(ALC) A farra do consumo acabou. Os recursos do planeta Terra são limitados e não suportam um sistema de crescimento ilimitado, como se apresenta o capitalismo. O modelo econômico é baseado em produção e consumo infinitos.
O alerta vem de pensadores, de várias partes do planeta. “É preciso renunciar ao crescimento enquanto paradigma ou religião”, proclama o economista, sociólogo e antropólogo francês Serge Latouche. A alternativa é essa: decrescimento ou barbárie, aponta.
“A premissa de crescimento precisa ser rompida. Ela não responde a uma civilização que habita um planeta que é um só e que possui uma capacidade de suporte. Essa é uma impossibilidade”, diz o professor Paulo Durval Branco, em entrevista ao Instituto Humanitas (IHU) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
A premissa de crescimento precisa ser rompida. “Ela não responde a uma civilização que habita um planeta que é um só e que possui uma capacidade de suporte”, salienta Duval Branco.
Se a gente olhar para esse pequeno planeta chamado Terra, percebe-se que a natureza funciona em sistema circular. O economista e professor da Universidade Católica de São Paulo, Ladislau Dowbor, explica o sistema circular:
- Os pássaros comem as frutas e espalham as sementes; as folhas que caem são incorporadas ao solo que, por sua vez, se torna fértil e permite o surgimento de outras plantas, ou seja, todo o sistema é circular, de reutilização dos diversos recursos existentes. A vida está baseada nisso.
O sistema econômico não é circular, mas linear. “Pegamos recursos naturais, transformando-os em uma indústria, consumimos e jogamos no lixo sob a forma de plástico. Com isso estamos acabando com o petróleo do planeta e não estamos recolocando de volta as bases energéticas utilizadas, assinala.
Esse modelo não funcionará por muito tempo, pois os recursos naturais se esgotam e as mudanças climáticas podem colocar a economia e a sociedade diante de uma catástrofe planetária, frisa ao IHU o ambientalista Henrique Cortez.
A crise financeira que explodiu nos Estados Unidos no ano passado mostra que ela não se limita a aspectos financeiros, mas também diz respeito à destruição ambiental e à injusta distribuição da renda. Pensadores defendem uma nova sociedade, com um novo modelo econômico, que respeite os limites ecológicos do planeta.
O consumo, afirma Cortez, é um ato político e econômico e, nesse sentido, “deve ser ético, responsável e sustentável”. Durval Branco vê na proposição de uma economia ecológica ou da ecoeconomia um caminho para se discutir um modelo pós-crise. Nesse modelo, o processo de produção seria regido pelo ecossistema, pela biosfera.
Latouche fala de uma sociedade ecossocialista e mais democrática. “Queremos um desenvolvimento que seja sustentável, economicamente inclusivo, socialmente justo e ambientalmente responsável”, define Cortez, que se declara um ecossocialista, embora não tenha qualquer proximidade com a esquerda.
Não pode haver um consumo ético a menos que todos os cursos sociais e ambientais sejam incluídos no preço, frisa a economista e consultora inglesa Hazel Henderson.
Trata-se de uma mudança do paradigma produtivo e de questionamento da sociedade de consumo atual, diz a professora Isleide Arrua, da Fundação Getúlio Vargas, na entrevista ao IHU.
O consumo ético, afirma, levanta a bandeira na defesa de questões relacionadas ao meio ambiente, ao comércio justo, a um novo modelo de sustentabilidade em seu sentido mais amplo.
Isleide entende que a humanidade talvez esteja vivendo três grandes tipos de esgotamento, que, juntos, poderiam provocar mudanças: o esgotamento dos recursos naturais, do mercado de produção e consumo de massas, e o esgotamento de “um certo imaginário social que se construiu em torno da idéia de que consumo seria sinônimo de felicidade”.
O alerta vem de pensadores, de várias partes do planeta. “É preciso renunciar ao crescimento enquanto paradigma ou religião”, proclama o economista, sociólogo e antropólogo francês Serge Latouche. A alternativa é essa: decrescimento ou barbárie, aponta.
“A premissa de crescimento precisa ser rompida. Ela não responde a uma civilização que habita um planeta que é um só e que possui uma capacidade de suporte. Essa é uma impossibilidade”, diz o professor Paulo Durval Branco, em entrevista ao Instituto Humanitas (IHU) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
A premissa de crescimento precisa ser rompida. “Ela não responde a uma civilização que habita um planeta que é um só e que possui uma capacidade de suporte”, salienta Duval Branco.
Se a gente olhar para esse pequeno planeta chamado Terra, percebe-se que a natureza funciona em sistema circular. O economista e professor da Universidade Católica de São Paulo, Ladislau Dowbor, explica o sistema circular:
- Os pássaros comem as frutas e espalham as sementes; as folhas que caem são incorporadas ao solo que, por sua vez, se torna fértil e permite o surgimento de outras plantas, ou seja, todo o sistema é circular, de reutilização dos diversos recursos existentes. A vida está baseada nisso.
O sistema econômico não é circular, mas linear. “Pegamos recursos naturais, transformando-os em uma indústria, consumimos e jogamos no lixo sob a forma de plástico. Com isso estamos acabando com o petróleo do planeta e não estamos recolocando de volta as bases energéticas utilizadas, assinala.
Esse modelo não funcionará por muito tempo, pois os recursos naturais se esgotam e as mudanças climáticas podem colocar a economia e a sociedade diante de uma catástrofe planetária, frisa ao IHU o ambientalista Henrique Cortez.
A crise financeira que explodiu nos Estados Unidos no ano passado mostra que ela não se limita a aspectos financeiros, mas também diz respeito à destruição ambiental e à injusta distribuição da renda. Pensadores defendem uma nova sociedade, com um novo modelo econômico, que respeite os limites ecológicos do planeta.
O consumo, afirma Cortez, é um ato político e econômico e, nesse sentido, “deve ser ético, responsável e sustentável”. Durval Branco vê na proposição de uma economia ecológica ou da ecoeconomia um caminho para se discutir um modelo pós-crise. Nesse modelo, o processo de produção seria regido pelo ecossistema, pela biosfera.
Latouche fala de uma sociedade ecossocialista e mais democrática. “Queremos um desenvolvimento que seja sustentável, economicamente inclusivo, socialmente justo e ambientalmente responsável”, define Cortez, que se declara um ecossocialista, embora não tenha qualquer proximidade com a esquerda.
Não pode haver um consumo ético a menos que todos os cursos sociais e ambientais sejam incluídos no preço, frisa a economista e consultora inglesa Hazel Henderson.
Trata-se de uma mudança do paradigma produtivo e de questionamento da sociedade de consumo atual, diz a professora Isleide Arrua, da Fundação Getúlio Vargas, na entrevista ao IHU.
O consumo ético, afirma, levanta a bandeira na defesa de questões relacionadas ao meio ambiente, ao comércio justo, a um novo modelo de sustentabilidade em seu sentido mais amplo.
Isleide entende que a humanidade talvez esteja vivendo três grandes tipos de esgotamento, que, juntos, poderiam provocar mudanças: o esgotamento dos recursos naturais, do mercado de produção e consumo de massas, e o esgotamento de “um certo imaginário social que se construiu em torno da idéia de que consumo seria sinônimo de felicidade”.
Fonte: www.alcnoticias.org
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