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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dezesseis cristãos foram soltos como resposta de oração


CHINA (12º) - Os últimos 16 cristãos do grupo de igrejas não-registradas China Gospel Fellowship, presos no Escritório de Segurança Pública (PSB em inglês), foram soltos da detenção administrativa na tarde de 9 de maio de 2009.

A agência de notícias ChinaAid afirma que apesar de os prisioneiros não terem cumprido sua pena de 10 a 14 dias na detenção ou pagado fiança no valor de U$ 150, os oficiais não pediram nada para executarem a libertação.

Fontes da ChinaAid dizem que a libertação prematura dos prisioneiros aconteceu devido à pressão da comunidade internacional, e significa que “o governo admitiu que o que fizeram foi errado.”

De acordo com a notícia, um total de 18 cristãos foram presos no dia 30 de abril, quando reunidos para a Santa Ceia no vilarejo de Shuitaizi, na província de Henan.

“Uma dúzia de oficiais do PSB invadiu a reunião, e todos os cristãos foram presos. Os policiais os ameaçaram com multas e trabalhos forçados. Eles foram acusados de ‘prejudicar a sociedade por falso uso da religião’.”

Quando a ChinaAid publicou a notícia do incidente, dois dos cristãos foram soltos no mesmo dia, mas 16 continuaram presos.

“Muitos irmãos ao redor do mundo oraram e ligaram para o Escritório de Segurança Pública em Xinye para demonstrar preocupação com os que estavam presos e pedir a liberação imediata dos prisioneiros. Na tarde de 8 de maio, 11 cristãos foram libertados e, algumas horas depois, os últimos cinco também foram soltos”, relata a ChinaAid.

Tradução: Deborah Stafussi

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Plano de saúde não pode limitar valor do tratamento, diz STJ

Do UOL Notícias
Em São Paulo


Por unanimidade, a 4ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que os planos de saúde não podem limitar o valor do tratamento e de internações de seus associados e determinou o pagamento integral por uma seguradora a um paciente de São Paulo.

Segundo o STJ, a turma acompanhou voto do relator, ministro Aldir Passarinho Junior, que entende que a limitação é lesiva. Segundo ele, a Súmula 302 da Corte dispõe que é abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a internação hospitalar do segurado. Da mesma forma, não tem lógica determinar contratualmente o prazo de recuperação do paciente e limitar o custo do tratamento médico-hospitalar.

A decisão foi tomada em processo de um paciente de São Paulo, que recorreu ao STJ contra a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo. O tribunal paulista não reconheceu a abusividade da limitação de valor anual imposta pela seguradora Notre Dame. Como a seguradora se recusou a custear a despesa excedente prevista em contrato, a família herdou uma dívida com o Hospital Samaritano (SP), onde o paciente ficou internado durante quase 30 dias, em 1996. Portabilidade nos planos de saúde; saiba mais
A portabilidade nos planos de saúde, que permite ao consumidor trocar de operadora sem precisar cumprir novas carências, entrou em vigor no último dia 15 de abril, após publicação da Resolução Normativa 186/2009, de autoria da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), no Diário Oficial
Leia mais

Segundo o ministro, restringir o valor vai contra o objetivo do plano, que é o de assegurar os meios para sua cura. Para ele, está claro que limitar o valor do tratamento é lesivo ao segurado, pois reduz a eficácia do tratamento.

Em seu voto, o relator questionou como seria a situação de um segurado que é internado sem saber o que tem, sem conhecer seu tipo de cura e, após alguns dias dentro do hospital, é informado de que seu crédito acabou e terá de abandonar o tratamento. "Como saber de antemão quais os custos do tratamento, qual a tabela de cada hospital conveniado e quanto tempo seu crédito vai durar?"

Na prática, a Turma ampliou o alcance da Súmula 302. "Na essência, a hipótese de restrição de valor não é similar à da súmula citada, mas comporta o mesmo tratamento. A meu ver, até tratamento mais severo, pois a cláusula é mais abusiva ainda", disse em seu voto. Para o relator, a fórmula de teto de valor adotado pela seguradora é uma tentativa de contornar a proibição do limite temporal imposto pela súmula.

Brasil condena teste nuclear da Coreia do Norte

Do UOL Notícias*
Em São Paulo

Em comunicado divulgado na tarde desta segunda-feira (25) o governo brasileiro condenou o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte.

O Brasil expressa a expectativa de que a República Democrática e Popular da Coreia se reintegre, o mais rapidamente possível e como país não nuclearmente armado, ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Da mesma forma, o governo brasileiro conclama a RPDC a assinar, no mais breve prazo, o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT) e a observar estritamente a moratória de testes nucleares", diz a nota.

A Coreia do Norte afirmou hoje que realizou "com sucesso" um novo teste nuclear, informou a agência estatal de notícias norte-coreana KCNA. De acordo com o governo ditatorial, a nova bomba é mais potente que a utilizada no teste de 2006, que levou o país a sofrer sanções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

O regime comunista descreveu o teste com um esforço para ampliar "a capacidade nuclear para defesa"

Repercussão
Diversos países, entre eles China, Rússia e Estados Unidos também condenaram o novo teste nuclear subterrâneo realizado pela Coreia do Norte.

O Ministério da Defesa da Rússia estimou que a explosão - que provocou um terremoto de magnitude 4,5 na escala Richter - foi comparável às das bombas americanas que destruíram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em 1945.

O ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, afirmou que o país está "preocupado" e que os testes são "um golpe nos esforços de não proliferação". Na China, o ministério do Exterior disse em um comunicado que "o governo chinês é contra, de forma resoluta, o teste nuclear da República Democrática Popular da Coreia do Norte".

Por sua vez, o presidente americano, Barack Obama, disse a comunidade internacional deve tomar providências contra o que chamou de violação da lei internacional.

Segundo ele, a "Coreia do Norte está desafiando diretamente e de forma imprudente a comunidade internacional. O comportamento da Coreia do Norte aumenta as tensões e prejudica a estabilidade no nordeste da Ásia."

*Com informações da BBC e Folha Online

domingo, 24 de maio de 2009

VOCÊ VAI PERMITIR?

(Usted lo permitirá?)

Pastor Hector Muñoz Uribe - Concepción/Chile

Tradução de João Cruzué

O que você diria se um homossexual entregasse a "teu" filho de oito anos um “manual” para convencê-lo de que suas condutas [homossexuais] são inteiramente normais? Que diria você se esse “manual” lhe inculcara que as condutas homossexuais não são aceitas por culpa da Igreja e da moral cristã que você tem ensinado?

Que diria você, se soubesse que esse “manual” vem acompanhado de um cursos, que inclui algumas “tarefas” como fazer um convite para um homossexual vir a sala de aula para que explique suas próprias experiências, ou pior ainda, efetuar visitas a organizações de homossexuais, onde se lhe explicará com todos os detalhes como se deve “assumir” a homossexualidade?

E, que diria você se o Ministério da Educação (do Chile) outorgasse um respaldo oficial a este “manual” dando-lhe boas vindas, como acaba de fazê-lo a chefe do Departamento de Educação Extracurricular do Ministério de Educação, Magdalena Garretón: “São muito bem-vindos os materiais para ensinar sobre este tema” (publicado no Jornal El Mercúrio em 28 de abril de 2009) ainda que o MEC – Chileno não o respalde?

Tal situação não é uma mera possibilidade. Ao contrário, é muito provável que seu filho deva estudar o manual “Educando na diversidade, orientação sexual e identidade de gênero” editado pelo “Movimiento de liberación homossexual [do Chile] e financiado pelo governo socialista de Extremadura (Comunidade Autônoma da Espanha, cuja Capital é Mérida) e pelo “Movimiento homosexual Triángulo”, também da Espanha.

Esse “manual” se destina, em uma primeira edição, a 250 colégios da Região Metropolitana de Santiago para crianças desde a 7ª séria do ensino fundamental até o 4º ano do ensino médio, além de oferecê-lo gratuitamente em página da WEB.

Seu objetivo é acostumar aos meninos, e entre eles pode estar “teu” filho, com as condutas homossexuais, acabar com qualquer objeção de consciência a essas condutas e, por último, a quem já tenha sido pervertido por suas diretrizes, a “sair do armário” publicamente. Ou seja, uma apologia da homossexualidade.

Mas este "manual" não fica apenas na teoria. Explica também a meninos e meninas que em seu "processo de auto-conhecimento" se deve destruir a "homo-transfobia-interiorizada", acabar com o recato e a vergonha sobre sua orientação sexual ou identidade de gênero.

Em poucas palavras, isto significa que os ativistas homossexuais trataram de convencer a muitos meninos, que se encontram em uma fase de amadurecimento incipiente, de que são homossexuais sem sabê-lo, e que mais adiante se devem comportar como tais.

Posteriormente lhes mostra, nesse processo de "auto-conhecimento", que poderão ter experiências "de intimidade com pares homossexuais ou transexuais e, finalmente, lhes recomenda, a "saída do armário", ou seja, que proclamem sem vergonha sua condição homossexual.

Segundo o "manual", a principal culpada da discriminação aos homossexuais é a influência do cristianismo. Uma das religiões que consideram a homossexualidade com um pecado que atenta contra a moral e os bons costumes.

O "manual" explica aos meninos que "o pecado é um conceito religioso que somente se baseia na Bíblia, em texto "não conclusivo".

A consequência é que "teu" filho, na medida que se deixe induzir por ativistas homossexuais, se convencerá da "normalidade" de tais condutas, e terminará inevitavelmente rechaçando qualquer influência moral da religião, por crer que esta é a causadora de todas as discriminações.

Toda esta incitação à imoralidade e instigação à apostasia da moral cristã está sendo financiada pela Junta de Extremadura do PSOE (partido político da Espanha) e pela fundação espanhola "Triángulo" de lésbicas e homossexuais para impor sobre o Chile o que hoje já é lei na Espanha: as uniões civis homossexuais e a adção de crianças por parte desses "casais".

Mas o objetivo do Movimento de honossexuais (Movilh) é que o Ministério da Educação - 0 do Chile - incorpore o manual para lhe dar uma distribuição nacional. Segundo eles, o Movilh com esta publicação está "fazendo as vezes" do MEC-Chileno.

Afirma o "Movilh" que há jovens que estão solicitando sua publicação em todas as nas províncias chilenas (de Arica a Punta Arenas) sem embargo, uma política educação sexual para estudantes via Ministério da Educação ( CNN Chile, 18 de abril, 2009)

Isto é uma clara pressão para que o Governo do Chile "encampe" este manual como um texto educativo para todo o país. Tal eventualidade é bem provável, uma vez que o grande financiador das atividades do "Movilh" é precisamente o governo do Chile.

Ademais, o próprio Ministério de Educação do Chile há deu as "boas-vindas" a este péssimo manual e no passado recomendou um livro de conteúdo muito semelhange que aconselhava aos meninos: "Faça contato com alguma pessoa homossexual que você conheça". Se puder, convide-a para conversar em seu curso no colégio" (Cambiando de Piel" - edição "La morada" 1997)

Pense um pouco em "teu" filho, ou em "tua" netinha. Pense na pressão do ambiente desse curso, nas burlas e sanções, se se obstina em considerar que as condutas homossexuais são "intrisicamente desordenadas" ou simplesmente, um pecado, como sempre tem ensinado a Igreja cristã.

Resistirá?

Este "manual" é uma clara incitação à apostasia da moral cristã e da fé, e um curso de perversão sexual para as crianças; para seu filho e para sua filha e faz parte de uma campanha para descristianizar o Chile desde suas próprias raízes.

E não pense que se você os matricular em um colégio cristão estarão a salvo desta influência. O "manual" foi redigido graças a uma "experiência piloto" realizada em vários colégios, entre os quais, o "Alma Matar" e o "Monsenhor Enrique Alvear", que dizem ter uma orientação católica.

É necessário e urgente exercer uma presão sobre o Ministério da Educação para impedir que aqueles que pretendem dar um respaldo oficial a este "manual" tenham êxito. Se a Ministra da Educação não vir, de parte dos pais de família uma forte reação conrtra esta campanha de pervertimento de nostros filhos, poderá por ceder diante das pressões do movimento dos homossexuais.

As declarações de boas-vindas da chefe do departamento de Educação Estracurricular do Ministério da Educação Chileno, Magdalena Garretón, a este material, são um claro indício de que se pretende aprovar oficialmente esta publicação.

Por esta razão, é urgente que você faça chegar agora mesmo seu protesto a Senhora Ministra e re-envie este email a todos seus conhecidos. Envie agora mesmo seu protesto. Emails e cartas o mais que puder. Que o Chile se informe da verdadeira realidade.

Email recebido do Pastor Hector Muñoz por João Cruzué, via Facebook.

Original em espanhol: Blog Mirar Cristiano

Comentário - Hoje isto está acontecendo no Chile; amanhã, provavelmente, poderia acontecer no Brazil. Vejo uma Igreja cristã brasileira indiferente e pouco engajada. Do outro lado, o exército dos "amalequitas" está formado. Fianciado com recursos públicos. Dos impostos que nós, cristãos, pagamos. Financiado com recursos de países e organizações estrangeiras. A Igreja brasileira não está levando em conta o tamanho do mal que está por vir. Para combater isso não basta orar. Nem se omitir; justificar que o mundo jaz no maligno. Você deve isto a seus filhos. A seus netos. É preciso se mexer dentro do exercício do jogo democrático. Protestar. Espernear. Engana-se quem pensa que, se a Lei da "homofobia" passar, o ativismo homossexual vai se arrefecer. O que está acontecendo no Chile mostra que não. Há uma estratégia planejada para exigir a mudança constitucional para legalizar o casamento homossexual. Com a lei da "homofobia" aprovada, o caminho fica livre. E se a lei mudar, pode amparar o casamento homossexual dentro da sua Igreja.
Acorda e protesta!(João Cruzué)


sábado, 23 de maio de 2009

Na fronteira com a Turquia, armênios temem abertura


Clifford J. Levy
Em Lusarat (Armênia)


Vazgen Shmavonyan mantém um bando de pombos em um local de peregrinação de ortodoxos armênios aqui. As aves rapidamente cruzam a fronteira para a Turquia, a menos de 2 km de distância. Shmavonyan, contudo, não pode segui-las, como se fosse ele o engaiolado. Elas vão, símbolo de algo que esta região não teve muito.

A fronteira entre a Armênia e a Turquia está fechada desde 1993, uma mini-Cortina de Ferro que faz parte do legado de um dos conflitos mais rancorosos do mundo, com quase um século de idade. As últimas semanas trouxeram notícias de uma possível abertura, com os dois países desenhando um plano para estabelecer laços diplomáticos e levantar as barreiras.

Ainda assim, por mais que Shmavonyan e outros no local de peregrinação quisessem passear do outro lado, eles reagiram temerosamente aos contatos oficiais com a Turquia. É claro que abrir a fronteira vai ajudar a economia e melhorar as perspectivas para o futuro. Mas primeiro, insistiram, a Turquia deve lidar com seu passado.

Eles disseram que antes de prosseguir com as negociações, o governo turco deve admitir que 1,5 milhão de armênios étnicos foram sistematicamente mortos sob o governo otomano na Turquia durante a Primeira Guerra Mundial.

"Queremos que a Turquia admita que houve um genocídio", disse Shmavonyan, 38. "Certamente é ruim que a fronteira esteja bloqueada. Se estivesse aberta, seria bom para todos. Para as pessoas que fazem comércio, tudo seria mais barato. Que eles admitam, depois podemos conversar".

Shmavonyan ganha a vida cobrando aos visitantes alguns dólares para tocarem nos pombos e os soltarem do topo do ponto de peregrinação, que é um antigo monastério considerado local de nascimento do cristianismo armênio e reduto contra o crescimento do islã.

A tensão na fronteira aqui é refletida nas tropas que vigiam o lado armênio: são russas, enviadas após um pedido armênio para ajudar a se proteger do vizinho muito maior. (A Armênia tem três milhões de habitantes, e a Turquia, 72 milhões.)

A Armênia, ex-república soviética, mantém laços fortes com a Rússia. De fato, este talvez seja um dos últimos locais no planeta onde, em um eco da Guerra Fria, soldados da Otan -neste caso, da Turquia- enfrentam russos em uma fronteira selada.

Do ponto de peregrinação ortodoxo, chamado Khor Virap, é possível ver as terras turcas que antes eram ocupadas por armênios, inclusive a área em torno do Monte Ararat, onde a Bíblia sugere que Noé atracou sua arca após o dilúvio.

Entre os armênios estavam os avós paternos de Shmavonyan, que foram mortos pelas tropas turcas, segundo ele. Seu pai sobreviveu e fugiu para cá.

Muitos trabalhadores e visitantes no local recontam histórias similares. E alguns expressaram ansiedade com a possibilidade de novos confrontos se as negociações tiverem sucesso.

"A Turquia virá para cá imediatamente; quem sabe o que vai acontecer?", disse Hayk Avetisyan, 38, motorista de táxi que trouxe alguns turistas de Yerevan, capital armênia. "Se você conhece nossa história -imediatamente, a Turquia vai tentar assumir metade da Armênia."

Nem todo mundo é tão pessimista. O reverendo Narek Avakyan, 29, principal padre da Igreja Ortodoxa Armênia em Khor Virap, disse que o país não deveria impor condições às conversas.

"Se eles quiserem admitir o genocídio hoje ou amanhã ou em algum momento em breve, eles o farão", disse ele do governo turco. "É um fato, e eles sabem disso. Passaram-se tantos anos. Não foram eles que cometeram os atos, foram seus avós e pais."

O governo turco há muito nega que ocorreu um genocídio, afirmando que a Armênia vende uma história falsa.

Autoridades turcas dizem que a Primeira Guerra Mundial foi uma época negra, quando muitos armênios étnicos morreram tragicamente no caos causado pela guerra. Mas eles disseram que não houve uma campanha metódica para matá-los e enfatizam que muitos turcos também morreram no período.

Historiadores, em geral, dizem que as alegações turcas não são plausíveis.

A Armênia buscou persuadir outros países a reconhecerem o genocídio, e os EUA foram algumas vezes atraídos para o conflito.

Como candidato, o presidente Barack Obama disse que ia admiti-lo. Contudo, no mês passado, aparentemente preocupada em ofender a Turquia, importante aliado americano, a Casa Branca divulgou uma declaração no Dia da Memória Armênia que homenageava os mortos, mas não usou explicitamente a palavra genocídio.

Os sentimentos intensos das pessoas em Khor Virap mostram como será difícil curar as divisões nesta região estratégica, porém volátil.

Além de seu relacionamento complicado com a Turquia, a Armênia tem uma fronteira fechada com outro vizinho muçulmano, o Azerbaijão, também uma antiga república soviética. Pouco após os dois países se tornarem independentes, com o fim da União Soviética em 1991, eles entraram em guerra pelo enclave de Nagorno-Karabakh.

A Turquia, que tem fortes laços étnicos e políticos com o Azerbaijão, fechou suas fronteiras com a Armênia em 1993 em solidariedade ao Azerbaijão.

A discórdia entre a Turquia e a Armênia piorou ainda mais quando a Armênia e grupos imigrantes armênios influentes em torno do mundo pressionaram pela questão das mortes da Primeira Guerra.

As únicas fronteiras abertas da Armênia são com a Geórgia, no norte, e com o Irã, no sul.

A hostilidade aqui contra o governo turco não necessariamente se estende ao seu povo. De fato, Shmavonyan, que mantém os pombos no mosteiro, disse que trabalhou uma década em Istambul, capital da Turquia, como comerciante têxtil.

"Eles nos tratavam muito bem", disse ele. "Eles sabem que os armênios são pessoas muito boas e trabalhadoras."

Ainda assim, ele e outros não acreditam que a cisão terminará logo. E admitiram que sua insistência para que a Turquia admita genocídio antes da fronteira ser aberta é doce e amarga.

"Nossa terra é lá. Queremos visitar, caminhar e ver como nossos avós viviam. Quero ir até lá e ver seus túmulos", disse David Arakelyan, 50, que administra uma área de piquenique pra visitantes ao monastério.

Tradução: Deborah Weinberg
Fonte: UOL Notícias

sábado, 16 de maio de 2009

Médica acusada de quase 10 mil abortos irá a júri no MS


Acusada pelo Ministério Público Estadual como responsável pela interrupção da gravidez de quase 10 mil mulheres, a médica Neide Machado Mota será levada a júri popular. A decisão foi tomada no final da tarde de ontem pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), com parecer unânime dos desembargadores. A medida é mesma para Rosângela de Almeida, Maria Nelma de Souza, Libertina de Jesus Centurion e a psicóloga Simone Aparecida Cantagessi de Souza, funcionárias da clínica de planejamento familiar que funcionava no centro de Campo Grande e era propriedade da médica. O advogado que defende a causa, Ruy Luiz Falcão Novaes, comentou que "o processo é nulo porque as acusadas não tiveram direito do devido processo legal".

Explicou que, por exemplo, "as 26 mulheres tidas na denúncia como clientes de Neide e que, ainda segundo a denúncia, fizeram aborto na clínica, não foram ouvidas no processo". Ele entrou com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última terça-feira, pedindo a anulação do processo sob a alegação de que não há provas suficientes para sustentar as acusações.

Caso o STJ confirme o resultado do TJ-MS, o julgamento deverá ocorrer dentro dos próximos três meses, conforme informou o juiz da 2ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos. Desde abril de 2007, quando o Ministério Público Federal iniciou o levantamento das denúncias, foram apreendidas 9.896 fichas de mulheres com idades entre 19 e 45 anos que seriam clientes de Neide. Entre elas havia anotações de procedimentos médicos supostamente realizados há mais de 20 anos, o que motivou o cancelamento 8.340 fichas devido à prescrição da pena.

Considerando também a falta de elementos que configurassem a realização de aborto, o número total de acusadas passou a ser 1.250. Desse total, 900 ainda estão sendo ouvidas na 1ª Delegacia de Polícia Civil, onde a estimativa para conclusão das audiências é no final deste ano. Os inquéritos concluídos são remetidos ao Fórum de Campo Grande. Nas denúncias feitas pelo Ministério Público Estadual, consta que cada cliente da médica pagou quantias entre R$ 500 e R$ 3.700, informações contidas nas fichas médicas de 27 pacientes atendidas em 2007.

Fonte: Agência Estado Via VINACC - Visão Nacional Para a Consciência Cristã


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Eleitores cristãos de Orissa enfrentam intimidações


ÍNDIA (22º) - Houve relatos de que eleitores do estado de Orissa, na Índia, foram alvos de intimidações, e foram forçados a votar pelo partido nacionalista hindu, o Partido Bharatiya Janata (BJP, sigla em inglês).

Apesar das notícias encorajadoras sobre a elevada participação dos cristãos nas eleições, a AsiaNews noticiou que disseram aos cristãos do vilarejo de Gujapanga, norte de Kandmahal, para “Marcar a Lótus” – o símbolo do BJP. Os apoiadores do partido também acompanharam os eleitores, com o objetivo de intimidá-los.

Sajan George, diretor do Conselho Global dos Cristãos Indianos (GCIC, sigla em inglês), disse que relatos similares vieram de vários vilarejos da área.

“Extremistas que ficavam do lado de fora das zonas eleitorais diziam aos cristãos para votarem pela ‘lótus’ caso quisessem evitar ameaças de morte. Não se pode dizer que estas eleições foram calmas e pacíficas”, diz.

Ajay Singh, líder da organização social Jan Vikas na diocese de Bubhaneswar, disse, “Eu parti durante o amanhecer do distrito Gajapati para Kandhamal. No caminho, árvores haviam sido arrancadas pela raiz para bloquear a pista. Não havia ninguém por perto. Quando fui à zona eleitoral do meu vilarejo, descobri que era o primeiro eleitor a comparecer. Duas horas após ter sido aberta, ninguém tinha vindo votar. Apenas depois, quando os aldeões ouviram que alguém já havia ido votar é que alguns outros apareceram”.

Singh disse que depois foi visitar outros vilarejos no distrito. “Nos vilarejos de Kattingia e Lingagada, todos que ousaram votar sofreram ameaças. Em Nulungia, onde um cristão tribal foi morto há alguns meses, as pessoas me disseram que ao menos 40 cristãos (que fugiram da violência do último ano) não votaram por medo de serem espancados”.

“Tudo que você tem que fazer é visitar Phirigada, Gunjibadi, Badabanga, Dodingia, Raikola, Chanchedi. Na área próxima ao mercado, em G Udayagiri, 43 famílias – que abandonaram suas casas – estão vivendo em condições deploráveis, mas não ousam ir para casa”.

Milhares de cristãos também estão vivendo em acampamentos nos estados de Maharastra e Gujarat.

O padre Singh falou sobre a situação no vilarejo de Betticola, onde os extremistas hindus tentam construir um templo sobre as ruínas de uma igreja que foi destruída durante a violência do último ano.

“Nenhuma das 38 famílias do vilarejo está vivendo em sua própria casa”, afirma.

“A nenhum dos sete cristãos que compareceram para votar foi permitido realizar o voto, porque eles não tinham os documentos corretos”, ele disse. “Suas explicações não tiveram nenhum proveito, mesmo quando disseram aos oficiais que seus documentos de identidade e certificados haviam sido perdidos no fogo durante a violência”.

Tradução: Luis Felipe Carrijo Silva

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Vaticano analisa Obama

Jornal vinculado à Santa Sé diz que novo Governo americano “não abalou o mundo”.

O jornal L' Osservatore Romano, que é vinculado ao Vaticano, analisou o início do Governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de forma irônica e publicou uma matéria com o título "Os cem dias que não abalaram o mundo".

Segundo a publicação da Santa Sé, o Governo Obama tem sido frustrante em várias áreas, especialmente no campo da ética. Além disso, a nova Administração americana tem se mostrado menos "radical do que se esperava".

O L' Osservatore Romano afirma também que em muitos aspectos o novo presidente dos EUA tem mantido postura semelhante a de seu antecessor, George W. Bush, como nos casos dos conflitos no Iraque e no Afeganistão.

"Entretanto, talvez seja pouco para falar de revolução ou para fazer juízos positivos ou negativos. Não foram 100 dias para mudar o mundo; melhor esperar os 1.361 [quando termina o mandato]", encerra a publicação.
(Com reportagem da Folha Online)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

STF derruba Lei de Imprensa por sete votos

20:31 30/4/2009, Último Segundo :: Home

O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou hoje a Lei de Imprensa, uma das últimas legislações do tempo da ditadura que continuavam em vigor. Num julgamento histórico, sete dos 11 ministros da Corte decidiram tornar sem efeitos a totalidade da lei ao concluírem que ela, editada em 1967, era incompatível com a democracia e com a atual Constituição Federal.Eles consideraram que a Lei de Imprensa era inconstitucional.

Após a decisão, os juízes terão de se basear na Constituição e nos códigos Penal e Civil para decidir ações criminais e de indenização contra jornalistas. A Lei de Imprensa previa penas de detenção mais rigorosas para os jornalistas que cometiam os crimes de calúnia, injúria e difamação do que o Código Penal. O principal debate ocorreu por causa do direito de resposta. Para a maioria dos ministros, a prerrogativa está prevista na Constituição. Eles também observaram que há um projeto em tramitação no Congresso para regulamentar esse direito.

O presidente do STF, Gilmar Mendes, queria manter em vigor artigos da Lei de Imprensa que estabelece as regras para o requerimento e a concessão de direito de resposta. Para tentar convencer os seus colegas, ele chegou a citar o caso da Escola Base. Em 1994, vários veículos de comunicação divulgaram reportagens sobre suposto abuso sexual cometido contra crianças que estudavam na escola. No entanto, nada ficou comprovado. "Os veículos da mídia produziram manchetes sensacionalistas", lembrou Mendes.

Mas a maioria dos ministros entendeu que a lei deveria ser derrubada integralmente. "A liberdade de imprensa não se compraz com uma lei feita com a preocupação de restringi-la, de criar dificuldades ao exercício dessa instituição política", afirmou o ministro Carlos Alberto Menezes Direito.

Autoridades permitem grande culto de Páscoa no Vietnã


VIETNÃ (23º) - As autoridades vietnamitas deram permissão para que igrejas domésticas realizassem um grande culto de páscoa público (em 21 de abril), no que os grupos de ajuda humanitária disseram ser um grande passo para o Vietnã.

Mais de 15.000 pessoas se reuniram no estádio Tao Dan para adorar a Deus, proclamar Cristo e experimentar uma rara sensação de unidade cristã, principalmente para os membros de igrejas domésticas, acostumados a se reunirem em pequenos grupos. O único evento desse porte para grupos não-registrados aconteceu no Natal de 2007, em uma reunião ao ar livre, patrocinada pela Sociedade Evangélica do Vietnã (VEF em inglês).

No evento, a VEF se esforçou para incluir todas as igrejas domésticas, e não apenas seus próprios membros.

Realizar um evento que inclui a adoração e o evangelismo fora de um templo viola as leis religiosas restritivas do Vietnã, e a celebração – na qual 1.200 pessoas decidiram seguir a Cristo – não aconteceu sem lutas. Relutantes em apoiar eventos cristãos, as autoridades pediram e conseguiram a retirada de um dos organizadores – o pastor Nguyen Ngoc Hien, que lidera uma igreja batista e um grupo chamado Christian Fellowship of Vietnam – como condição para uma aprovação.

Os oficiais deram a permissão somente após as 16h, três horas antes do início do evento, ainda que os organizadores pediram a permissão muitos meses antes. As autoridades asseguraram que a liberação logo viria, mas os organizadores estavam muito ansiosos. Além disso, começou a chover um pouco antes do culto, mesmo não sendo temporada de chuvas.

Como a celebração ocorreria ao ar livre, uma chuva forte poderia ser mais do que inconveniente. Choveu o suficiente para refrescar o ar, e parou assim que o culto começou – uma resposta às orações dos participantes. A celebração começou com o louvor congregacional; os participantes dizem que a multidão cantou com entusiasmo e alegria.

“Eu nunca ouvi nada como isso, mesmo em uma cruzada do Billy Graham”, disse um dos líderes vietnamitas. “Era como se eles oferecessem a Deus todo o louvor e adoração guardados em seus corações durante anos de opressão.”

Os líderes e os advogados de liberdade religiosa no Vietnã disseram que o evento foi significativo, pois as igrejas não-registradas puderam realizar uma celebração pública.

“Os líderes cristãos vietnamitas oram há muito tempo por essa oportunidade. Eles veem que esses acontecimentos são respostas diretas de Deus, que acreditam ter o coração das autoridades em Suas mãos.”

Três representantes de um grupo não-registrado chinês estavam no culto; eles ficaram impressionados. Eles prometeram aos líderes vietnamitas enviar missionários para ajudar na evangelização do Vietnã.

Tradução: Deborah Stafussi

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