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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Igrejas são destruídas no norte da Nigéria

NIGÉRIA (32º) - Na cidade de Yelwa, Estado de Bauchi, duas igrejas foram invadidas em um período de três dias.

Relatos indicam que muçulmanos da região desmantelaram as fundações de uma nova igreja da denominação Igreja de Cristo na Nigéria (COCIN), no dia 16 de novembro.

O comandante do Exército, o comissário de polícia e o vice-governador de Bauchi visitaram a área no dia seguinte, a fim de investigar o incidente. Foi designado um guarda para o local.

No entanto, a despeito da presença dessas autoridades, uma igreja anglicana foi destruída a apenas dois quilômetros de distância na noite do dia 18 de novembro.

Embora sejam menos freqüentes os ataques contra templos cristãos, as igrejas na região central e no norte da Nigéria, onde se situa o Estado de Bauchi, ainda sofrem. Elas geralmente têm problemas para conseguir um terreno no qual se estabelecer, ou ainda, obter permissão para fazer a construção do prédio.

É muito comum que os templos sejam destruídos segundo as ordens de autoridades locais, sem que a igreja seja indenizada.

Construções interrompidas

Na cidade de Gwoza, norte do país, uma igreja católica de 50 anos foi obrigada a erigir um portão alternativo depois que uma escola islâmica bloqueou o acesso pelo portão original.

Na região da cidade de Katsina, Estado de Katsina, um pastor pentecostal e sua congregação são assaltados com freqüência: o prédio é apedrejado durante os cultos dominicais, os carros dos membros da igreja são arranhados e os pneus são furados. O pastor tem problema em uma perna, depois de ter sido agredido por jovens da região.

Uma congregação católica na área de Kankara, em Katsina, também foi impedida de finalizar a construção de seu prédio, em obras desde 1986.

Uma igreja carismática em Mani, Katsina, foi impedida de terminar a construção de seu novo prédio. A prefeitura finalizou a obra e transformou o edifício em uma biblioteca.

Diz-se também que a Assembléia Legislativa do Estado de Kano teria anunciado uma medida legal, proibindo o uso da terra para a instalação de novas igrejas, mesmo se a terra em questão pertencesse a um cristão.

Um nigeriano comentou a Christian Solidarity Worldwide (CSW): "Isso ilustra a inconstância de tais incidentes nos Estado do norte. Embora as autoridades pareçam prontas para promulgar a paz, elas ainda têm de permear o segmento intolerante da sociedade, que continua a fomentar a tensão religiosa, agindo quando bem entendem”.


Tradução: Daila Fanny



Fonte: Christian Solidarity Worldwide

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Pastor cubano completa seis meses na prisão

CUBA (28º) - O pastor Omar Gude Pérez foi detido na cidade de Camaguey no dia 22 de maio, sendo acusado de “tráfico humano”.

Após sua prisão, autoridades do governo efetuaram o inventário da casa de sua família e ameaçaram confiscar sua casa e seus bens. Eles ainda não cumpriram com o que foi dito, mas a família sente-se muito vulnerável.

Sua esposa, Kênia, só pode visitar seu marido a cada 21 dias. Ela reclamou de ser assediada pelos guardas quando o visita. Seus filhos, Omar, 14, e Kelia, 11, não têm permissão para visitar o pai.

O advogado do pastor Omar está tentando libertá-lo sob fiança, pelo menos até que ele vá para julgamento. Entretanto, ainda foi marcada uma data para isso acontecer.

Enquanto o pastor tem sido acusado de pegar dinheiro para ajudar pessoas a deixar o país ilegalmente, essas acusações são negadas por sua família e por outros grupos religiosos, dentro e fora de Cuba, que estão a par do caso.

O pastor Omar, sua família e sua igreja relatam que eles têm recebido ameaças de autoridades do governo há meses, antes mesmo de sua detenção. Eles acreditam que ele tenha sido alvo por causa de sua posição como um dos três líderes principais da Reforma Apostólica – um movimento religioso não-denominacional e nem político, muito ativo em evangelismo e no crescimento da igreja.

Sem nenhuma associação com redes denominacionais internacional, a Reforma Apostólica está vulnerável ao assédio. Líderes da igreja informaram que seus telefones estão grampeados, e que eles estão sendo vigiados a ameaçados. Muitos membros da Reforma Apostólica estão sendo ameaçados de perder seus empregos caso não deixem essa igreja.

Antes de sua prisão, o pastor Omar e sua esposa trabalhavam com um casal para começar uma pequena escola bíblica. Como parte de seu ministério, o Movimento Apostólico Nações para Cristo, eles supervisionam muitos pastores e líderes em toda Cuba e têm trabalhado para treinar líderes para que o ministério cresça.

Interceda por essa família. Peça que Deus lhes dê forças e esperança, e que logo o pastor retome suas atividades ministeriais.


Tradução: Vanessa Portella



Fonte: International Christian Concern

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

São Paulo terá três novos megatemplos religiosos

Por Renato Cavallera

SÃO PAULO - Com mais de 2 mil anos de história, os católicos abriram mão da estética tradicional das igrejas e vão abusar das curvas, placas metálicas e concreto para erguer em Interlagos, na zona sul, o novo santuário Mãe de Deus - Theotokos, em grego -, que receberá as missas do padre Marcelo Rossi. O modernismo contemporâneo, com a assinatura do arquiteto Ruy Ohtake, marca os novos ventos trazidos ao catolicismo pelos carismáticos.

Já os evangélicos da Universal do Reino de Deus, congregação com 31 anos de vida, seguiram caminho inverso. Foram buscar inspiração no passado, mais precisamente no século 11 antes de Cristo, para construir a nova sede mundial da igreja, na Avenida Celso Garcia, no Brás, região central. O novo prédio será uma réplica do Templo de Salomão, o primeiro templo de Jerusalém.

Em Santa Cecília, em um quarteirão colado ao bairro de Higienópolis, a nova sinagoga da Congregação Mekor Haim deve ser o maior centro de educação religiosa para judeus ortodoxos de São Paulo. Com seu estilo funcional, poderia passar por um prédio empresarial, não fossem os pilares de concreto na calçada para evitar carros-bomba e o topo em formato triangular.

Até 2010, representantes de católicos, evangélicos e judeus ortodoxos esperam ter finalizado os três templos, que seguramente farão parte da lista dos principais do Brasil, atraindo centenas de milhares de fiéis. O Santuário Mãe de Deus, por exemplo, terá capacidade para receber 100 mil pessoas, duas vezes mais do que a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, no interior de São Paulo, e 30 vezes mais do que a Catedral da Sé.

O padre Marcelo Rossi afirma que o catolicismo precisa atualmente de religiosos que entendam a importância de reunir pessoas em um mesmo lugar para celebrar. “A fé se transmite e retransmite. Esse efeito do contágio, da emoção das grandes celebrações, deve ser levado em conta para o fortalecimento da fé”, diz.

Multidões de evangélicos também serão esperadas na Celso Garcia. Atualmente, a Igreja Universal já conta com um templo para 4 mil pessoas na região. A nova sede ficará poucos metros adiante, na mesma avenida, em um terreno de 23 mil metros quadros. Serão 12 andares, dois subsolos, com 64,5 mil m² de área construída.

No novo Templo de Salomão da Igreja Universal haverá um amplo salão com capacidade para 9.500 pessoas sentadas. O tamanho da romaria de fiéis, contudo, é imprevisível. A sede mundial da Igreja Pentecostal Deus É Amor, com mais 70 mil metros quadrados, também localizada na região do Brás, já chegou a receber 110 mil fiéis em um só dia.

Fonte: OESP
Via: Pavablog

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Novo presidente das Maldivas assume e enfrenta grandes desafios

MALDIVAS (4º) - Nesta terça-feira, 11, Mohamed Nasheed assume o governo das Maldivas, após ter derrotado o presidente Maumoon Abdul Gayoom, nas eleições do último dia 29 de outubro.

Em 1978, Maumoon Gayoom, hoje com 71 anos, instalou-se no poder, e, seguindo a linha de outros ditadores, tais como Fidel Castro, de Cuba, ou Robert Mugabe, do Zimbábue, fez de tudo para permanecer na liderança da nação. Seu governo totalizou 30 anos. Ele vinha tentando alterar a constituição para manter sua posição até sua morte, mas, em 2003, devido a protestos da população, Gayoom não teve outra opção a não ser iniciar algumas reformas democráticas.

Em 2005, autorizou a legalização de partidos políticos. Até o início de 2008, ele vinha recorrendo a emendas constitucionais e referendos para se perpetuar no poder, mas, em agosto, aceitou a entrada em vigor de uma nova Constituição, que permitiu a convocação de uma eleição.

Gayoom vinha sendo acusado de corrupção e de recolher para si ilegalmente 40 milhões do dinheiro liberado pelas Nações Unidas no incidente do tsunami.

Reviravolta no segundo turno

O primeiro turno das eleições ocorreu no dia 8 de outubro e, segundo as estatísticas, Gayoom foi para o segundo turno com grande vantagem. Mas uma reviravolta aconteceu e o opositor Mohamed Nasheed, 41 anos, venceu as eleições, que registraram uma participação de 86,5% da população. Gayoom obteve 45,79% dos votos contra 54,21% de Nasheed.

Nasheed, conhecido como Anni, é um ex-prisioneiro político comparado a Nelson Mandela. Ele permaneceu bom tempo preso e exilado. Nasheed prometeu transformar a república laica das Maldivas em uma genuína nação islâmica. A população é de 370.000 muçulmanos sunitas, disseminados em 1.192 ilhas.

As expectativas de mudança no país são grandes, apesar da falta de apoio que o novo presidente enfrentará ao assumir o governo (o partido de Gayoom tem a maioria de cadeiras no parlamento).

Desafios pela frente

Nasheed, que ganhou as eleições sob o slogan “A outra Maldivas”, enfatizando uma reforma econômica no país, terá de enfrentar muitos problemas, como uma alta densidade demográfica, alto desemprego entre jovens, o crime que tem aumentado, uma epidemia do uso de heroína (30.000 usuários), entre outros. Além disso, há a questão religiosa, com o extremismo representando uma ameaça real. Em setembro de 2007, 12 turistas foram feridos em um atentado a bomba. O “Partido Adhaalath”, considerado conservador religioso e que apoiou Nasheed no segundo turno, defende a pena de morte nos casos de apostasia. O partido já reivindica espaço no governo. Certamente o novo governante terá dificuldades de conciliar esses interesses com os dos jovens liberais atraídos pelo Partido Democrático Maldívio, pelo qual Nasheed foi eleito.

Repressão religiosa

A República das Maldivas é conhecida como um destino turístico, mas também é um local onde as pessoas sofrem repressão severa no que diz respeito à liberdade de expressão, de pensamento e de religião. É um dos poucos Estados – como a Arábia Saudita –, que permite somente a prática de uma religião e exige que todos os cidadãos sejam muçulmanos.

A prática de outras religiões, incluindo outras formas de islamismo diferentes do sunismo, é banida. O Estado consegue monitorar toda forma de expressão religiosa e tem poder para piorar as condições de vida da maioria da população.

Nenhum dos candidatos que concorreram à presidência da República se importava em melhorar as leis neste aspecto. A nova Constituição alega que o islamismo faz parte da cultura histórica dos nativos das Ilhas Maldivas. De acordo com o Artigo 9, os cidadãos que não forem muçulmanos vão perder a chance de viver em Maldivas. Isso preocupa a nação, uma vez que as pessoas que se converterem a outras religiões ou até mesmo os filhos de nativos casados com pessoas que não partilhem a mesma fé, correm o risco de perder a cidadania.

A situação piora quando aqueles que se opõem à religião do país acabam sendo presos e perdendo o emprego. Os emigrantes não têm coragem de declarar outra fé, e os trabalhadores imigrantes também precisam se adaptar à religião do país. Até material religioso, como livros, folhetos, programas de internet ou de rádio, são banidos quando encontrados pelo governo. As malas dos turistas também são revistadas a procura de artigos desse gênero. Até nas escolas, a religião ensinada é o islamismo. Casamentos são reconhecidos somente entre muçulmanos.

Com informações de EFE, AFP, The Economist e Minivan News


Tradução: Texto traduzido pela fonte



Missão Portas Abertas

domingo, 9 de novembro de 2008

Muçulmanos oram contra reconstrução de Igreja

INDONÉSIA (47º) - Mais de mil muçulmanos se reuniram e oraram na manhã de 26 de outubro para protestar contra a reconstrução da Igreja Cristã Protestante de Batak (HKBP) em Cinere, Depok, no oeste da província de Java. Eles exigiam que o governo local revogasse a permissão de reconstrução, e que demolisse o primeiro andar, já levantado.

O encontro de três horas aconteceu numa rua pública, a 50 metros de distância do local da construção.

Organizada pelo Fórum de Solidariedade Muçulmana de sete bairros do oeste de Java, o evento contou com cinco líderes muçulmanos que proferiam mensagens de ódio contra os cristãos. “Se o governo falhar em atender às nossas demandas, nós mesmos queimaremos as fundações da igreja”, disse um deles.

Homens e mulheres vieram de fóruns islâmicos e de várias organizações muçulmanas de toda Cinere, incluindo o grupo radical Frente dos Defensores Islâmicos. A Frente foi acusada pelo incidente de 1º de junho no Monumento Nacional, que feriu pelo menos 70 membros da Aliança Nacional pela Liberdade de Fé e Religião. Muitos membros da FPI foram presos.

Mais de 400 oficiais de polícia foram designados para cobrir o protesto. Apesar das provocações dos líderes, a multidão permaneceu passiva. Autoridades locais estavam na lista de convidados, incluindo o líder da vila, o responsável pelo sub-distrito de polícia e o chefe do distrito de polícia. Mas nenhum deles compareceu.

O primeiro protesto

O lugar da construção era uma propriedade que a HKBP comprou em 1992. Cinere, então, estava sob a administração da cidade de Bogor, a qual concedeu à HKBP permissão para construir. Em 1998, a fundação estava pronta, mas os vizinhos muçulmanos contestaram imediatamente.

“Nós suspeitávamos de que a permissão (para construir) não era legítima. A HKBP deve ter fornecido ao governo um número maior de membros apenas para conseguir a permissão,” disse o advogado da Equipe de Defensores Muçulmanos, Ahmad Mihdan.

Nesse ínterim, a administração de Cinere foi transferida de Bogor para Depok. O novo escritório bloqueou a construção da igreja com uma carta emitida em 2000, e a HKBP decidiu se submeter à decisão das autoridades.

No ano passado, a denominação tentou reconstruir a igreja com a permissão original da administração de Bogor. Porém, enfrentou protestos novamente. Cartazes foram espalhados pela vizinhança e no local da construção, rejeitando uma igreja numa comunidade muçulmana. “Tirar esses cartazes significa guerra”, disse um dos distribuidores dos cartazes em Cinere.

“Pedimos à administração de Depok que propicie um encontro entre a comunidade muçulmana e o comitê de construção da HKBP”, disse o advogado Mihdan, que estava presente no evento do último domingo. O Fórum de Harmonia Inter-religioso está estudando o caso e irá enviar ao governo local suas recomendações.


Tradução: Cláudia Krüger



Missão Portas Abertas

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Falta de unidade limita crescimento eleitoral dos evangélicos

O crescente número de evangélicos registrado nos últimos anos faz do segmento um atraente nicho de potenciais eleitores. De 1940 a 2000, passaram de 2,6% para 15,4% da população brasileira. Hoje, são cerca de 30 milhões de fiéis em todo o país. Por outro lado, rejeição por parte de setores laicos ou ligados a outras religiões e falta de unidade entre as igrejas têm limitado o poder político do rebanho.

Nessas eleições municipais, a representatividade política da Convenção Geral das Assembléias de Deus (CGADB) apresentou queda de quase 9% em relação ao resultado obtido em 2004. A igreja possui aproximadamente 8,5 milhões de fiéis, segundo dados do IBGE no Censo 2000, o que faz dela a mais numerosa do país, com 28% de todos os evangélicos do país. No pleito de 2004, a CGADB emplacou 1.080 vereadores. Este ano, dos 1.400 nomes lançados, 920 foram eleitos.

O presidente do Conselho Político da CGADB, pastor Ronaldo Fonseca, acredita que não há motivos para preocupação. Para ele, a variação é leve e natural, fruto de um acaso derivado do quociente partidário - que representa o número de vagas que cada partido ocupará, resultado da divisão entre o número total de votos obtidos e de vagas destinadas ao cargo em questão. “Nosso trabalho nessas eleições aumentou. Essa queda é pequena e não muda nada”, avalia.

Apesar de não ser tão significativo, o número representa o descompasso que o segmento vive. O número de fiéis aumenta, mas a penetração política não. O surgimento de igrejas evangélicas com orientações diversas e sem articulação entre si é apontado como um obstáculo para a coordenação do poder de eleição dos fiéis.

“Cresceu bastante o número de igrejas, mas é muito fragmentado. No segmento católico, é bem mais fácil articular, pois é uma única igreja. Nós temos inúmeras denominações, cada uma com um líder”, explica o deputado João Campos (PSDB-GO), presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso.

As facilidades para abrir uma nova igreja evangélica e a ausência de normas rígidas de controle são motivos de fragmentação das vertentes políticas de cada denominação. O pastor Celso Carbonara, de uma congregação da Assembléia de Deus em Brasília, admite a independência. “Não é como abrir um McDonald’s, que toda loja tem que seguir um padrão. É como abrir uma empresa, pode usar o nome sem autorização da matriz”, relata.

João Campos justifica, assim, a dificuldade para obtenção de dados concretos sobre a influência política dos evangélicos. Até o momento, a frente desconhece o número de candidatos eleitos apoiados pelas igrejas este ano e, mesmo, nas eleições passadas. No entanto, o deputado acredita que a diversificação deve ser encarada com otimismo.

(Fonte: Jornale Curitiba)

No exílio, somalis cristãos são alvo de compatriotas


SOMÁLIA (12º) - Nur Mohamed Hassa é um dos somais refugiados, em Nairóbi, capital do Quênia, sob asilo do Alto Comissariado da ONU para Refugiados.

Apesar da proteção, sua casa foi invadida por cinco muçulmanos que agrediram sua família e ele.

“No dia 14 de outubro, cinco muçulmanos entraram na minha casa por volta das 22 horas e nos obrigou a sair depois de nos terem agredido”, Mohammed Hassan contou, acrescentando que o mais novo de seus oito filhos tem uma doença no fígado.

“Graças a Deus a polícia chegou imediatamente e salvou nossas vidas. Há dois dias estamos dormindo fora de casa, no frio. A polícia tem nos protegido, mas eu quero saber até quando isso vai continuar.”

Atualmente, Nur vive em Eastliegh, Nairóbi, com sua esposa e seus filhos. Ele fugiu de Mogadíscio depois que os muçulmanos assassinaram sua irmã, Mariam Mohammed Hassan, em 2005, supostamente porque ela distribuía Bíblias na capital.

“Nossa situação não é melhor do que a de nossos irmãos na Somália, que têm sido mortos como cães quando se descobre que são cristãos”, contou Nur. “Não estamos a salvo aqui em Eastleigh. Os muçulmanos mataram minha irmã em Mogadíscio e agora planejam matar minha família e eu.”

Ele disse que, nos últimos três anos em Nairóbi, ele tem sofrido muitos reveses nas mãos de outros imigrantes somalis.

“Sem dúvida, a situação dos ex-muçulmanos no Quênia e na Somália é desastrosa e horrível – estamos arriscando nossas vidas por escolher seguir Cristo”, afirmou. “Minha família está em perigo. Sem paz, sem segurança. Temos falta de coisas básicas do dia-a-dia.”

A Somália é um dos países mais perigosos no mundo, e está sujeita a homens-bomba, piratas e rotineiras violações dos direitos humanos. Os militantes islâmicos são contra as intervenções de tropas estrangeiras, especialmente as da vizinha Etiópia.

Os cristãos e qualquer pessoa que simpatize com os ideais do ocidente viram alvo dos radicais. Agentes humanitários estrangeiros ficaram especialmente vulneráveis neste ano.

Grupos de ajuda contabilizaram a morte de 24 agentes em mais de cem ataques, conforme as agências humanitárias. Vinte deles eram somalis.
Em sua estratégia para desestabilizar o governo, os militantes atacam grupos humanitários. A ONU estima que 3,2 milhões de somalis (praticamente um terço da população) dependem dessa ajuda.

Clérigos islâmicos somalis, como Ahlsunna Waljamea condenam o assassinato de agentes humanitários na Somália.



Tradução: Claudia Skobelkin



Fonte: Compass Direct

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