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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Falta de informação prejudica saúde do homem e pode levar à morte


Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam que ocorrem cerca de 47 mil casos de câncer de próstata no país a cada ano e, entre 1979 e 2004, houve aumento de 95,48% na taxa de mortalidade por essa doença. Além disso, o Brasil é campeão no número de casos de câncer de pênis, que pode causar amputação e morte do paciente. Apesar disso, os homens resistem a ir ao médico e a fazer exames. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) acredita que a chave para mudar este quadro é a informação. Iniciativas como palestras de esclarecimento e apoio promovidas pelas igrejas para membros e moradores da região – a exemplo do que já ocorre quando o tema é mulher – podem ajudar na melhoria da qualidade de vida dos homens brasileiros. Além de incentivar iniciativas pontuais, como palestras e panfletagem, a SBU propôs à TV Senado a transmissão semanal de um programa sobre saúde do homem. O assunto foi discutido em audiência pública, no dia 7 de agosto, na Câmara Federal, com o intuito de promover ações que divulguem para a população masculina a importância da prevenção e tratamento de doenças que estimulem mudanças de comportamento. Para a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, é preciso que o governo divulgue os programas de saúde masculina existentes. A vasectomia, por exemplo, pode ser realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem custos para o paciente. No entanto, parte dos homens desconhece esta possibilidade. A situação é mais preocupante nos casos de disfunção e câncer. Segundo o chefe da Clínica Urológica do Hospital Ipiranga, em São Paulo, Sidney Glina, entre 48 e 53% dos homens no Brasil possuem alguma disfunção erétil. Ele ressalta os problemas emocionais causados pela doença, que provoca perda de auto-estima e problemas conjugais. O câncer de pênis é outro grande vilão da saúde masculina. Os tabus, o medo e a vergonha fazem com que 50% dos pacientes com câncer esperem cerca de um ano para procurar atendimento, conforme informações do urologista Luciano Favorito. O resultado disto é que quase mil pacientes sofrem amputações todos os anos no Brasil. A educação para a prevenção é considerada a arma mais eficaz contra este tipo de câncer. Programas de acesso público O serviço público de saúde fornece gratuitamente a medicação necessária para portadores de hiperplasia benigna ou câncer de próstata. O benefício foi aprovado no fim do ano passado. O Ministério da Saúde também informou, na audiência, que os agentes do Programa Saúde da Família receberão treinamento para combater o câncer. Como possuem contato direto com a população, deverão transmitir informações sobre cuidados, prevenção e tratamento das doenças que afetam o homem.
(Informações: Agência Câmara)

sábado, 27 de setembro de 2008

Acesso da Polícia Federal a banco de dados da Interpol fortalece combate à pedofilia, afirma Demóstenes

O anúncio de que a Polícia Federal poderá acessar, a partir de 2009, o banco de imagens da Interpol com informações sobre pedófilos em todo o mundo foi saudado pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Em entrevista à Agência Senado nesta quarta-feira (24), o parlamentar, que é relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia , considerou essencial o fortalecimento da articulação internacional para o combate a crimes contra crianças e adolescentes praticados pela Internet.
- A Polícia Federal está no caminho certo. Sempre defendemos essa integração com a comunidade internacional, pois a pedofilia, especialmente a praticada via Internet, é um fenômeno mundial. Um pedófilo russo pode usar um provedor da Índia e praticar crimes no Brasil. Assim, o combate a esse tipo de delito requer a articulação dos órgãos policiais de diferentes países - observou o senador.
Conforme informações da assessoria de imprensa da Polícia Federal, o banco de dados da Interpol, denominado Child Sexual Exploitation Image Database, é uma iniciativa do G8 - grupo formado pelos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia -, em conjunto com a Noruega. O uso da ferramenta, acessada por meio do Sistema Mundial de Comunicação da Interpol, até então tem sido restrito a esses países. A inclusão do Brasil, explica a coordenação da Interpol no Brasil, deve-se ao reconhecimento da ação de cooperação da Polícia Federal brasileira, que tem repassado informações sobre pedófilos que atuam em diversos países.
Orkut
O trabalho realizado pela CPI da Pedofilia, que conta com a parceria da Polícia Federal, também tem contribuído para a identificação de pedófilos no Brasil e em outros países. Com a quebra de sigilo de 3.261 álbuns fechados do Orkut, site de relacionamento do Google, a CPI identificou 874 usuários suspeitos de divulgar pornografia infantil pela Internet. Parte dessas informações, sobre suspeitos que atuavam fora do Brasil, foi enviada a autoridades policiais de cerca de 70 países, conforme informações do senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia.
Ao participar de reunião preparatória para o Fórum de Governança da Internet, realizada em Genebra em meados de setembro, Magno Malta destacou que as informações repassadas a outros países têm resultado na prisão de diversos pedófilos que integram redes de exploração sexual de crianças e adolescentes. Ao apresentar um balanço sobre a atuação da CPI, o senador destacou os avanços obtidos a partir da quebra de sigilos de álbuns do Orkut e defendeu a adoção de regulação para o uso da Internet.
Os parlamentares que integram a comissão de inquérito também aprovaram pedido de quebra de sigilo de mais 18 mil álbuns fechados do Orkut, identificados a partir de denúncias recebidas pela organização não governamental Safernet. Com o acesso a informações sobre os álbuns suspeitos de conter pornografia infantil e com a triagem do material, Magno Malta acredita que poderá ser identificado um grande número de pedófilos que atuam na rede mundial de computadores.
Legislação
Sobre o combate à divulgação de imagens contendo pornografia infantil no Brasil, Demóstenes Torres apontou falhas nos mecanismos legais disponíveis no país. O senador defendeu mudanças na legislação brasileira como condição essencial para que os pedófilos identificados possam ser efetivamente punidos.
- As informações sobre pedófilos repassadas a outros países têm resultado em prisões nesses países. Aqui no Brasil, resultam em busca e apreensão, porque a lei brasileira é pífia no combate aos crimes de pedofilia cometidos via Internet - afirmou Demóstenes.
O parlamentar defendeu a atualização da legislação brasileira e lembrou a aprovação, pelo Senado, de projetos que tratam do assunto (PLS 250/08 e PLS 126/08). As matérias aguardam decisão da Câmara dos Deputados e, se aprovadas, seguem para sanção pelo presidente da República.
Iara Guimarães Altafin / Agência Senado

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Batistas são vítimas de difamação em rede estatal

. RÚSSIA (*) - Batistas de diferentes partes da Rússia têm sido perturbados pelo Estado nos últimos meses. Esses aborrecimentos incluem interrogatório feito pelo serviço de segurança russo (FSB), difamação na rede de televisão estatal, advertências contra templos e multas para pregação em público. Todas as congregações em questão pertencem ao Conselho de Igrejas Batistas, cujas comunidades não se registraram junto às autoridades estatais. A princípio, elas se recusam a se registrar em qualquer país pós-soviético. Num dos casos, dois oficiais do FSB na região de Kurgan questionaram separadamente dois membros da igreja de Yurgamysh durante 4 horas sobre assuntos internos da igreja. A congregação dessa igreja, composta de 18 adultos e de 50 crianças, está alarmada com a intromissão do Estado. Dois oficiais do serviço de segurança do município de Kurgan – como eles se identificaram – questionaram separadamente os membros Marina Kondakova e Galina Smetanina durante 4 horas sobre assuntos internos da igreja em 29 de julho. Ainda à noite, os oficiais do FBS assistiram ao culto na igreja (uma casa privada), tendo ali colocado suas bolsas em cima de um dos bancos. “Como resultado disso, o culto foi filmado secretamente”, conta um membro. Posteriormente, a TV estatal da região levou ao ar um programa sobre a igreja intitulado “Notícias criminais”. Retransmitido por mais de três dias de agosto no canal de televisão estatal da região, o programa retratou a igreja de Yurgamysh “de uma forma completamente distorcida”. De acordo com os batistas, uma diretora local falou de forma desonrosa a respeito de como as crianças batistas eram “retardadas, oprimidas, vestiam-se de um jeito diferente dos outros alunos e repetiam o ano com freqüência”. Uma senhora idosa estava aos prantos, lamentando que seus filhos “tinham acabado numa terrível seita batista. Eles batem nos seus filhos e quando eu tento intervir, batem em mim!”. O pastor de uma igreja protestante registrada insinuou que os batistas de Yurgamysh “distorcem a Bíblia e se recusam a seguir a lei que determina o registro das igrejas”. Entre uma declaração e outra, trechos do culto filmado secretamente eram exibidos, enquanto um narrador reclamava que em vez de trabalhar, os membros da igreja viviam de negócio ilegal. “Até quando isso vai continuar?”, finalizou o programa, “Alguma coisa deve ser feita!”. O responsável pelos assuntos religiosos de Kurgan, Vladimir Ufimtsev, insistiu em que não foi feita nenhuma gravação secreta do culto dos batistas. “Havia apenas uma imagem de uma conversa com o líder da congregação; provavelmente sem a autorização prévia dele, mas não era secreta”, diz ele. O parlamento da região está prestes a considerar as propostas “de proteger os cidadãos do assédio de seitas religiosas” em reunião no dia 30 de setembro. As propostas incluem a notificação compulsória de um grupo religioso não-registrado e o registro obrigatório para comunidades Tradução: Helena Maria Silva * Este país não se enquadra entre os 50 mais intolerantes ao cristianismo.
Fonte: Forum18 News Service (em inglês)
Com o objetivo de servir você com mais informações e de lhe oferecer perspectivas de, pelo menos, mais uma fonte, passamos a reproduzir notícias do Forum 18 a partir de 20 de janeiro de 2004, com a devida autorização. O Forum 18 é uma organização que trabalha para a implementação do Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e concentra-se na séria violação da liberdade de religião, e particularmente em situações onde as vidas e bem-estar de indivíduos e grupos são ameaçados, e onde o direito de reunir-se em torno de sua fé é impedido.
O Forum 18 divulga notícias de violação da liberdade de qualquer credo religioso.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Pastores são expulsos por não colaborar com guerrilhas


COLÔMBIA (50º) - Em 27 de agosto, um pastor de Nariño, no sul da Colômbia, recebeu ameaças de morte por parte de um grupo armado ilegal, caso não atendesse às suas exigências. No dia 28 de agosto, outro pastor, sua esposa e seus dois filhos foram expulsos de sua casa em Caquetá, no sul da Colômbia, por um grupo paramilitar que se opunha à sua pregação. Os grupos ilegais armados vêm impedindo que o evangelho seja espalhado pelo país. O pastor de Nariño (seu nome não pode ser revelado por motivos de segurança), recusara-se várias vezes a atender às exigências do grupo armado ou a tirar dinheiro da oferta para sustentar seus interesses subversivos. Ele tentou explicar que a igreja era uma comunidade religiosa que não apóia a luta armada uma vez que sua missão era trazer a paz, e não a guerra. Em maio, os guerrilheiros “aconselharam” o pastor a não voltar a uma vila nas proximidades onde ele e outros cristãos estavam estabelecendo um grupo de discipulado. Os líderes da guerrilha disseram-no que não queria ver ministros ou missionários evangélicos pregando no local. Assassinatos e crimes cometidos por grupos extremistas tanto de direita como de esquerda, usados não apenas como ameaça direta, mas também como meio de retaliação em caso de não-cumprimento de exigências, são comuns na Colômbia. Muitas cidades pequenas no sul do país, além de municípios onde as ameaças ocorrem, tornaram-se locais para grupos ilegais armados por causa do grande tráfico de cocaína que existe no local. Essa área é próxima à fronteira com o Equador e não há nenhuma presença militar. Também no Estado de Nariño, outro pastor, Pedro Valencia, foi expulso do município de Satinga em abril depois dos guerrilheiros darem a ele 24 horas para sair. O pastor Pedro se recusou a dar dinheiro da igreja ao grupo armado. No início de 2007, o pastor da Igreja Unitariana Pentecostal, localizada em El Charco, a algumas horas de Welmambí, município de Nariño, também fora expulso. Rejeição ao evangelho No dia 28 de agosto, outro pastor, Ricardo (nome fictício), sua esposa e seus dois filhos que viviam no sul do estado de Caquetá foram expulsos de casa por um grupo paramilitar que via seu testemunho cristão como uma ameaça à estabilidade de seu movimento. Ricardo não apenas denunciou os abusos cometidos pelas guerrilhas, mas também tentou ajudar os moradores das áreas mais pobres do local. Apesar de ter sido criticado por outros cristãos, Ricardo acredita que sua visão social nada tem a ver com a luta armada promovida pelas guerrilhas latino-americanas; ao contrário, ele deseja ver a inclusão social, de maneira que os pobres também tenham oportunidades. O pastor é muito conhecido na área por suas idéias de um cristianismo social, e algumas pessoas dentro dos grupos paramilitares estão deixando seus cargos e abraçando suas idéias.
Tradução: Priscilla Figueiredo
Missão Portas Abertas

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Departamento de Estado publica relatório sobre liberdade religiosa


INTERNACIONAL - Em 19 de setembro, o Departamento de Estado americano lançou o Relatório de Liberdade Religiosa Internacional 2008. A edição cobriu 198 países e territórios. Segundo John V. Hanford III, embaixador pela liberdade religiosa, a Coréia do Norte continua a ser o maior violador. O culto a Kim Jong-il e ao seu falecido pai ainda é uma importante base do regime, uma vez que esse culto chega a ser uma espécie de religião do Estado. Alguns estrangeiros que visitaram o país contaram que os cultos prestados nas igrejas cristãs do governo pareciam encenações. Os sermões eram impregnados de conteúdo político que apoiava o regime. Os norte-coreanos que atendiam aos cultos chegavam e iam embora juntos, em ônibus de turismo. Segundo o embaixador John Hanford, pode-se dizer que a Coréia do Norte é um lugar onde simplesmente não existe liberdade religiosa. É muito difícil obter informação sobre o país. A maioria vem de fugitivos. Estima-se que 150 mil a 200 mil pessoas estejam presas em campos de concentração em áreas remotas. Esses são lugares cruéis e refugiados que ficaram ali relataram que as pessoas presas por motivos religiosos são tratadas pior do que os outros detentos. Eritréia, Índia, Mianmar e Vietnã Durante o período coberto pelo relatório, o governo da Eritréia continua a ter um péssimo registro de abusos à liberdade: prisões, torturas e até o assassinato de alguns cidadãos que simplesmente realizavam cultos fora de uma das quatro entidades religiosas aprovadas pelo governo. Na Índia, foi observado o aumento da violência contra os cristãos no Estado de Orissa, onde fatores religiosos combinaram-se a descontentamentos sociais, econômicos e étnicos. Essa combinação gerou intranqüilidade, a despeito dos esforços do governo central para manter a harmonia da comunidade. A violência anticristã alastrou-se ao Estado de Karnataka na semana passada, e um pouco dela parece ter motivações políticas, uma vez que parte dos ataques foi realizado pela polícia. Em setembro de 2007, o regime militar de Mianmar suprimiu com violência alguns protestos pacíficos realizados por monges budistas e cidadãos comuns. Em resposta, forças de segurança invadiram monastérios budistas e, em alguns casos, destruíram-nos. Segundo o relatório, o Vietnã caminha positivamente. Ele está se movendo mais lentamente do que o esperado, particularmente no que diz respeito ao registro de lugares de culto. Mas, para o embaixador, o governo tem tomado decisões que dão mais espaço para seguidores de quase todos os grupos religiosos praticarem sua fé. Mundo muçulmano O governo do Irã continua a oprimir grupos islâmicos não-xiitas, cristãos e judeus. Um foco especial é dado a dois convertidos muçulmanos que foram acusados oficialmente de apostasia.No Egito decretou-se que a liberdade de conversão é destinada apenas aos que não são muçulmanos. Mais uma vez, o governo foi incapaz de reparar leis e práticas que discriminam a minoria cristã, ao proibir a construção e reforma em propriedades das igrejas. As autoridades também prenderam muçulmanos convertidos ao cristianismo e defensores da liberdade religiosa, intimidando-os a fim de que não mais protestassem após sua libertação. Constataram-se problemas também na Argélia e na Jordânia, que tradicionalmente se mostravam respeitosas às minorias religiosas. Da Argélia vieram afirmações de que o governo tem restringido o culto cristão, prendendo, sentenciando convertidos ao cristianismo e fechando igrejas.Na Jordânia, um tribunal da sharia condenou um ex-muçulmano por apostasia, anulou seu casamento e deixou-o sem identidade religiosa.O governo jordaniano também tem perturbado pessoas e indivíduos com base na filiação religiosa deles. John Hanford notou algumas melhorias na Arábia Saudita, como a libertação de alguns prisioneiros. Para ele, o número de problemas relacionados à polícia religiosa, o mutaween, diminuiu. Os ataques que costumavam ser realizados – inclusive a lugares de culto não-muçulmanos – estão ocorrendo de forma menos freqüente. Ásia Central Na Ásia Central, o Cazaquistão, o Quiguistão e o Tadjiquistão têm tido mudanças problemáticas para mudar suas leis religiosas, o que pode trazer restrições significativas. No Uzbequistão, as leis que exigem o registro de lugares de culto resultaram na prisão de pessoas que praticavam pacificamente sua religião. Também é preocupante o número de cidadãos muçulmanos suspeitos de atividades extremistas. O Uzbequistão possui, de fato, elementos terroristas em seu meio. Leia aqui mais informações sobre o relatório. Nota da Missão Portas Abertas: Todas as informações publicadas acima foram extraídas do Relatório Internacional de Liberdade Religiosa, e expressam a opinião de seus autores. A opinião da Portas Abertas sobre a liberdade religiosa mundial pode ser lida aqui. Tradução: Daila Fanny
Fonte: Departamento de Estado dos EUA

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Projeto aumenta pena para crime de exploração de prestígio

O Projeto de Lei 3658/08, do deputado Betinho Rosado (DEM-RN), aumenta a pena para crimes de exploração de prestígio quando um dos beneficiários é funcionário público. Exploração de prestígio é solicitar ou receber dinheiro ou vantagem a pretexto de influir sobre a decisão de juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de Justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha. Atualmente, o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) prevê, nesses casos, aumento de 1/3 da pena, que é de reclusão de 1 a 5 anos e multa. O projeto estabelece que a pena será aumentada da metade.O deputado afirma que o projeto equipara a punição dos crimes de exploração de prestígio com os de tráfico de influência, cuja pena já é aumentada pela metade quando o acusado alega que a vantagem é também destinada ao funcionário relacionado ao crime. O Código Penal define o tráfico de influência como solicitar ou obter vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.TramitaçãoO projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário.
Agência Câmara

Proposta que permite que brasileiros residentes fora do país votem em deputado federal está pronta para ir a Plenário


Está pronta para ser votada em Plenário a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5/05, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que concede ao brasileiro residente no exterior o direito de votar nas eleições para a Câmara dos Deputados. A proposta tem parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde foi relatada pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
A PEC acrescenta parágrafo ao artigo 45 da Constituição - que trata da composição da Câmara dos Deputados -, criando circunscrições eleitorais especiais para os cidadãos brasileiros que residem no exterior. Deixa as regulamentações posteriores para serem aprovadas em lei ordinária.
Azeredo destaca o argumento do autor segundo o qual o processo de globalização, aliado à crise econômica, levou mais de dois milhões de brasileiros para fora do país. Enfatiza ainda que esses brasileiros já podem votar nas eleições para presidente da República, quando inscritos nas representações diplomáticas. E concorda com o autor quando este afirma que deixar de escolher o deputado federal ajuda a quebrar "os vínculos sociais e afetivos que ligam a pessoa à sua Pátria".
O relatório sustenta que a proposta amplia os direitos individuais prescritos na Constituição e não debilita a Federação, uma vez que as circunscrições especiais não vão alterar o equilíbrio entre os entes federados. Ressalta ainda que a proposta repete experiências adotadas em diversos países, como Portugal, Espanha, Itália e os Estados Unidos.
José Paulo Tupynambá / Agência Senado

domingo, 14 de setembro de 2008

Jesus e os Eruditos

Atualmente estão em voga nos EUA (com reflexos para quase todo o mundo – N.R.) conferências e programas de TV amplamente divulgados onde "especialistas" alegam estar examinando as evidências para descobrirem quem Jesus realmente era. No programa de entrevistas Larry King Live foi debatido há algum tempo o tema "Quem é Jesus?" Pouco antes, Peter Jennings apresentou um outro especial com o título "Em Busca de Jesus".
As universidades americanas também vêm se envolvendo no assunto há alguns anos. Um simpósio chamado "Jesus em 2000" foi realizado na Universidade Estadual do Oregon e transmitido ao vivo para todos os Estados Unidos, com o objetivo de "explorar o que os especialistas têm a dizer sobre o homem descrito como místico, curandeiro e Filho de Deus". Segundo a publicidade feita, os debatedores eram "seis dos mais renomados eruditos em religião do mundo..." Essa mesma universidade também produziu um programa para o qual convidou outros "eruditos" para oferecerem uma "nova imagem de Deus para o século XXI" – como se Deus fosse um mito que criamos para nos dar uma falsa sensação de conforto e como se o homem precisasse de um novo "deus" que tenha um apelo mais moderno.
Uma Revelação Especial Para os Eruditos?
É possível sentirmos que há um certo elitismo na implicação de que os eruditos são capazes de conhecer Jesus melhor do que nós, que não temos as mesmas "qualificações". Por acaso Deus é parcial e se revela de modo diferente para os que tiveram acesso à educação superior? Esses "especialistas" nunca são apresentados como servos humildes de Cristo, que conhecem o Senhor e estão vivendo em obediência à Sua Palavra. Ao invés disso, a ênfase recai sobre sua formação acadêmica. Seus títulos de PhD são usados como uma espécie de "permissão especial" para revisar, aviltar, contradizer e questionar a Palavra de Deus.
O Senhor não se impressiona com as credenciais acadêmicas deste mundo. Como é trágico quando a Igreja chega ao ponto de valorizar tanto a sabedoria mundana que as escolas cristãs, e até os seminários, acabam comprometendo a verdade para poderem receber algum crédito dos inimigos da cruz. Os critérios usados por Deus são bastante distintos.
Enquanto no meio secular um alto nível de escolaridade pode ser algo benéfico, isso não tem relação alguma com se conhecer, obedecer e agradar ao Senhor. Abraão, que foi chamado "amigo de Deus" (Tg 2.23), não era um erudito. Na verdade, a sabedoria deste mundo é um empecilho para se conhecer a Deus e as coisas reveladas pelo Espírito Santo. Paulo escreveu: "...aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação ...nós pregamos a Cristo crucificado ...loucura para os gentios ...Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus ...a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus" (1 Co 1.19-29; 3.19).
Jesus disse: "Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus" (Mt 18.3). "Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado" (Lc 10.21). Tudo aquilo que caracteriza os "eruditos de boa formação" opõe-se à atitude que devemos ter em nossa humilde caminhada com o Senhor.
Deus declara: "habito... com o contrito e abatido de espírito... eis para quem olharei: para o pobre [humilde] ...que treme da minha palavra" (Is 57.15; 66.2). Mas os "eruditos da Bíblia", como os do Jesus Seminar (um grupo de teólogos liberais formado nos EUA para discutir a veracidade das palavras de Jesus nos Evangelhos – N.T.), entre outros aos quais a mídia recorre devido ao seu suposto conhecimento de Deus e de Cristo, estão muito longe de tremer diante da Palavra de Deus. Quando são solicitados a dar sua opinião sobre Deus e Cristo, eles colocam a si mesmos como juízes da Bíblia, como se tivessem autoridade para destrinchá-la.
Durante esse processo eles violam o bom-senso, tentando impor suas idéias pré-concebidas na sua leitura do texto bíblico. O que esses eruditos fazem nunca seria aceito num tribunal de justiça. Apesar de terem nascido mais de 1900 anos depois da ocorrência dos fatos, eles têm a audácia de contradizer os relatos das testemunhas oculares – mas mesmo assim milhões de pessoas os levam a sério, fazendo-os se sentirem capazes de reinventar a história e o passado. Ao contemplar tal situação, lembro-me da expressão satírica que era sussurrada nos tempos da Cortina de Ferro: "A União Soviética é o único país com um passado imprevisível".
Um Deus Sem Poder
Caso esses "experts" realmente acreditem em um deus, ele não faz milagres. Por isso eles dizem que o Mar Vermelho não poderia se abrir para que os israelitas atravessassem em terra seca, que as muralhas de Jericó não poderiam ter caído como relatou Josué (que estava lá e viu aquilo acontecer), que Jesus não poderia ter literalmente caminhado sobre a água, curado os doentes, ressuscitado pessoas, alimentado 5.000 com alguns pães e peixes, morrido por nossos pecados e ressurgido dentre os mortos (deve haver alguma outra explicação para a sepultura vazia!). Tal incredulidade é televisionada para o mundo inteiro como sendo a verdade, enquanto aqueles que podem provar a veracidade da Bíblia raramente têm oportunidade de expressar suas opiniões. Como resultado, milhões de pessoas passam a acreditar que a Bíblia é uma coleção de mitos, como afirmam os apresentadores de TV.
Esses simpósios altamente prestigiados, transmitidos pelo rádio, pela televisão e divulgados na mídia impressa, exploram novas idéias sobre Deus e Cristo para o homem moderno. Considerando o grande entusiasmo com que a série de livros sobre Harry Potter foi recebida, os eruditos parecem estar em sintonia com o tempo em que vivemos. Um novo mito, aceitável por todos, poderia dar sustentação a uma nova religião mundial que unificaria o mundo – algo que Jesus não tentou fazer. Cristo não veio para "dar paz à terra... antes, divisão" (Lc 12.51).
A Religião da Unificação
Os povos da terra, entretanto, querem um homem que seja capaz de trazer paz e unidade. Quem conseguiria tal feito senão o Anticristo, como a Bíblia prevê? Jesus disse aos judeus: "Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, certamente, o recebereis" (Jo 5.43). Essas conferências conduzidas por "especialistas em Bíblia" e os especiais exibidos pelas emissoras de TV servirão apenas para preparar o mundo para o "homem da iniqüidade".
A Influência do Cristianismo
Numa discussão realizada na internet depois de um programa de tom humanista e cético apresentado na TV, alguém perguntou: "Por que os rabinos e as autoridades romanas não mostraram o corpo de Jesus, se Ele continuava morto?" O apresentador respondeu: "Eu confesso que esse assunto é muito complicado de entender..." Mas esse é o cerne do cristianismo! Como um programa de TV poderia hipoteticamente falar sobre Jesus e minimizar a ressurreição? O apresentador enfatizou o impacto positivo que Jesus, Seus exemplos e ensinamentos tiveram sobre o mundo. Porém, se os primeiros seguidores de Jesus Cristo eram mentirosos e tentaram fazer com que um homem que estava morto parecesse estar vivo, que tipo de influência é essa? Ele tratou do assunto com evasivas, dizendo: "a questão da ressurreição talvez seja a mais delicada de todas elas".
O mesmo apresentador afirmou que quase todos os entrevistados em seu programa eram cristãos. O título de "cristão" foi usado apenas para designar os discípulos de Cristo (At 11.26). Para ser um cristão a pessoa precisa ser um discípulo/seguidor de Cristo, crer nEle e obedecer aos Seus ensinamentos. Os eruditos alegam que o Novo Testamento não é preciso, portanto, não podemos ter certeza de quem Jesus realmente era, o que Ele fez e o que ensinou. Se esse é o caso, usar o título de "cristão" é tanto falso quanto tolice. Como uma pessoa pode ser um seguidor de alguém sobre o qual não há um registro preciso de quem era, do que disse e o que fez?
O apresentador ainda afirmou que a "busca por Jesus" foi "uma das experiências mais enriquecedoras de minha vida como jornalista... quando tive a oportunidade de ir em busca daquilo que é possível saber sobre Jesus, o homem". Mesmo assim essa "busca" substituiu os registros de testemunhas oculares por meras especulações. Perguntado por que acreditava que os Evangelhos foram escritos numa data posterior, o jornalista respondeu: "Baseamo-nos nos historiadores e eruditos". Não, ele se baseou em alguns "especialistas" que não acreditam na veracidade da Bíblia, ignorando multidões de outros que são igualmente qualificados e poderiam provar que ela é verdadeira.
Abordagem Tendenciosa
Ele também foi questionado sobre o porquê de seu programa ter sido "tão tendencioso em favorecer aqueles que rejeitam a precisão histórica da narrativa nos Evangelhos" (até mesmo o padre católico presente era cético quanto a isso) e por que apresentou mais especulações do que fatos". Sua resposta foi: "para aqueles que interpretam os Evangelhos literalmente... o que existe de mais poderoso neles é precisamente o fato de que, por exemplo, a narrativa do nascimento de Jesus... comprova as profecias e mostra que ele era o Messias". Mas ele nunca explicou porque ignorou essa prova na TV.
Um dos especialistas convidados (John Dominic Crossan, "o mais famoso especialista em Jesus do mundo" e co-fundador do Jesus Seminar) foi perguntado porque o programa "não teve a presença de mais eruditos conservadores". Ele desculpou-se, dizendo que: "nós sempre damos ouvidos ao outro lado [o conservador]". Isso não é verdade, pois escutamos muito mais o lado dele, que afirma que os Evangelhos são "uma história cheia de metáforas e não um evento histórico" e que os primeiros cristãos "não permitiram que a morte [de Cristo] desse fim ao seu movimento... mas insistiram [falsamente] que Deus havia vindicado a Jesus ao ressuscitá-lo dos mortos".
Crossan foi perguntado porque não deu atenção ao encontro do Cristo ressurreto com Saulo de Tarso, que levou à conversão deste, fazendo com que deixasse de ser um perseguidor da Igreja e se tornasse seu principal apóstolo. Ele tentou responder essa pergunta evasivamente, admitindo que os eruditos do Jesus Seminar não têm uma opinião unânime e que suas conclusões foram decididas por votação. É isso que eles chamam de "erudição"?
O ceticismo é válido apenas para evitar que uma pessoa seja enganada por uma fraude. As seitas crescem apenas porque as multidões estão dispostas a seguir um líder religioso autoritário (apesar de seus ensinos e profecias falsos que contradizem diretamente o que a Bíblia ensina). Pessoas como Joseph Smith, Mary Baker Eddy, as Testemunhas de Jeová, o papa ou Maomé, e qualquer um que diga ser o único detentor da verdade, são exemplos disso. Contudo, qualquer pessoa racional deveria exigir evidências sólidas antes de confiar o seu destino eterno a uma crença religiosa.
A Supremacia da Bíblia
A Bíblia prova sua validade com fatos e eventos reais da história que foram profetizados milhares de anos antes de ocorrerem, um cumprimento que o mundo pôde testemunhar. O mesmo não pode ser dito do Corão, dos Vedas hindus, das palavras de Buda ou Confúcio, do Livro de Mórmon ou de qualquer outro escrito religioso. Irvin H. Linton expressou isso em seu livro A Lawyer Examines the Bible (Um Advogado Examina a Bíblia): "duvidar não é pecado, mas satisfazer-se em continuar tendo dúvidas enquanto Deus providenciou ‘tantas provas infalíveis’ para solucioná-las, é [pecado]..."
Esses eruditos dão a impressão de que nenhuma pessoa, com um mínimo de inteligência, pode crer na Bíblia. Pelo contrário, muitos dos maiores intelectuais da história (alguns dos quais fariam os "experts" de hoje parecerem tolos) afirmaram que a Bíblia oferece provas concretas de tudo aquilo que afirma. Foi o que testemunhou Daniel Webster, que certamente pode ser considerado uma das mentes mais brilhantes dos últimos séculos: ele cria no nascimento virginal de Jesus, em Sua divindade, em Seus milagres, na Sua morte vicária pelos nossos pecados e em Sua ressurreição.
Ninguém é mais capacitado a examinar as evidências do que aqueles que exercem profissões relacionadas com a lei e os aspectos legais – e a maioria dos mais famosos advogados, juízes e criminologistas humildemente reconheceu que a Palavra de Deus é verdadeira, dando testemunho de fé em Jesus Cristo, baseando-se nas evidências que eles próprios examinaram criticamente. Entre eles estava Sir Robert Anderson, chefe da Divisão de Investigações da Scotland Yard. É inegável que ele foi um dos maiores investigadores de todos os tempos. Os livros que escreveu tornaram-se clássicos, especialmente The Coming Prince (O Príncipe Vindouro). Essa obra prova que Cristo cumpriu a incrível profecia de Daniel 9, que descrevia o dia em que o Messias entraria em Jerusalém montado num jumentinho e seria exaltado, mas quatro dias depois seria crucificado. Seu outro livro, Daniel in the Critics’ Den (Daniel na Cova dos Críticos), confronta as tentativas dos críticos em desacreditar as profecias do livro de Daniel que validam a Bíblia.
Lord Caldecote, ministro da Justiça da Inglaterra, declarou: "...o Novo Testamento... daria um caso tremendo... se considerarmos apenas as evidências, pois os fatos nele contidos... [incluem] a ressurreição..." Lord Lyndhurst, um dos maiores conhecedores de legislação da Inglaterra, disse: "Eu sei muito bem o que é uma evidência e posso assegurar que as evidências da ressurreição permanecem inquestionáveis até hoje". O professor Thomas Arnold, um renomado historiador inglês, afirmou: "Não conheço outro fato na história da humanidade que possa ser comprovado com qualquer evidência maior e melhor... do que Cristo ter morrido e ressuscitado dentre os mortos".
Da mesma forma, Simon Greenleaf, co-fundador da Escola de Direito de Harvard (que foi "a maior autoridade nas cortes americanas", de acordo com Fuller, presidente da Suprema Corte de Justiça dos EUA), depois de examinar exaustivamente as evidências, aceitou Jesus como Salvador. Greenleaf escreveu Testimony of the Evangelists (Testemunho dos Evangelistas), no qual declara que a Bíblia pode ser submetida a qualquer teste de evidências que poderia ser exigido numa corte de justiça e desafia seus companheiros especialistas em Direito a examiná-la de maneira honesta.
Mártires da Verdade
Muitos religiosos zelosos morreram como mártires – mas o martírio dos apóstolos foi único. Eles não morreram apenas por seu amor e lealdade a Cristo, mas por testificar dos fatos que são a base do cristianismo: o nascimento virginal de Cristo, Sua divindade, Seus milagres, Sua vida sem pecado, Sua morte pelos nossos pecados e Sua ressurreição. Ninguém é tolo o bastante para morrer por aquilo que sabe ser uma mentira. Todos os apóstolos tiveram mortes horríveis, mas nenhum deles pediu para ser poupado da pena negando seu testemunho sobre Cristo.
Poderíamos citar ainda uma multidão dos mais eminentes eruditos, cientistas, historiadores e advogados que confirmaram as declarações citadas ao afirmar, baseados num exame minucioso, que cada uma das palavras da Bíblia é verdadeira. Por que os especiais de TV, filmes, conferências e simpósios que procuram "o Jesus histórico", não chamam essas testemunhas para mostrar as inegáveis evidências da veracidade da Bíblia? Será que eles realmente estão preocupados com a verdade?
A Importância da Ressurreição
Paulo argumentou corretamente que, se Cristo não ressuscitou dentre os mortos, ele e os outros apóstolos eram mentirosos. Esses supostos "eruditos" estão afirmando que os apóstolos eram mentirosos, mas que aquilo que ensinavam com sua mentira era tão bom que mudou o mundo para melhor. Isso não faz sentido. Como podem mentiras ser o fundamento para a maior influência positiva na história?
Sim, "a maior história de todo os tempos" é totalmente verdadeira. Devemos nos convencer disso não só emocionalmente, mas também baseados na sólida evidência que Deus graciosamente nos deu em Sua Palavra. Nós, como verdadeiros discípulos de Cristo, temos a obrigação de ensinar isso em nossas igrejas, escolas e lares. Precisamos também usar essas evidências em nossa proclamação do Evangelho, oferecendo àqueles que ganhamos para Cristo uma base sólida para a fé. É necessário que "examinemos as Escrituras" todos os dias, para crescermos em Sua graça, no amor e no conhecimento de Sua Palavra, comunicando, no poder do Espírito Santo, essa inegável verdade aos outros. (TBC 8/2000)(Dave Hunt - http://www.chamada.com.br/)Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, agosto de 2001.

Dave Hunt será um dos preletores do IX Congresso Internacional Sobre a Palavra Profética - Águas de Lindóia, 17 a 20/10/2007. Mais detalhes aqui »

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Questão religiosa causa a demissão de cem funcionários

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (*) - Um impasse entre o grupo brasileiro JBS e cem trabalhadores muçulmanos em Greeley, Colorado, exemplifica a crescente impopularidade das religiões no Ocidente. Nas sociedades ocidentais seculares, é predominante a idéia de que a religião não deva ocupar algum papel no cenário público, na política do governo ou de grupos privados. Esse pensamento acaba levando à opressão de grupos que questionam novos costumes e obrigações com base em seus fundamentos religiosos. A JBS – o maior processador de carne bovina na América do Sul – demitiu nesta semana cem trabalhadores muçulmanos que reivindicaram uma jornada de trabalho mais flexível para conciliar suas obrigações religiosas com o serviço. Durante o ramadã, os muçulmanos ficam em jejum do nascer ao pôr-do-sol, e só podem comer depois que uma oração é feita, no momento do crepúsculo. No entanto, os horários de trabalho da JBS em Greeley não permitem que essa oração seja feita. O grupo do segundo turno entra na fábrica à tarde e só volta para casa à noite. São realizadas três pausas para descanso durante a jornada. Após reuniões com o sindicato e com representantes dos trabalhadores muçulmanos, a direção da fábrica decidiu anteceder a pausa das 21h15 para as 20 horas. No entanto, nesta época do ano, o sol se põe por volta das 19h30 em Greeley, e os muçulmanos teriam de fazer suas orações antes desse período, se quiserem cumprir os rituais do ramadã. Na sexta-feira passada, dia 5 de setembro, 220 funcionários abandonaram a linha de produção e saíram da fábrica em protesto. Cerca de 120 voltaram ao trabalho na terça-feira. Os demais foram demitidos. Em um comunicado distribuído na quarta-feira, a empresa disse que “trabalha junto com todos os empregados e seus representantes judiciais para acomodar praticas religiosas de forma razoável, segura e justa para todos os envolvidos”. Com informações do Jornal Valor * Este país não se enquadra entre os 50 mais intolerantes ao cristianismo.
Missão Portas Abertas

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cerimônias lembram 7anos do atentado de 11 de setembro

A cidade de Nova York fez um minuto de silêncio nesta quinta-feira (11) para lembrar os sete anos dos atentados terroristas do 11 de Setembro, que provocaram quase 3.000 mortes."Num dia como hoje, há sete anos, nosso mundo foi atingido por uma tragédia que nos uniu para sempre, em uma memória comum e uma história comum", disse o prefeito da cidade, Michael Bloomberg.A celebração ocorreu nas proximidades da "zona zero", onde ficava o World Trade Center, destruído pelos ataques. O minuto de silêncio ocorreu às 8h46 locais, 9h46 de Brasília, horário exato em que começaram os ataques.O presidente George W. Bush participou da celebração na Casa Branca, em um momento de fim de mandato em que pouco reduziu a presença militar no Iraque e está tendo que levar mais tropas para lutar no Afeganistão.
Fonte: G1

Oração por muçulmanos durante o ramadã gera mal-estar entre comunidades religiosas

INGLATERRA (*) - Uma pregação durante um evento intitulado “Um chamado para orar”, organizado pela Igreja St. Aldates, em Oxford, gerou um clima de descontentamento entre as comunidades cristã e muçulmana da região. No dia 31 de agosto último, Eddie Lyle, diretor da Portas Abertas no Reino Unido, convidou os cristãos da região a orarem pelos muçulmanos durante o mês do Ramadã, que começaria no dia seguinte. Centenas de pessoas ficaram tocadas com a mensagem e, no fim do culto, foram à frente, renunciando aos seus temores e pedindo a Deus que lhes desse mais amor e compaixão para alcançar seus vizinhos e colegas de trabalho muçulmanos. Muitos ficaram na igreja até a meia-noite em uma vigília de oração pelos muçulmanos do país e de todas as partes do mundo. Na manhã daquele mesmo dia, Eddie havia sido entrevistado pela rádio BBC, e mencionado a reunião da noite. O que ele não sabia é que pouco antes da sua entrevista ir ao ar, a emissora havia entrevistado o diretor do Conselho de Educação Muçulmana de Oxford, que acabou ficando no estúdio e ouvindo a entrevista de Eddie. No dia seguinte, Eddie recebeu um telefonema do jornal Oxford Mail, que publicou uma matéria de página inteira informando que o chamado para que os cristãos orassem pelos muçulmanos durante o ramadã havia provocado uma disputa religiosa. O Conselho de Educação Muçulmana havia denunciado o evento como sendo um proselitismo disfarçado e uma ofensa contra sua fé. Um seguidor de Jesus Eddie Lyle afirma que em momento algum houve mensagens desrespeitosas sobre os muçulmanos ou o islã em geral. No entanto, ele acredita que a igreja não pode ser impedida de orar pelo que acredita e que deve fazê-lo sem medo. Eddie afirmou: “Se os muçulmanos se converterem durante o ramadã, que Deus seja louvado! Mas nosso objetivo principal foi reduzir o medo com relação aos muçulmanos e aumentar o amor por eles nas nossas comunidades, exortando os cristãos a serem bons vizinhos. Acredito que, como cristãos, um dos mais eloqüentes atos de amor é orar por aqueles a quem amamos e por quem temos compaixão.” Como conseqüência da polêmica, Eddie foi convidado pelos líderes do Conselho para participar da quebra do jejum junto com os líderes muçulmanos no dia 13 de setembro, em Oxford. Ele pede que os cristãos orem por esse encontro, já que ele não é um especialista em religiões nem em islamismo, mas deseja se apresentar como um seguidor de Jesus Cristo. Pedidos de oração: • Peça a Deus que dê sabedoria a Eddie, para que ele se posicione com humildade e ao mesmo tempo firmeza.• Ore para que suas palavras não sejam distorcidas e que essa oportunidade signifique o início de um mover espiritual na comunidade de Oxford e em toda a nação.
Tradução: Cristina Ignacio
Fonte: Open Doors UK

Veredicto de infidelidade contra dois cristãos no tribunal de Shiraz


IRÃ (3º) - Após três meses detidos por agentes de segurança, dois novos convertidos foram acusados formalmente de infidelidade pelo tribunal de justiça da província de Fars, no Irã. Esse incidente faz parte da recente onda de prisões e detenções de cristãos iranianos que, desde o mês de maio, vêm sendo arrebanhados por forças de segurança do governo no Irã. De acordo com os relatórios que a agência de notícias FCNN recebeu, dois iranianos cristãos – Mahomud Matin Azad de 53 anos e Arash Basirat de 40 –, foram presos em 15 de maio de 2008 por oficiais de segurança do Ministério da Informação. Eles estavam em um parque. Mahomud e Arash foram levados para um centro de detenção bem popular, conhecido como Bloco 100, localizado na rua Sepah – a praça militar no centro de Shiraz. Eles foram colocados em solitárias por um longo período e sujeitados a interrogatórios desumanos e extremamente longos durante esse tempo. Em 15 de julho de 2008, os dois foram transferidos para a prisão onde fica a população carcerária em geral. Durante dois meses de solitária e de extremas pressões físicas e psicológicas feitas pelos oficiais da prisão, a condição desses irmãos continua a se deteriorar, apesar do fato de os interrogatórios e as outras formas de tortura terem diminuído aos poucos. A situação foi ainda pior para Arash, que sofre de diabetes. Apesar de as famílias desses dois homens terem tentado pagar fiança para libertá-los e buscar ajuda médica para eles em várias ocasiões, o governo recusou suas solicitações com base na justificativa de que se tratava de casos especiais. De acordo com os documentos que a FCNN recebeu, o júri popular e o tribunal revolucionário da cidade de Shiraz junto com o Ministério da Informação da província de Fars acusaram formalmente Mahomud e Arash de traidores religiosos e os condenaram por infidelidade. A condenação foi feita com base na seção 214 do código penal e nas seções 1 e 9 do livro de Imã Khomeini, chamado de Tahrir al Vasileh – subseção que trata da infidelidade e do ato de se desviar do Islã para outra fé. Outras acusações, como a de fazer atividades anti-revolucionárias, criar confusão pública, publicar infidelidades e insultar o fundador da revolução iraniana e o atual líder supremo da República Islâmica do Irã, foram acrescentadas às primeiras acusações criminais. Vale ressaltar que, de acordo com cânones da crença islâmica, o ato de abandonar a fé mulçumana é estritamente proibido, e a pessoa que o pratica é declarada infiel. Portanto, é lícito derramar o sangue de tal pessoa. De acordo com o código 167 da constituição da República Islâmica do Irã, um juiz deve dar a sentença com base nas leis e nos códigos penais existentes. No caso de tais leis e códigos não estarem disponíveis, o juiz deve basear seu julgamento em leis islâmicas disponíveis e nas fatwas (veredictos emitidos pelos clérigos religiosos). Portanto, os tribunais de Shiraz se apoiaram nos escritos de Khomoemi para declarar infiéis estes dois cristãos iranianos. Até o momento, vários casos semelhantes de pessoas infiéis (cuja punição é a execução por enforcamento) têm se tornado públicos. Muitos grupos internacionais de diretos humanos têm dado voz às suas inquietudes e protestos contra o governo do Irã.
Tradução: Helena Maria Silva
Fonte: FNCC

Extremistas agridem freiras e seqüestram órfãos


ÍNDIA (30º) - No Estado de Chhattisgarh, cerca de 20 extremistas da organização Bajrang Dal embarcaram em um trem na estação de Durgh, e tomaram dois bebês, de duas freiras da ordem Missionárias da Caridade na sexta-feira (5 de setembro). As crianças não tinham mais que 2 anos de idade. Os extremistas hindus também agrediram uma freira e um motorista, que haviam sido mandados para ajudar. As freiras e duas auxiliares iam levar os bebês de Raipur ao centro de caridade Shishu Bhava, em Bhopal. Os extremistas hindus entraram à força, gritando frases anticristãs. Fontes cristãs disseram que os extremistas seqüestraram os bebês e deixaram o trem, enquanto as freiras corriam atrás deles. Acusando as freiras de conversão forçada, os extremistas levaram-nas à polícia ferroviária. Quando uma das duas irmãs, identificada como Irmã Mamta, solicitou permissão para telefonar para um advogado, a polícia recusou. Depois de muito pedir, foi-lhe permitido ligar ao arcebispo. O arcebispo mandou prontamente duas freiras em uma ambulância, com um motorista, à estação de Durgh para assistir às freiras detidas. Mas antes que pudessem chegar à estação, foram vistos e cercados pelos membros do Bajrang Dal, fora da estação de trem. Uma das freiras, identificada como Irmã Laboure, e o motorista da ambulância, foram impiedosamente espancados pela multidão. Os extremistas continuaram a gritar frases anticristãs, enquanto agrediam e ameaçavam matar a freira e o motorista. Imediatamente a polícia ferroviária levou as duas freiras que haviam chegado, e o motorista, sob custódia, e eles foram mantidos na estação policial por cinco horas. A Irmã Laboure e o motorista não receberam os primeiros-socorros necessários. Na manhã seguinte, a polícia escoltou as freiras aos seus respectivos conventos. Segundo notícias, a Irmã Laboure foi posteriormente atendida em um hospital, para tratar de seus ferimentos. As freiras não receberam os bebês de volta. Eles foram levados a um hospital do governo, onde permanecem até o presente momento.
Tradução: Luis Felipe Carrijo Silva
Fonte: Compass Direct

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Menina raptada é devolvida à família; irmã permanece com seqüestradores


PAQUISTÃO (15º) - A tribuna da cidade de Multan decidiu ontem que Aneela Younas – seqüestrada em 26 de junho por muçulmanos – fosse devolvida à família Sua irmã Saba, no entanto, não teve o mesmo destino. O tribunal aceitou a alegação de que Saba teria mais de 16 anos, o que a torna maior de idade. Sendo assim, entende-se que a conversão dela ao islamismo e seu casamento com um dos seqüestradores foram voluntários. Tendo mais de 16 anos, Saba poderia casar sem a permissão dos pais. Mas eles afirmam que ela tem apenas 13 anos, como foi comprovado pelos documentos apresentados. Leia o caso completo aqui. Aneela foi levada a um esconderijo, pois os muçulmanos que a seqüestraram insistem em que ela se converteu “espontaneamente”. Seria arriscado se sua família ficasse com ela. “Pelo menos ficamos felizes por Aneela” – disse Khalid Raheel, tio da garota. Ele diz que a família apelará à Suprema Corte quanto ao caso de Saba. “A garota me contou que os muçulmanos a ameaçaram de morte, e também prometeram presentes caros, tudo para convencê-la a se converter” – acrescentou o tio.
Tradução: Daila Fanny
Fonte: AsiaNews

Kim Jong-il pode ter sofrido infarto, dizem serviços secretos dos EUA

Saiba mais sobre a Igreja Perseguida na Coréia do Norte
CORÉIA DO NORTE (1º) - O presidente da Coréia do Norte, Kim Jong-il, pode ter sofrido um infarto cerebral nas últimas duas semanas, revelaram fontes dos serviços secretos dos Estados Unidos sob condição de anonimato. Isto explicaria a ausência do líder norte-coreano no desfile militar realizado hoje em comemoração ao 60º aniversário de fundação do país asiático.
"Parece que Kim Jong-il pode ter sofrido um infarto cerebral", disse a fonte. Kim Jong-il não é visto em público desde 14 de agosto, e os serviços secretos americanos esperavam sua aparição na terça-feira passada. Segundo esta fonte, não houve sinais de mudança no Governo norte-coreano, e o Executivo avalia se Kim tem condições de estar à frente do país, o que gerou muita especulação. Observadores políticos e agências de espionagem de Coréia do Sul, Estados Unidos e dos demais países envolvidos no diálogo nuclear com a Coréia do Norte esperavam comprovar hoje se Kim assistiria ao desfile em Pyon.
Fonte:
UOL



terça-feira, 9 de setembro de 2008

O "fim" do jornalismo impresso

Por Vilson Antonio Romero em 9/9/2008

Os arautos do apocalipse vaticinam que os jornais desaparecerão em menos de duas décadas. Este tradicional meio de comunicação, com mais de dois séculos de história, enfrenta a sua "travessia do Rubicão". Tem de se renovar celeremente, mudando o foco para superar os obstáculos e até a incapacidade inequívoca de competir em velocidade, agilidade e instantaneidade com o rádio, a TV e as mídias eletrônicas surgidas com a explosão da world wide web, a famigerada e onipresente internet.
Os jovens, por mais cativados que sejam pelos veículos impressos, lhes voltam as costas, em sua maioria, com os olhos fixos nas telas dos desktops, notebooks e palmtops espalhados a mancheias pelo planeta.
As novas tecnologias que permitem ler, folhar, copiar e imprimir os jornais a partir das telas do computador são atrativos do contato direto ao mesmo tempo em que, paradoxalmente, afastam os leitores das bancas na aquisição do mix de papel, tinta e cores.
Mas por enquanto, cá neste país tropical, a profecia não se concretizou: os levantamentos de circulação e publicidade mostram um processo, inclusive, de recuperação dos jornais. O Instituto de Verificador de Circulação (IVC) tem bons números: a média diária dos 103 jornais filiados ao IVC cresceu 8,1%, comparados à média do primeiro semestre de 2007. Os jornais passaram a vender 4,39 milhões de exemplares por dia, quando um ano atrás vendiam 4,06 milhões de unidades diárias.
Mudanças radicais e transformadoras
No que tange ao faturamento, a participação dos jornais no bolo publicitário no primeiro semestre deste ano chegou a 17,2%, representando incremento de 19,8% na receita, em comparação ao mesmo período do ano passado. Os jornais do país faturaram R$ 1,65 bilhão com publicidade, segundo o grupo Meio & Mensagem.
Inúmeras estratégias têm sido elencadas como alternativas ao avanço vertiginoso da mídia eletrônica para manter viva e presente a atratividade do meio impresso de notícias: a cativação infantil, o foco na comunidade, a modernização da linguagem e a disponibilidade de canais eletrônicos que valorizem a marca e a instituição.
Mas, apesar de tudo, se constata que, inexoravelmente, os jornais devem se adequar à era digital. De novo, os oráculos: "em 2015, boa parte dos jornais já terá migrado para a internet". E, em três décadas, apesar de não sumir, "somente serão consumidos e manuseados por saudosistas segmentos especializados, deixando de ser um meio de comunicação social de massa".
Como avaliou Rosental Alves, diretor do Knight Center for Journalism in the Americas, da Universidade do Texas, no recente Congresso Nacional de Jornais: "Não são tempos de simples evolução tecnológica, mas de mudanças radicais e transformadoras, comparáveis à invenção da imprensa e da revolução industrial." Segundo ele, a sociedade industrializada está sendo substituída pela sociedade da informação, na qual a internet é apenas a ponta de um enorme iceberg, o primeiro indício de uma grande revolução digital. Neste novo cenário "é preciso reconstruir o jornal para a era digital, pois os modelos de negócios atuais já estão obsoletos". Quem viver, verá.

Culto em igreja é interrompido e pastor é interrogado


VIETNÃ (17º) - Em 31 de agosto, dez policiais invadiram a igreja doméstica ‘Igreja Com Uma Missão’, do distrito de Hoc Mon, interrompendo o culto e causando alvoroço entre os novos convertidos. O incidente afetou o pastor Chinh Van Nguyen, que está doente desde então. Pastor Chinh disse que as autoridades pioraram a situação ao interrogarem a congregação sobre quem era o líder dela, e dizendo “Por que vocês estão fazendo esse tipo de coisa boba?”. A essa pergunta, a congregação respondeu em conjunto: “Estamos aqui apenas para cultuar e louvar Jesus Cristo, como cristãos, baseados nos ensinamentos de Jesus”. Sem crer na resposta da congregação, a polícia mandou que o pastor Chinh fosse à delegacia para ser investigado e interrogado. O pastor se recusou, uma vez que era domingo e que a polícia não fizera nenhuma intimação oficial. Proibidos de se reunir em casa Ao ver que não era fácil lidar com os cristãos, os policiais saíram furiosos, gritando ameaças. Quinze minutos depois, dois deles voltaram e intimidaram o pastor, obrigando-o a ir à delegacia. “Não tive escolha”, disse o pastor. Ao chegar lá, ele encontrou cinco policiais prontos para interrogá-lo. Dois deles eram do Departamento de Segurança do distrito. Eles se revezaram no questionamento, enquanto um deles fazia a minuta da reunião. “Disseram-me que nossa igreja havia quebrado a lei de Segurança e Ordem Social, pois diziam que não tínhamos permissão para congregar as pessoas, praticar atividades religiosas e pregar a religião das boas-novas”, contou o pastor. Segundo ele, a minuta proibia a igreja de se reunir ilegalmente em uma casa. Se forem descobertos pela polícia mais uma vez, as conseqüências serão piores. "Fui liberado assim que assinei a minuta. Havia passado cinco horas na delegacia, ouvindo avisos e ameaças.” Registro negado O pastor conta que, no dia seguinte (1º de setembro), ele foi chamado de volta à delegacia. O delegado reiterou os “atos errados” do pastor de reunir pessoas ilegalmente e de pregar o evangelho sem permissão. A reposta de Chinh foi: “Não fiz nada além de um culto”. Não sendo registrado, o pastor levara à delegacia um pedido de permissão para legalizar sua igreja. O delegado ignorou-o, dizendo: “não nos importamos com isso”. O pastor também foi alertado a não “converter” pessoas, pois seria processado se o fizesse. Em seu e-mail à agência ANS, Chinh escreveu: “Gostaríamos de lhes pedir que considerassem esse evento e fizessem o que estiver ao seu alcance para pressionar o governo do Vietnã, a fim de abrandarem as leis de liberdade religiosa e de expressão”. Segundo o pastor, esse evento é apenas uma das centenas de histórias não contadas da Igreja vietnamita, em especial, entre as minorias étnicas.
Tradução: Daila Fanny
Fonte: ANS

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Como são os jovens evangélicos no Brasil

Os jovens evangélicos não bebem, não fumam, não têm sexo fora do casamento. Mas a rigidez diminuiu, eles se sentem melhores que os outros e acreditam num futuro de prosperidade. 17% dos jovens entre 15 e 29 anos se identificam como seguidores de alguma das confissões evangélicas.Eles vão a baladas, namoram, surfam e usam roupas da moda. A diferença entre os evangélicos e a maioria dos outros jovens é que suas festas são sem álcool, o namoro é sem sexo e as roupas, sem exageros – nada de saias pelos pés e cabelos pela cintura, mas decotes e comprimentos moderados. A maneira brasileira de ser evangélico ajuda a explicar os números impressionantes: 17% dos jovens entre 15 e 29 anos se identificam como seguidores de alguma das confissões evangélicas. Basta entrar em qualquer culto pentecostal para constatar a vitalidade de sua presença: praticamente a metade da igreja é sempre composta de jovens. Orgulhosos de seguir uma doutrina aparentemente tão contrária a tudo o que a juventude aprecia em nome de valores espirituais, também assumem a busca da realização material ("Nós merecemos o melhor" é uma declaração constante). Em algumas igrejas específicas, a promessa de redenção é um atrativo poderoso. "A maioria vem aqui porque tem angústias de várias naturezas, entre elas o vício em drogas. Mas uma vida desregrada e um certo desconforto com o mundo, que muitas vezes nem eles mesmos sabem explicar, também trazem muitos jovens para a igreja", enumera Rodrigo Ribeiro Rodrigues, membro há três anos e meio da Bola de Neve Church, igreja conhecida em São Paulo pela presença absoluta de jovens. Rodrigo trabalha como assessor de imprensa da Bola de Neve – sim, a igreja tem assessor. Além dos cultos, ele freqüenta o inusitado pub gospel Brother Simion, ponto de encontro de jovens crentes em São Paulo. O Brother Simion é isso mesmo: pub, ou seja, lugar meio escurinho onde jovens se encontram, e gospel, o que quer dizer que lá não se pode fumar nem beber. "O que mais sai aqui é açaí", diz o Brother Simion em pessoa, o dono do estabelecimento. E que fique claro aos casais: beijar, pode; avançar o sinal, não.Com o público jovem como alvo específico, as igrejas evangélicas organizam cultos e reuniões freqüentes, estimulam a integração, oferecem emprego e atividades esportivas, em ambiente de violência zero – um diferencial tremendo em locais atormentados por altíssimos índices de criminalidade. Praticamente garantem um futuro de prosperidade e um casamento estável. A quem já escorregou, asseguram a oportunidade de passar uma borracha no passado e ser acolhido como uma nova pessoa, querida pela comunidade. A maioria das religiões parte dos mesmíssimos princípios, mas as igrejas evangélicas aperfeiçoaram uma forma simples e envolvente de apregoar suas vantagens. O jovem vai, empolga-se e julga que não beber e não transar fora do casamento são requisitos razoáveis para um futuro tão promissor. "As pessoas criam esse estereótipo de que ser cristão é ser chato. Não é isso. A gente pode tudo, tem a mesma liberdade que qualquer um. Só que fazemos escolhas. E, na minha opinião, fazemos as melhores", diz Rafael David, 21 anos, da mesma Bola de Neve. A igreja foi fundada em 2000 pelo surfista Rinaldo de Seixas Pereira, o pastor Rina, de 36 anos. Uma vez por ano, dezenas de ônibus de seguidores da Bola de Neve rumam para Florianópolis para participar de torneios de surfe e skate. Na praia, os meninos ouvem reggae com letra religiosa e as meninas usam biquínis comportados. Os padrões da Bola de Neve são mais liberais, mas o excesso de modéstia constitui hoje exceção. "Antes éramos conhecidas como jovens velhas, por causa da saia e do cabelão comprido. Mas eu me visto como qualquer outra menina. Claro que não uso decote nem minissaia, mas adoro jeans e blusinhas de alça. O importante é estar vestida com decência. Somos reconhecidas por nossa sobriedade", diz Janara Alves, advogada de 26 anos que freqüenta a Assembléia de Deus. Não fazer sexo com a namorada é difícil? "Ficar sem sexo dói, é um sacrifício, mas no final da minha busca eu vou ter um prêmio. O ápice da minha procura vai ser com uma pessoa que eu conheço e com quem tenho uma aliança verdadeira. Estou me guardando para o melhor", acredita Jeferson Ricardo Silva, de 19 anos, estudante de moda e membro da igreja Sara Nossa Terra há um ano. Nessa antecipação de dias melhores, poucas coisas fazem tanto sentido quanto a valorização do progresso material. "Todas as segundas-feiras temos uma palestra na igreja chamada Congresso Empresarial. Nela aprendemos que prosperar financeiramente não é sujo. Se o casal não tem dinheiro, ele vai brigar por causa disso. O mesmo acontece na vida como um todo. Deus nos ensina a ter o melhor, a lutar para melhorar de vida", empolga-se Nathalia Gomes, 20 anos, fiel há seis anos da Igreja Universal do Reino de Deus, que usa cabelo ruivo espetado, veste camiseta com ombro de fora e não dispensa seu par de coturnos.A maior igreja pentecostal, o nome religiosamente correto dessa vertente do protestantismo, do Brasil é a Assembléia de Deus, com cerca de 100 000 templos e 15 milhões de fiéis. Em segundo lugar vem a discreta Congregação Cristã no Brasil, que não pede dízimo, proíbe participação em instituições políticas e veta a divulgação por meios de comunicação de massa. Entre as neopentecostais, o pódio é ocupado pela conhecida Universal do Reino de Deus, com 5.146 templos e 8 milhões de membros. De igrejas como a Universal partiu a bem-sucedida flexibilização de regras; as tradicionais, meio a contragosto, aderiram. "De um lado, as igrejas mais tradicionais deixaram de reprimir o ato de ver TV, de ir à praia, de usar maquiagem, cabelo curto e roupas da moda. De outro, as pentecostais passaram a fazer de seus cultos verdadeiros shows de música e dança, proporcionando-lhes um caráter de entretenimento. Isso atraiu muitos jovens", explica Nicanor Lopes, professor de teologia da Universidade Metodista de São Paulo. Segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas, cerca de 30% dos fiéis das igrejas evangélicas estão nas classes C e D, em que a teologia da ascensão material encontra terreno propício. "A igreja nos ensina a ter o melhor. Aqui a gente aprende que ter prosperidade é dom de Deus. Se somos pessoas boas, nossa fé vai nos dar condições de, por exemplo, viajar, fazer cruzeiros e ficar em hotéis cinco-estrelas", diz Daniela Soares, 32 anos, fiel da Universal há dezoito. Empresária adepta do terninho, salto alto e maquiagem, ela coordena um grupo de jovens em atividades como um desfile de vestidos de noiva em que, microfone em punho, grita: "Quem quer se casar neste ano?". Diante do mar de mãos erguidas, arremata: "Então, vai escolhendo o vestido, que ele pode ser seu". Segundo levantamento feito pelo Instituto de Estudos da Religião (Iser) com 800 cariocas entre 15 e 24 anos, os evangélicos são os que mais se reúnem, seja em cultos, seja em outras atividades. Mais de 52% deles disseram ir duas vezes ou mais por semana à igreja. "Aqui, eu me sinto em casa. Posso ser eu mesmo. No primeiro dia em que vim à igreja, o pastor me chamou no altar, me elogiou muito e, apontando para a multidão lá embaixo, me disse: ‘Veja a nova família que você acaba de ganhar’. Eu me senti muito acolhido", recorda Jeferson, o estudante de moda. A política de acolhimento tem resultados evidentes. "Procurei uma igreja católica, mas não achei nenhuma aberta. A primeira que apareceu foi uma Renascer", recorda Carolina Chiarlitti Bassi, 25 anos, estudante de administração e ex-dançarina de axé – "tempo de top e shortinho, drogas, noitadas". Hoje ela dá aulas de dança na própria igreja e tem um olhar crítico em relação ao passado: "Sexo, cerveja, cigarro, a gente sabe que tudo isso é passageiro, sem compromisso, e que não vai levar a futuro algum. Fumar e beber pode causar dependência. Transando com vários não vou fazer uma família". O fervor dos jovens convertidos pode incomodar e causar desconforto. "Sofremos preconceito o tempo inteiro. Meus próprios amigos criticam: ‘Vai lá na igreja dar dinheiro ao pastor’", afirma Thiago Vignoli, 24 anos, estudante de administração e fiel da Sara Nossa Terra. Como é comum em grupos de alto teor de crença religiosa, a eventual discriminação vira motivo de orgulho. "Quando você começa a ter um pouco mais de convicção naquilo que segue, ser discriminado é tudo o que você quer. Eu sempre quero ser discriminado, para ter a oportunidade de contar meu testemunho", diz Phillip Silva Guimarães, 23 anos, gerente de contas em um banco e membro da Renascer. As igrejas também propiciam métodos para enfrentar constrangimentos. Vanessa de Almeida, 26 anos, fiel da Sara Nossa Terra, aos domingos costuma ir com amigos fazer preces em voz alta em plena Avenida Paulista. "As pessoas passam, nos vêem orando e se emocionam. É um trabalho maravilhoso. Eu e meus colegas fizemos a Escola de Vencedores, da igreja, para aprender a falar em público e agir em situações como essas." É difícil imaginar prova maior de fé do que esse mico total, como diriam jovens menos convictos.
Fonte: Revista Veja

Polícia faz pouco para proteger cristãos em Orissa, Índia


ÍNDIA (30º) - Vítimas da violência de extremistas hindus, cristãos que fugiram para a capital do Estado de Orissa disseram que a polícia estadual tem sido mera espectadora do caos que continua há quase duas semanas. O ataque aos cristãos e às suas propriedades e instituições começaram no distrito de Kandhamal, Orissa, após o assassinato do líder do Vishwa Hindu Parishad (Conselho Hindu Mundial ou VHP), Laxmanananda Saraswati, e quatro de seus discípulos em 23 de agosto. Os maoístas se responsabilizaram pelos assassinatos no dia 1º de setembro, mas apesar da declaração, a violência não diminuiu, já que os líderes cristãos dizem que mais de cem pessoas morreram. Entre os que fugiram para a capital Bhubaneswar estava o padre católico Pradodha Kumar, que chegou à Casa do Arcebispo, na capital, após uma viagem de sete dias, do vilarejo Onjamundi em Kandhamal. Ele estava com outras pessoas amedrontadas. Seus celulares recebiam notícias constantes de mais ataques a seus parentes, amigos e membros de igrejas nos vilarejos de Kandhamal. O padre Kumar parecia muito preocupado com uma ligação específica: “Meu irmão foi forçado a se ´reconverter´ ao hinduísmo, pois se não o fizesse, sua casa seria destruída”, ele disse. Questionado pelo motivo de não ter relatado o abuso à polícia, o padre disse à agência de notícia Compass que, se os policiais “testemunhavam cristãos sendo brutalmente atacados´, porque eles se incomodariam em proteger seu irmão? Alguns minutos depois, o celular do padre Kumar tocou novamente. Dessa vez era sobre os cristãos no vilarejo de Kanpada, no distrito de Kandhamal, forçados a se reconverter se não quisessem suas casas queimadas. Logo em seguida, outra vítima na casa recebeu uma ligação, informando que 19 casas e igrejas haviam sido queimadas naquela manhã no vilarejo de Lujurmunda, na jurisdição policial de Tikabali, em Kandhamal. A inércia do Estado A declaração da maioria das vítimas da violência de Orissa é a de que a polícia não faz nada para proteger os cristãos. Ravindranath Pradhan, um ex-soldado de 45 anos do Exército indiano, disse ao Compass que dois policias vieram até ele em seu vilarejo, Gadragaon, em Kandhamal, em 24 de agosto e perguntarem se ele ouvira as notícias sobre a morte de Saraswati. Os policias lhe disseram para ser cauteloso, mas quando Ravindranath disse que a polícia deveria proteger ele e sua família, eles disseram que não tinham poder suficiente para isso e saíram do vilarejo. Pouco depois, Ravindranath disse, um grupo de 50 extremistas hindus atacou o vilarejo e queimou 31 casas que pertenciam aos cristãos. A multidão ateou fogo e matou seu irmão, Rasanand Pradhan, que sofria de paralisia, enquanto estava deitado no quarto que pegou fogo. “Há um posto policial no vilarejo de Pasora, a cerca de 5 quilômetros de Gadragaon, mas não havia nenhum policial na hora do ataque”, disse o ex-soldado ao Compass. Uma viagem difícil Ravindranath Pradhan, junto com mais de cem cristãos, incluindo mulheres, crianças e bebês desse vilarejo, caminharam até Bhubaneswar, mais de 300 quilômetros. Ele viajou à pé e usou vários meios de transporte, parando em inúmeras florestas, antes de conseguir chegar à capital do Estado na terça, dia 2 de setembro. “Levamos quatro longos dias para chegar em Bhubaneswar”, disse Ravindranath. “Não comemos nada. Sobrevivemos bebendo água dos rios ao longo do caminho. Também encontramos animais ferozes em algumas florestas”.
Tradução: Daila Fanny
Fonte: Compass Direct

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Ano da Bíblia no país da Bíblia

Comemoração dos 60 anos da SBB impulsiona a leitura da Bíblia no Brasil.

Vai começar o ano da Bíblia no país da Bíblia. Citando o bordão preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode-se dizer que, em 2008, a leitura e a divulgação da Palavra de Deus serão impulsionadas como nunca antes na história deste país. Lançada pela Sociedade Bíblica do Brasil agora em dezembro, a promoção Ano da Bíblia celebra uma série de acontecimentos festivos, como o 60º aniversário da SBB e o bicentenário da impressão e distribuição, no Brasil, dos primeiros novos testamentos em português. Além disso, o evento chega em momento especial para a Sociedade Bíblica do Brasil – ano passado, a instituição ficou em primeiro lugar mundial no santo negócio da produção da Bíblia Sagrada, com 5,6 milhões de exemplares completos impressos e distribuídos. É o melhor resultado entre as Sociedades Bíblicas Unidas, confraria internacional de publicadoras que envolve 145 entidades do gênero, com atuação em cerca de 200 nações e territórios. Será um ano inteiro de atividades, eventos e programações visando a popularizar a leitura bíblica. Para tanto, foi criado o Comitê Nacional de Apoio e Referência ao Ano da Bíblia, formado por pastores, empresários, personalidades, parlamentares e dirigentes de seminários e instituições evangélicas, com a participação de diretores e conselheiros da própria SBB. Comitês estaduais também foram implantados, reunindo lideranças locais e secretários regionais da Sociedade Bíblica. De norte a sul do país, diversas iniciativas vão se somar às que já são realizadas há anos pela entidade, como distribuição de bíblias e literatura cristã e programas sociais que atenderam, ano passado, cerca de 50 milhões de pessoas – inclusive, através de barcos-hospital que percorrem a Amazônia e beneficiam as comunidades ribeirinhas isoladas. Há ainda projetos de inclusão de deficientes físicos e apoio a presidiários, entre muitas outras iniciativas. “Esperamos que todos estejam unidos nesta campanha que vai impactar a sociedade brasileira”, discursou o presidente da SBB, o veterano pastor Enéas Tognini, no evento de lançamento do Ano da Bíblia, realizado em São Paulo, em setembro. Há bons motivos para acreditar nisso. Segundo país em números relativos de evangélicos (eles já seriam 22% da população nacional), o Brasil tem consumido cada vez mais bíblias. A evolução está nos números: em 2004, esse mercado faturou cerca de R$ 110 milhões; no ano seguinte, foram R$ 133 milhões, e em 2006, cujas cifras ainda estão sendo fechadas, teriam sido 160 milhões de reais, com uma distribuição de mais de 8 milhões de exemplares. A estatística inclui a produção de todas as editoras que distribuem bíblias no Brasil. “O grande objetivo do Ano da Bíblia é estimular as pessoas a lerem a Palavra de Deus”, resume o diretor executivo da SBB, o pastor Rudi Zimmer – ele próprio um erudito nas Escrituras, com doutorado em teologia e línguas bíblicas. “Se a leitura da Bíblia realmente crescer entre o povo brasileiro, certamente teremos pessoas melhores, famílias fortalecidas, igrejas mais consagradas e um país melhor”, entusiasma-se Zimmer. “A programação preparada visa exatamente isso: envolver as pessoas na leitura bíblica e, conseqüentemente, ter uma vida mais dedicada ao estudo das Escrituras.” Gigantismo – É impossível falar da SBB sem reconhecer seu gigantismo. Fundada em 1948, no Rio de Janeiro, com objetivo de difundir a Bíblia e sua mensagem, ela é uma entidade sem fins lucrativos tornou-se referência mundial em seu ramo de atividades. Pesou para isso, sem dúvida, a inauguração, em 1995, da Gráfica da Bíblia, grandioso empreendimento sediado em Barueri, na Grande São Paulo. Maior do gênero na América Latina, a Gráfica da Bíblia ocupa uma área de mais de 6 mil metros quadrados e tem capacidade de produzir, mensalmente, 1,2 milhão de bíblias completas e novos testamentos. Altamente especializada, a SBB imprime exemplares das Escrituras nas mais diversas apresentações, desde volumes de luxo até bíblias populares, cujo preço ao consumidor não ultrapassa os R$ 5 – mais barato que um lanche. De suas rotativas saem bíblias em 17 idiomas, incluindo línguas maciçamente disseminadas neste mundo globalizado, como inglês e espanhol, e dialetos tribais, como o iorubá, falado na Nigéria. De suas rotativas saem também bíblias em árabe, muitas das quais acabam chegando às mãos de cidadãos de países onde o cristianismo é reprimido. Ao todo, a empresa exporta para 96 países.Além das bíblias completas, a editora produz uma série de produtos, como porções e seleções de textos, bíblias temáticas e material de vídeo, áudio e multimídia. Equilibrar as necessidades do mundo empresarial com a vocação espiritual da entidade é um desafio. “Nossa missão é levar a Bíblia a todos, numa linguagem que possam entender e a um preço que as pessoas possam pagar. Dentro dessa missão, há também uma visão empresarial – para alcançar isso é preciso muita competência profissional”, frisa Zimmer. “A realidade corporativa e missionária precisam conviver na SBB, como em qualquer outra instituição. Mas, quem orienta o trabalho, sem dúvida alguma, é a missão”, garante o executivo.“Bíblia para todos” – O lançamento do Ano da Bíblia vai ao encontro dessa vocação, garante Erní Walter Seibert, secretário de Comunicação Social da Sociedade Bíblica do Brasil. A idéia é prestar serviços e popularizar como nunca a cultura bíblica. “Temos muitos programas de relacionamento que nos aproximam das pessoas e das instituições cristãs do país”, explica Seibert, que também preside a Associação de Editores cristãos (Asec). “Realizamos, em todo o país, seminários de ciências bíblicas, além de encontros com nossos sócios evangelizadores, com livreiros e lideranças”, enumera. A SBB, que já mantém o Museu da Bíblia, também em Barueri, e o Centro Cultural da Bíblia, no Rio de Janeiro, está organizando exposições temporárias sobre temas bíblicos em várias cidades brasileiras. “Preparamos mostras em todo o país. Um exemplo disso é a exposição no Hall Monumental da entrada da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, em comemoração ao Dia da Bíblia. “Estamos nos esforçando para que as pessoas saibam quem é a SBB, conheçam o que ela faz e apóiem seus trabalhos”, continua. “Nossa avaliação é que hoje um número maior de pessoas conhecem mais sobre a Sociedade Bíblica e a vêem como uma organização que se esforça para levar a Bíblia Sagrada a todos”, encerra.Programação diversificadaCom lançamento previsto para próximo dia 9 de dezembro – não por coincidência, o Dia da Bíblia –, a promoção Ano da Bíblia prevê uma extensa programação. A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) quer fazer de 2008 um ano de disseminação de cultura bíblica e leitura da Palavra de Deus. Com o lema “A Bíblia: Um livro para todos”, a entidade está organizando uma série de atividades, como cultos comemorativos e manifestações públicas em diversas partes do país. Já no dia 9, está marcado um abraço simbólico em Belo Horizonte (MG). Milhares de pessoas, reunidas no centro da cidade, recitarão textos bíblicos a uma só voz. Outra atividade é o Pedalando por Bíblias, passeio ciclístico temático que acontece na capital mineira e em São Paulo. Quem aprecia o estudo das Escrituras vai ter muitas oportunidades – a programação prevê maratonas de leitura e ciclo de palestras em instituições de ensino. Haverá também festivais de música gospel e erudita, exposições e a realização do 4º Fórum de Ciências Bíblicas, no Museu da Bíblia. Isso sem falar, claro, na intensificação das campanhas de distribuição gratuita da Palavra de Deus a públicos específicos. Em junho de 2008, na passagem do 60º aniversário da SBB, será lançado o projeto da Bíblia Manuscrita. Em várias cidades do país, serão montadas réplicas dos scriptorium, recintos da época medieval onde eram copiados livros, onde os interessados poderão ter a experiência de copiar textos bíblicos à mão. Algumas dessas bíblias manuscritas que serão produzidas ficarão expostas ao público. “Uma será doada à Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, e outra integrará o acervo do Museu da Bíblia”, antecipa o pastor Eude Martins, coordenador do Ano da Bíblia.Quem quiser mais informações sobre o Ano da Bíblia pode acessar o site da SBB (http://www.sbb.org.br/) Grande produção de um grande livroDesde sua fundação, em 1948, a Sociedade Bíblica do Brasil produziu e distribuiu. 62 milhões de bíblias completas. 13 milhões de novos testamentos. 103 milhões de porções bíblicas. 3,7 bilhões de seleções bíblicasOs números incluem a produção até 2006.
(Fonte: SBB) / Cristianismo Hoje

Igreja é incendiada por estar próxima à mesquita

NIGÉRIA (32º) - No domingo passado, 31 de agosto, extremistas muçulmanos incendiaram a Igreja Apostólica de Cristo da cidade de Baboko, Estado de Kwara. O incidente se deu quando a congregação saiu para os arredores da cidade, a fim de fazer um culto. O pastor, Samuel Ogowole, disse que os extremistas barraram o acesso dos membros à igreja. Ele também disse que o departamento de desenvolvimento da cidade, pressionado por muçulmanos, lacrou a propriedade. Incômoda proximidade Pastor Samuel disse à agência de notícias Compass Direct que os muçulmanos reclamavam de a igreja ter sido construída próxima a uma mesquita. Elas estão distantes 500 metros uma da outra. Os muçulmanos haviam registrado uma queixa no Comitê Inter-religioso, criado pelo Estado de Kwara para mediar relações entre cristãos e muçulmanos. Segundo o pastor Samuel, o Comitê decidiu contra os muçulmanos, mas, sendo também pressionados, emitiu um segundo parecer, ordenando a igreja a mudar de lugar. “Depois de investigar, o Comitê afirmou não ser verdade que nossa igreja está próxima da mesquita. Assim, as afirmações dos muçulmanos não têm fundamento”, disse o pastor. “Mesmo assim, eles não nos deixam fazer nossos cultos em paz.” Segundo o pastor, o governo estadual ofereceu uma soma de 3 milhões de nairas (US$ 25.580) para a igreja se organizar em outro lugar. Entretanto, o prédio destruído foi estimado em 20 milhões (US$ 170.575). Samuel conclui: “Tudo isso, no fim, acabou em uma notificação para a igreja, dando-nos sete dias para mudar a outro lugar. Mas nós objetamos. Para nós, sair dali seria criar empecilhos para os membros da igreja, que terão de viajar muitos quilômetros para prestar culto a Deus”.
Fonte: Compass Direct

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

"Não podemos apreender computadores e deixar pedófilos soltos", protesta Magno Malta

Durante entrevista concedida nesta quarta-feira (3), na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, o senador Magno Malta (PR-ES) lamentou que a legislação brasileira não autorize a prisão de pessoas que armazenam fotografias e vídeos contendo imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes. Ao elogiar os resultados da Operação Carrossel 2 - a apreensão de vasto material pornográfico usado na prática de pedofilia em 113 residências e empresas distribuídas em 17 estados e no Distrito Federal -, o parlamentar defendeu a aprovação, pela Câmara dos Deputados, de projeto (PLS 250/08) que tipifica a posse desse tipo de material, já aprovado pelo Senado.
- Não queremos operações que apreendam computadores e deixem os pedófilos soltos. Pela lei vigente, a prisão só pode ocorrer se houver flagrante, se a polícia chegar no momento exato em que o pedófilo está no teclado do computador, enviando a pornografia, o que é muito difícil de acontecer. Se a legislação já tivesse mudado, teríamos hoje 113 ordens de prisão e não 113 mandados de busca e apreensão - frisou o Magno Malta, que preside a CPI da Pedofilia, parceira da PF na Operação Carrossel 2.
Na coletiva de imprensa, o chefe da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF, delegado Adalton de Almeida Martins, informou que o órgão fará a perícia de todo o material apreendido nos estados e no DF. Mesmo informando que as informações sobre os resultados da operação estão ainda em fase de consolidação, Martins revelou que foram encontrados equipamentos contendo pornografia infantil em todos os locais vistoriados.
O delegado explicou que os computadores aprendidos estavam ligados a uma rede conectada ponto a ponto, ou peer-to-peer, no jargão da informática. Nesse sistema, um computador se conecta diretamente ao outro, sem a necessidade de um provedor central de acesso. Em resposta aos jornalistas, Martins disse que a cooperação com a CPI da pedofilia permitiu o aperfeiçoamento de ferramentas essenciais ao combate da pedofilia na Internet, como os softwares usados para o rastreamento de usuários da rede, a triagem e a compilação de dados.
Com a evolução da tecnologia, informou o delegado, o Brasil está atuando em cooperação com mais de 70 países, o que permitiu que ação semelhante à realizada nesta quarta-feira fosse também deflagrada em Portugal, Japão, Israel, República Tcheca e Senegal. Os dados sobre a conexão entre pedófilos nesses países foram fornecidos pela Polícia Federal a representantes da Interpol no Brasil, explicou ele.
Iara Guimarães Altafin /
Agência Senado

Igreja Batista de Vitória recebe homenagem de vereadores no Espírito Santo

A Câmara Municipal de Vitória, no Espírito Santo, realizou uma Sessão Solene, em 2/9, para homenagear os 105 anos de presença da Primeira Igreja Batista na cidade. O vereador Esmael Almeida (PMDB), responsável pela iniciativa, disse, na abertura da solenidade: “Minha alegria é imensa de fazer esta justa homenagem. Agradeço a Deus por fazer parte desta igreja e também por estar representando o povo de Vitória neste plenário. Temos de glorificar a Deus pela existência dessa Igreja”.O presidente da Primeira Igreja Batista, Delane Souza, destacou em seu discurso a importância histórica da instituição. “Temos uma história muito rica. Vivemos o presente agora e temos de mirar o futuro para continuarmos com o progresso da nossa Igreja”, ressaltou.Na solenidade, foram homenageados 44 membros da Igreja, entre eles os pastores Oliveira de Araújo, Edmundo Campos Braga e Onésimo Barbosa. Compuseram a mesa da Câmara, na ocasião, além do presidente da Primeira Igreja, o vice-presidente, Josias Curvacho de Aguiar, o pastor Eliomar Corrêa de Jesus, o ministro da Administração, Eltro Pimentel Lopes, o ministro das Missões e Integração, Wilson Vieira dos Santos. Houve também a apresentação do “Coral da Feliz Idade”.

Violência no Iraque causa duas mortes


IRAQUE (21º) - A comunidade iraquiana se vê novamente na mira de fundamentalistas islâmicos. Ontem, soube-se que o médico cristão, Tariq Qattan, 65 anos, foi seqüestrado por um grupo terrorista em Mossul. Segundo fontes da agência de notícias AsiaNews, a família teria pagado o resgate de 20 mil dólares, mas essa soma não foi suficiente para libertar Tariq, que acabou assassinado. Cristãos têm sido seqüestrados por criminosos interessados em dinheiro. Também em Mossul, no domingo passado, outro cristão, Nafi Haddad, foi seqüestrado e assassinado (a agência AsiaNews recebeu a notícia apenas na terça-feira). Não se sabe se o resgate foi pago. A despeito dos pequenos sinais de melhora, a comunidade cristã iraquiana ainda testemunha violência. Há muito tempo, Mossul tem sido palco de massacres, obrigando mais de dois terços dos fiéis deixarem a cidade em busca de segurança. Em 2007, a comunidade cristã iraquiana sofreu a morte de 47 pessoas, 13 delas eram de Mossul. Desses últimos, três eram padres. O contato da agência AsiaNews em Mossul espera que os últimos dois homicídios sejam “condenados com veemência” pela comunidade muçulmana da cidade, que está celebrando o começo do Ramadã.
Tradução: Daila Fanny
Fonte: AsiaNews

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