de que os muçulmanos consideram Jesus Cristo como o próprio mensageiro, porque antecipou a chegada do profeta Maomé".
Entre as riquezas arquitetônicas conservadas na cidade de Madaba, as suas igrejas e museus, destaca-se o piso da basílica grego-ortodoxa de San Giorgio, que conserva o primeiro mapa da Terra Santa com os lugares bíblicos, que foi feito no século VI.
Em Madaba passa também o rio Jordão, onde segundo a tradição cristã, Jesus foi batizado. Foi deste fato que surgiu a idéia do nome da mesquita.
"Há séculos vivemos em paz com nossos irmãos cristãos, e agora sentimos que este templo simboliza esta fraternidade", explica Hanini, acrescentando que a mesquita de Jesus "é a prova de que o islamismo e o cristianismo vivem em paz e consolidam os vínculos e o diálogo inter- religioso entre as diferentes crenças".
Nas paredes internas da mesquita, algumas inscrições reproduzem os versos consagrados do Alcorão em honra do Nazareno e à sua mãe, a Maria.
O templo foi construído pela família muçulmana Al Otaibi, tradicional na região e com fortes ligações com a comunidade cristã local. "Queremos estabelecer um exemplo que possa ser seguido em outras partes do mundo a favor da coexistência entre religiões", explicou Marwan Al Otaibi, em declaração à Efe.
"Dar o nome de Jesus Cristo ao nosso templo sagrado é um modo de fazer com que o mundo inteiro entenda que o islã é uma religião de tolerância que ama se comunicar com os outros", acrescentou.
A decisão foi acolhida com entusiasmo pelos líderes das outras comunidades religiosas. "Como monoteístas, estamos comovidos com este gesto feito pelos nossos irmãos muçulmanos em relação a Jesus Cristo e sua mãe", comentou o sacerdote da igreja católica grega, Nabil Haddad. "A Jordânia é um modelo para a coexistência entre os diferentes cultos", continuou.
Para o ministério das Relações Religiosas Islâmicas do governo da Jordânia, trata-se de uma ação "em linha com a decisão da Jordânia de desenvolver o diálogo entre as religiões e as diversas civilizações".
Fonte: ANSA
Via: Notícias Cristãs




quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Empresários criam central de atendimentos para tirar dúvidas sobre a nova lei de estágio

Com o objetivo de tirar dúvidas sobre a nova lei do estágio (Lei 11.788/08), sancionada pelo presidente da República no último dia 25, o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) criou uma central de atendimento para atender estudantes, empresas e instituições de ensino, cadastrados ou não em seu banco de dados. O serviço é prestado gratuitamente pelo 0800-771-2433.

Estão prontos para votação três projetos que acabam com o voto secreto na cassação de mandato

Entre os 46 projetos prontos para votação no Plenário do Senado, logo após as eleições, encontram-se três propostas de emenda à Constituição (PEC) que acabam com o voto secreto nos Plenários do Senado e da Câmara para cassação de mandatos parlamentares, para exame de vetos presidenciais a projetos do Legislativo e para a indicação de embaixadores. As matérias já passaram pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).


Novas regras ortográficas entram em vigor em janeiro de 2009

De volta ao banco escolar

Assembleia, plateia, ideia, panaceia, Coreia, colmeia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico, enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem, eloquência, tranquilo, feiura, antessala, autorretrato, antissocial, suprarrenal, ultrassonografia, autoajuda, autoescola, contraindicação, semiaberto, semiárido, mandachuva, paraquedas, paralama e micro-ondas.
Não, as palavras acima não estão grafadas incorretamente, ou pelo menos não estarão a partir de 1º de janeiro de 2009, quando entrarão em vigor as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado nesta segunda-feira (29) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que deverá ser consolidado até dezembro de 2012.
O acordo - que visa unificar o registro escrito do português nos oito países que falam o idioma: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal - reduz o uso do trema; elimina o uso do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas (como em "assembléia" e "idéia"); acaba com o uso do acento diferencial de palavras como pára (do verbo parar) e para (preposição); e incorpora as letras "k", "w" e "y" ao alfabeto, entre outras alterações.
O Decreto 6.586/08, de implementação do acordo, foi assinado por Lula na Academia Brasileira de Letras (ABL) no último dia 29, em sessão solene pela passagem dos 100 anos da morte do escritor Joaquim Maria Machado de Assis, primeiro presidente e símbolo maior da instituição.
Em 2009, ainda de acordo com o Decreto 6.586/08, os livros escolares distribuídos pelo Ministério da Educação à rede pública de ensino de todo o país serão autorizados a circular tanto na atual quanto na nova ortografia. A partir de 2010, deverão ser editados somente na nova ortografia, excetuadas a circulação das reposições e complementações de programas em curso, conforme especificação definida e disciplinada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O texto do acordo ortográfico foi assinado pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 16 de dezembro de 1990. A norma deveria entrar em vigor quatro anos depois, mas algumas nações não conseguiram ratificá-lo a tempo. A expectativa é que as mudanças alterem entre 0,5% e 2% do vocabulário atual.
Além do Decreto 6.586/2008, o presidente assinou na segunda-feira outros três decretos sobre o assunto. O
Decreto 6.583/2008 traz o texto do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa assinado em Lisboa em 1990, com as novas regras a serem implementadas a partir de janeiro do ano que vem.
Paulo Sérgio Vasco / Agência Senado

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