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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Morreu Tia Tabita, diretora do seminário Betel, no Rio: serva de oração, do ensino teológico e da ação social



Chegou o dia de um encontro esperado com confiança por Tabita Kraule Pinto, reitora emérita do Seminário Teológico Betel (Rio de Janeiro, RJ). Após meses de tratamento de saúde, com quase 88, que completaria dia 26 de maio, Tabita está com Jesus a partir de hoje, dia 5 de fevereiro de 2010, a viúva do pastor batista José de Miranda Pinto, fundador do Seminário Betel. Tabita nasceu em Riga, capital da Letônia, nos Países Bálticos, em plena ameaça de invasão pelas tropas bolchevistas da Rússia. Com um mês de vida, deixou o país com a família liderada pelo pai, o pastor Carlos Kraul, com destino à Colônia Varpa, em Nova Odessa, interior paulista. Conviveu na colônia leta, falando dois idiomas, até transferir-se como seminarista para estudar no Betel. Com pendores de missionária, acabou casando com Miranda Pinto e se tornou a maior cooperadora do marido na educação teológica e na ação social...
   
   Após o falecimento do marido, em dezembro de 1967, dirigiu o seminário por quatro décadas. Dos três filhos – o educador Neander, a professora e musicista Brasília e o advogado Benoni – os dois filhos homens ingressaram no ministério pastoral e ambos integram a Associação Evangélica de Fé, mantenedora do Seminário Betel, Colégio Betel, Recolhimento Betel para idosas sem amparo, entre outros projetos. Em 2007, o pastor Neander Kraul de Miranda Pinto foi eleito pela associação para suceder Tabita na reitoria e, em 2009, elegeu-se presidente da entidade. Seu irmão, pastor Benoni, é o diretor administrativo e tesoureiro.
   
   Tabita não apreciava popularidade. Jamais cedeu aos apelos de órgãos de comunicação e não aprovava que alguém quisesse torná-la pastora. Mas era uma evangelista determinada e aproveitava qualquer pequena oportunidade para abrir sua Bíblia com alguém, para oferecer um folheto ou incluir um nome em seu caderno de orações. Era diaconisa da Igreja Batista do Meier, da qual se tornou membro quando, ainda jovem, casou-se com o pastor daquela igreja.
   
   Durante décadas esteve em seu escritório horas a fio aconselhando, orando e preparando as aulas de evangelismo que lecionou durante muito tempo. Dona de um sorriso constante e amigável, ela se tornou querida pelo apoio que prestava sempre a pessoas necessitadas. Destacada no aconselhamento, Tabita também foi notável promotora da evangelização e de missões. Enquanto a saúde o permitiu, viajou pelo Brasil e foi incansável estimuladora das sociedades femininas, sempre que podia partilhava sua experiência com outras mulheres cristãs. “Tia” de uma multidão incontável, Tabita foi conselheira e confidente de moças e rapazes de diferentes gerações e amada pelas crianças, que sempre se entregavam à franqueza de seu sorriso de “avó”.
   
   A saúde de Tabita complicou-se em 2009, obrigando-a a algumas internações, mas quando em casa, mesmo durante o tratamento, Tabita comparecia a reuniões de trabalho e de oração além de receber um grande número de amigos do Betel para orar. Desde os últimos meses do ano passado, as visitas eram feitas exclusivamente em seus aposentos, onde cantava e orava com amigos de longa data, sem jamais dispensar os recém chegados.
   
   Para as despedidas haverá um culto na Igreja Batista do Meier, às 8 horas do sábado, dia 6. O sepultamento no Cemitério do Caju, às 10h30min, encerrará o serviço fúnebre. Além da emoção da partida, a família betelense conta também com o sentimento de gratidão pela vida e serviço da inesquecível Tabita. (por Luciano Vergara)


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