Leia diariamente as mensagens aqui expostas, além de notícias em geral.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Mesmo com toque de recolher, ataques a cristãos continuam

NIGÉRIA (26º) - Os ataques à comunidade cristã em Bauchi, Nigéria, continuam apesar do toque de recolher. Pelo menos 11 pessoas foram mortas e mais de 1.500 ficaram desabrigadas, enquanto 14 igrejas, 8 paróquias, um mosteiro e inúmeras casas de cristãos foram demolidos durante um fim de semana violento em sete bairros muçulmanos de Bauchi.

A violência irrompeu após um incêndio em um mosteiro na manhã de sábado, 21 de fevereiro. Embora tenha sido atribuído a cristãos, acredita-se que foi causado por militantes procurando um pretexto para violência, como retaliação aos acontecimentos de novembro de 2008 em Jos, quando muçulmanos foram mortos ao desafiarem o toque de recolher estabelecido pelo governo.

Fontes locais informaram que em 13 de fevereiro, uma igreja no subúrbio de Bauchi pediu que um mosteiro recém-construído parasse de usar o terreno da igreja como estacionamento. Isso enfureceu os muçulmanos, que ameaçaram “vingar o que aconteceu em Jos”. Semanas antes, duas igrejas haviam sido demolidas e incendiadas.

Devido ao aumento da violência, o reverendo Turde pediu a imposição de um toque de recolher urgente na cidade. No entanto, o governador Isa Yuguda o determinou para apenas sete bairros, permitindo que os saques e incêndios continuassem no resto da cidade. Relatórios indicam que os agressores continuaram indo de igreja em igreja, de casa em casa, incendiando e atacando seus ocupantes durante todo o fim de semana. Apesar do toque de recolher, fontes afirmam que os seguranças não estavam em número suficiente. Pelo menos uma pessoa foi morta em 23 de fevereiro, e há rumores de que existam “homens armados se escondendo na floresta”, o que faz com que a comunidade cristã tema mais ataques.

Muitos cristãos estão indo para Jos, onde a maioria é cristã, por segurança. Outros desabrigados estão indo para acampamentos militares e quartéis da polícia em Bauchi.

O chefe executivo da Christian Solidarity Worldwide Nigéria, reverendo Yunusa Nmadu, disse: “Os cristãos de algumas regiões da Nigéria ficam mais inseguros à medida que os oficiais eleitos se preocupam mais em servir o interesse de um grupo religioso em detrimento ao outro, do que em assegurar que todos os cidadãos nigerianos desfrutem da liberdade religiosa garantida pela constituição. Os constantes assassinatos em Bauchi e o silêncio das autoridades diante deles auxiliam pouco na dissipação dessa ansiedade. É fundamental que o governo tome atitudes imediatas para garantir a segurança da comunidade cristã, levando uma quantidade maior de tropas até a área para acabar com a violência, e auxiliando aqueles que perderam tudo”.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: Christian Solidarity Worldwide

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ore pelo irmão Mohsen


IRÃ (3º) - O irmão Mohsen, sua esposa e seu filho de 12 anos saíram do Irã em 6 de julho de 2008, alguns dias após ser afiançado (saiba mais). Eles foram para a Turquia, pois a família estava sendo ameaçada de morte. Quando deixou o país, Mohsen não se sentia muito bem, devido às torturas sofridas na prisão. Ele passou por exames médicos antes de sair do país.

A polícia secreta disse para Mohsen e sua esposa que a razão pela qual ele havia sido solto era porque não estava bem de saúde. Eles quiseram dar um descanso para que se recuperasse e voltasse para a prisão. A polícia não estava satisfeita com Mohsen, pois ele não forneceu nenhum detalhe sobre os outros grupos com quem trabalhava e gostariam de pressioná-lo ainda mais. O irmão testemunha que a polícia tentou quebrar seu silêncio quando estava na prisão, para poder conhecer tudo sobre seu ministério. Quando Mohsen se negou a dar informações, foi brutalmente torturado.

Mohsen teve seus dentes quebrados, sua medula espinhal foi danificada, e seu rosto também. Ele precisa urgentemente de tratamentos e fisioterapia.

Coragem

Estabilidade, coragem e fé são as principais características do irmão Mohsen. Quando a polícia secreta o soltou da prisão, não pensaram que ele deixaria o país tão cedo, pois estava muito doente. Foi um milagre conseguir escapar.

Assim que foram embora, a polícia secreta foi até a casa deles para buscá-lo. Como não o encontraram, começaram a procurar em muitos outros lugares, ameaçando colegas e parentes de Mohsen, dizendo: “Temos muitas acusações no caso de cristãos. A punição para quem deixar o islã para se converter será a pena de morte, e quem for responsável pelo assassinato receberá uma recompensa.”

Necessidades

Quando chegaram na Turquia, não tinham dinheiro, pois a polícia levou alguns valores da casa deles, portanto não tinham o suficiente para começar uma vida lá. Eles precisam urgentemente de dinheiro para cobrir os gastos básicos durante a estadia na Turquia, e a cada seis meses, têm que pagar uma quantia para o governo turco.

Atualmente, Mohsen e Fereshte lideram um pequeno grupo doméstico em sua cidade. Muitos cristãos iranianos se reunem com eles semanalmente.

De modo geral, o casal está indo muito bem. É claro que enfrentam muitos desafios por serem estrangeiros em terra desconhecida, mas tentam se manter firmes e se concentrar no ministério.

Pedidos de oração

• Ore para que a situação do casal na Turquia seja resolvida o mais rápido possível, para poderem morar lá permanentemente. Ore para que a vontade de Deus seja feita em suas vidas e ministério.

• Ore pela saúde de Mohsen e pela tranquilidade e adaptação de toda a família.

Tradução: Deborah Stafussi

Missão Portas Abertas

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Livraria cristã vandalizada na Turquia


TURQUIA (39º) - Depois de muitas ameaças feitas por nacionalistas muçulmanos, uma livraria da Sociedade Bíblica da Turquia foi vandalizada pela segunda vez essa semana.

As câmeras de segurança mostram dois jovens atacando a vitrine da livraria Soz Kitapevi, chutando e quebrando os vidros nas portas e janelas. O batente da porta também foi danificado.

Dogan Simsek, funcionário da livraria viu o estrago quando chegou para abrir a loja. Ele descreveu a gravação do ocorrido: “Eles entraram como um foguete”, diz. “Atacaram a loja a sangue frio, e foram embora como se nada tivesse acontecido.”

As gravações não capturaram os rostos dos jovens, e a policia ainda tenta identificar os invasores.

Durante o primeiro ataque em 7 de fevereiro, o vidro da porta foi esmagado, e a câmera foi danificada. Os dois danos já haviam sido reparados.

Simsek disse para um jornal que esses foram os primeiros incidentes que testemunhou em 10 anos de trabalho na livraria.

“Nós tomamos chá com nossos vizinhos; não há nenhum problema quanto a isso”, disse Simsek, embora saiba que a opinião local não é 100% favorável. “Este é um bairro muçulmano, e muitos disseram para não vendermos esses livros aqui.”

A livraria recebeu ameaças de dois muçulmanos nacionalistas. Em novembro de 2008, um homem entrou na loja e começou a acusar a Soz Kitapevi de estar ligada à CIA, dizendo: “Vocês colaboram com eles, matando muçulmanos e manchando nossos países”.

Os ataques são exemplos da perseguição que os cristãos turcos têm enfrentado, principalmente a minoria protestante. A aliança das igrejas protestantes na Turquia publicou seu livro sobre a violação de direitos, detalhando alguns dos abusos sofridos pelas igrejas protestantes no ano de 2008.

A reportagem deixou claro que os ataques violentos, ameaças e acusações são sintomas do ambiente de desconfiança e falta de informação que os turcos permitem que exista.

O artigo também cita a descrição negativa dada pela mídia e órgãos do governo como principal responsável pela inimizade com os cristãos. Ele desafia o governo a desenvolver uma fiscalização efetiva para assegurar a não-apresentação de programas provocatórios e intolerantes, e ajudar o público a conhecer os direitos dos cidadãos turcos de todas as religiões.

Tradução: Deborah Stafussi


Fonte: Compass Direct

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Papa se reaproxima de judeus

Bento XVI reitera repúdio a antissemitismo, mas líderes judeus querem excomunhão de bispo que nega Holocausto.

Preocupado com a péssima repercussão entre a comunidade judaica da reversão da excomunhão de um bispo católico que nega o Holocausto, o papa Bento XVI reiterou ontem o “compromisso irrevogável” do Vaticano contra o antissemitismo. A declaração foi feita em discurso a uma delegação de 60 representantes da Conferência de Líderes Judaicos dos Estado Unidos. No encontro, o pontífice católico confirmou a intenção de visitar a Terra Santa em maio. A viagem esteve ameaçada pelo esfriamento das relações entre o Estado de Israel e a Santa Sé devido ao fato de Bento XVI ter reabilitado o bispo britânico Richard Williamson, que disse numa emissora de TV que apenas “uns 300 mil” judeus foram mortos na Segunda Guerra Mundial, e não os 6 milhões que a história registra.

Joseph Ratzinger acrescentou que o extermínio dos judeus foi um “crime contra Deus e a humanidade”. Os membros da delegação reagiram de forma positiva. O rabino Arthur Schneier classificou as declarações como “um passo maravilhoso para sanar um tremendo problema”. Mas a atitude do papa não agradou a todos. Abraham Foxman, diretor da Liga de Antidifamação, disse que Bento XVI deve voltar a excomungar o polêmico bispo. Richard Williamson e outros três religiosos foram excomungado em 1988 por terem sido consagrados pela Sociedade São Pio 10, dissidente do Concílio Vaticano II, que reformou a Igreja Católica.

Bento XVI afirmou que havia cancelado as excomunhões como gesto de “compaixão” com intuito de sanar o único cisma formal na Igreja Católica. Semama passada, o Vaticano intimou Wulliamson a apresentar uma retratação formal de suas declarações, mas o religioso britânico disse que só fará isso se for “convencido pelos fatos” de que o genocídio perpetrado pelos nazistas de fato ocorreu.


Cristianismo Hoje (Com reportagem da Agência Folha)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

No ano do 200º aniversário de Darwin, cristãos refutam teoria evolucionista


INTERNACIONAL - Enquanto milhares de pessoas celebram o 200º aniversário de nascimento de Charles Darwin, um ministério criacionista oferecerá conferências para refutar a teoria da evolução, criada pelo famoso cientista.

O ministério Answers in Genesis (respostas no Gênesis) oferecerá duas conferências gratuitas para ajudar os cristãos a defenderem sua fé contra a teoria que o ministério vê como contrária às Escrituras.

As conferências, nomeadas de “Respostas para Darwin”, ocorrerá em duas igrejas – uma ao leste e outra ao oeste – para fornecer treinamentos e ensino para cristãos, envolvendo as teorias evolucionista e criacionista.

“Tantos cristãos têm sido convencidos pela elite acadêmica de que a teoria de Darwin é válida, e tentam encontrar meios de provar, e relacionar a teoria da evolução com a da criação”, diz Ken Ham, presidente do ministério e palestrante nas duas conferências.

“Queremos ajudá-los a compreender que a teoria de Darwin é errada, menospreza a fé cristã e dá lugar para males sociais e racismos e abortos”, diz.

Outros palestrantes incluem Dr. Andrew Snelling, um cientista Ph.D em geologia, e Dr. David Menton, Ph.D em biologia.

Os temas da conferência são, entre outros, “Respostas do Gênesis para Darwin e as guerras culturais”, “Respostas para o racismo”, “Respostas científicas e bíblicas para a real idade da Terra” e “Respostas para os registros fósseis – Criação vs. Evolução”.

Ham acredita na interpretação literal da história dos seis dias da criação no Gênesis. O Creation Museum, fundado por ele, tem exibições que alegam que o mundo tem apenas 6.000 anos, os dinossauros apareceram no mesmo dia em que Deus criou a terra e outros animais, e que elementos geológicos como o Grand Canyon e os fósseis foram criados durante o dilúvio na época de Noé.

“Muitos cristãos se surpreendem quando sabem que a própria ciência confirma os textos bíblicos sobre a criação e o dilúvio. Nossa missão é propagar a mensagem para validar toda a Bíblia, alcançando os não convertidos através do evangelho.”

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: Christian Post

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Deus é amor

Dave Hunt

Hoje em dia, exatamente como a Bíblia profetizou, o homem se torna cada vez mais atrevido em relação a Deus. Um elemento básico comum para a rejeição a Cristo neste mundo e para o desprezo pela sã doutrina na igreja é a falta de reflexão, isto é, de pensar e raciocinar cuidadosamente, de um modo especial sobre Deus, Sua Palavra e Sua vontade. Em vez disso, a preocupação maior do mundo e, infelizmente, de muitos cristãos, é o divertimento. Ficamos ocupados demais em nos entretermos para que possamos refletir sobre Deus. Do mesmo modo como o ateu rejeita o teísmo, assim o divertimento rejeita a reflexão.

Vamos nadar contra a maré e refletir juntos. Deus convocou Israel: “Vinde então, e argüi-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. Se quiserdes, e obedecerdes, comereis o bem desta terra. Mas se recusardes, e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse.” (Isaías 1:18-20).

Um grito que parte constantemente do coração de Deus é “Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, tu, ó terra; porque o SENHOR tem falado: Criei filhos, e engrandeci-os; mas eles se rebelaram contra mim. O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende” (Isaías 1:2,3).

Os constantes apelos divinos a Israel para que se arrependesse indicam claramente que Deus não era responsável pelo seu pecado. Ele não havia preordenado a sua rebelião nem o seu castigo. Israel não estava obedecendo à vontade de Deus. O Deus de Israel arrazoa em vão com o Seu povo escolhido: “E eu vos enviei todos os meus servos, os profetas, madrugando e enviando a dizer: Ora, não façais esta coisa abominável que odeio” (Jeremias 44:4). Obviamente Deus não havia predestinado o mau comportamento do seu povo nem a sua condenação, pois nesse caso não teria chamado a idolatria de “essa coisa abominável que odeio”.

Nem são também o egoísmo, o ciúme e o ódio; a fornicação, o adultério e o divórcio; o homossexualismo, o lesbianismo e a rejeição ao casamento uma ordenança divina; nem os abortos e assassinatos, as guerras étnicas e religiosas e todo tipo de violência rompante que tem grassado hoje em dia no mundo inteiro, assim como não existia, pela vontade divina, a iniqüidade do tempo de Noé. Aquele mundo foi destruído pelo dilúvio. Hoje o mundo está maduro para um derramamento mais sério da ira divina contra o pecado.

O homem foi criado à imagem de Deus (Gênesis 1:26-27), não física, mas espiritualmente. “Deus é Espírito” (João 4:24) sem forma física. O homem foi criado para refletir o caráter moral e espiritual de Deus em tudo que pensasse, falasse e fizesse. O Jardim do Éden não foi somente um paraíso de beleza física e de abundância além de toda imaginação, mas também um paraíso como um pedaço do céu na terra. Que gloriosa relação Adão e Eva gozavam! O Jardim era uma sinfonia da glória de Deus expressa na exuberante singularidade de um homem e uma mulher reunidos pelo próprio Deus no primeiro matrimônio. A felicidade extática e indescritível do amor sem egoísmo demonstrado em palavras e atos de contínua gentileza, reflexão, graça, misericórdia, bondade e compaixão, cada um buscando apenas a alegria do outro, na maravilha do íntimo companheirismo.

Quando foi completada a criação divina do universo, dos animais e do homem, Deus viu que “tudo era muito bom” (Gênesis 1:31). Então, o que aconteceu para que tudo desse errado? Como pôde o homem criado à imagem de Deus ter um ódio tão profundo contra o seu Criador e tal determinação para trilhar o seu próprio caminho, expondo sua rebelião diante de um Deus compassivo e Santo, a Quem ele devia sua própria existência?

A Bíblia chama esse enigma de “o mistério da iniqüidade” (2 Tessalonicenses 2:7) e declara que a sua fonte secreta se encontra nas profundezas do coração humano: “Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem” (Marcos 7:21-23).

O coração não é apenas o centro das emoções. Ele se assemelha a um castelo forte, do qual cada pessoa guarda a única chave: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Provérbios 4:23).

Jamais esquecerei a entrevista na TV de um canadense que havia sido preso na Arábia Saudita, falsamente acusado de terrorismo. Sob contínua tortura ele “confessou a sua culpa”, antes de ser posto em liberdade. Aquela experiência aterradora havia lhe ensinado duas coisas: 1. A tortura pode ser tão crucial que a pessoa mais forte pode ser levada a “confessar” qualquer coisa, até mesmo que assassinou a própria mãe. 2. Nenhuma tortura, sem importar quão insuportável seja, pode levar a vítima a crer no que ela é forçada a confessar.

Existe um recanto profundamente oculto, onde a pessoa real guarda os seus recônditos pensamentos e suas verdadeiras intenções. Salomão admoestou o seu filho dizendo que aquilo que o homem diz é sempre um engano para esconder o que ele realmente é no seu íntimo (Provérbios 23:6-8). A Bíblia sempre chama essa fortaleza interior de “o coração” ou “a vontade”. Sem ela é impossível ter a individualidade, amar e ser amado. Deus nos criou de tal maneira que nem mesmo Ele pode nos forçar a crer em alguma coisa. Ele arrazoa conosco no evangelho, a fim de persuadir-nos da verdade. Mas, infelizmente, a maioria das pessoas não dá ouvidos à razão e insiste em palmilhar a estrada larga da destruição, embora sabendo aonde esta o conduzirá.

O mundo está repleto de jovens obstinados e desobedientes, criados na rebelião, não apenas contra os pais, mas contra toda autoridade, especialmente a autoridade divina. A variedade de divertimentos oferecida, até mesmo na igreja, somente os tem afastado de pensar profundamente, isto é, de raciocinar. O resultado, segundo 2 Tessalonicenses 3:2, é o aumento de “…homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos.”

O oculto bastião interior pode ser o trono de um tirano egocêntrico governando os outros, ou o trono do desprendimento se derramando sobre os outros em forma de genuíno amor e compaixão.

“Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á (Mateus 16:25). “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto (João 12:24).

Deus não criou robôs. Ele deu ao homem a vontade de escolher livremente entre o amor e o ódio, para receber a Cristo como Salvador ou então rejeitá-Lo. Deus quer que o homem Nele confie totalmente e que O ame profundamente, a ponto de Lhe entregar a chave da fortaleza interior do seu coração, sem esconder coisa alguma: “Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos” (Provérbios 23:26). Deus não quer iludir-nos nem persuadir-nos superficialmente através de emoções. Ele deseja ganhar os nossos corações com a Sua Verdade e o Seu Amor: “Por isso hoje saberás, e refletirás no teu coração, que só o SENHOR é Deus, em cima no céu e em baixo na terra; nenhum outro há… Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças … Não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o SENHOR vosso Deus vos prova, para saber se amais o SENHOR vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma. ” (Deuteronômio 4:39; 6:5 e 13:3).

Quando Deus nos comanda a amá-Lo de todo o coração, Ele prova o Seu Amor e desejo de que toda criatura humana seja salva. Seria absurdo que Ele ordenasse a todos que O amassem se Ele não os amasse o suficiente para os salvar, predestinando-os, em vez disso, para o inferno. Leiamos: “E estavam os homens de Israel já exaustos naquele dia, porquanto Saul conjurou o povo, dizendo: Maldito o homem que comer pão até à tarde, antes que me vingue de meus inimigos. Por isso todo o povo se absteve de provar pão. E todo o povo chegou a um bosque; e havia mel na superfície do campo” (1 Samuel 14:24,25). “Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal(Joel 2:12,13). “… É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”(Atos 8:37). “… Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10:9).

O mais poderoso testemunho da criação se encontra no DNA. Instruções digitalmente organizadas para construir e operar trilhões de células, como um só corpo, estão inscritas no DNA em linguagem codificada, as quais somente certas moléculas de proteína podem decodificar. Tudo que é escrito tem um autor! E o Autor desse extraordinário conjunto de intricadas informações só poderia ser uma Inteligência Infinita, Aquela que criou e “sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hebreus 1:3).

A rebelião de Satanás e do homem trouxe destruição a toda a ordem universal. O resultado em marcha tem sido os desastres naturais e um crescente aumento de moléstias e deformações entre homens e animais: “Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Romanos 8:21.22). Até mesmo algumas células já não obedecem às instruções codificadas no DNA, resultando no câncer.

Apesar da extraordinária e indisputável evidência que tem bombardeado o homem na atualidade, ele continua recusando-se a obedecer ao Criador, transformando-se, portanto, num câncer espiritual na terra “… cada um fazendo o que parece bem aos seus olhos” (Juízes 17:6).

Deus teria razão de sobra para destruir a humanidade. Ele quase fez isso com o dilúvio. Nós não existiríamos hoje se Noé não tivesse achado “graça aos olhos de Deus” (Gênesis 6:8). E porque Deus tem sido tão gracioso e misericordioso com os rebeldes? Somente por causa do Seu Amor revelado em Jesus Cristo! O sacrifício de Cristo pelo pecado dos homens é a grande prova do Amor de Deus por toda a humanidade, pois “… Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8).

O indescritível horror do pecado é revelado na zombaria, nos açoites e na crucificação do Salvador na cruz. E, assim, à medida em que o homem pecador e rebelde faz o pior, o Amor de Deus brilha mais intensamente: “E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). Em resposta a esta oração o Pai castiga Cristo, totalmente, pelos pecados passados, presentes e futuros de toda a humanidade.

Em amorosa resposta ao homem rebelde, o qual deseja destroná-Lo, Deus enviou o Seu Filho ao mundo, através do nascimento virginal, a fim de pagar a penalidade devida pelo pecado à Sua própria justiça infinita. De fato, Ele não poderia ter agido de outro modo, pois Deus é Amor! (João 4:8,16).

Existe uma enorme diferença entre dizer que Deus é amoroso e que Deus é Amor. A expressão “Deus é” está acoplada às muitas gloriosas promessas e advertências: “Deus é eterno” (Dt 33:27); Ele é “A minha fortaleza e a minha força” (2 Samuel 22:33); “Misericordioso e compassivo” (2 Crônicas 30:9); “Socorro bem presente na angústia” (Salmos 46:1); “Minha defesa” (Salmos 59:17); “Verdadeiramente bom para Israel” (Salmos 73:1);”Fiel é Deus” (1 Coríntios 1:9; 10:13); “Deus é verdadeiro” (João 3:33); “Deus é um fogo consumidor” (Hebreus 12:29), etc.

Contudo, estas expressões falam de como Deus age e não de como Ele é. O Amor é a Sua exata essência. Ele simplesmente AMA! Embora o Amor totalmente livre de interesse seja raramente visto na terra, todo mundo sabe que esse tipo de Amor provém de Deus. Esse reconhecimento está guardado no mais recôndito da memória do coração do homem, como uma recordação do paraíso perdido.

Quando Adão e Eva se rebelaram contra Deus, logo descobriram que “estavam nus” (Gênesis 3:7). Não que estivessem sem roupas (Ver a TBC de fevereiro e outubro 2002), pois esse era um fato desde a criação. Feitos à imagem de Deus, eles deviam estar vestidos da verdadeira luz divina (1 João 1:5). Tem-se dito com razão que “somos como espelhos, cujo brilho depende completamente do sol (o Filho), que brilha através de nós”. O pecado desnudou o primeiro homem e a primeira mulher de tudo que Deus pretendia para eles como criaturas feitas à Sua gloriosa imagem. O reflexo de Sua glória deixou de brilhar através deles, deixando-os espiritual e moralmente despidos. Que tragédia! Hoje o homem continua nu diante do seu Criador, sem a glória da qual foram revestidos os primeiros pais, pois “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). O Amor, que é a perfeita essência de Deus, nos falta porque fomos de Deus separados por causa do pecado. Existe no coração do homem um profundo anseio que somente Deus pode preencher. Ele nos convoca a uma reconciliação com Ele: “E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração”. (Jeremias 29:13). A maior parte dos membros de nossa trágica raça humana se volta para tudo, menos para Deus, na ânsia de satisfazer o vazio que somente Ele pode preencher: “Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o SENHOR. Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas” (Jeremias 2:12,13).

Assim, ninguém ficará satisfeito a não ser com o próprio Deus. Como o salmista, eles vão clamar: “Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (Salmos 42:1-2). Esse tipo de sede não pode ser saciado humanamente, nem com milagres que excitam a carne. É uma sede profunda de conhecer o próprio Deus, numa relação tão íntima que se transforma em tudo que Ele deseja que sejamos. Será essa a paixão do seu e do meu coração? Na oração de Cristo ao Pai, Ele expressa o desejo ardente de que o perfeito Amor de Deus habite e se manifeste através dos que O conhecem: “E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja” (João 17:26). Que oração do coração de Alguém que deseja “trazer muitos filhos à glória” (Hebreus 2:10), à Sua semelhança “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1 João 3:2). Ouçamos a ansiosa expectação de Davi: “Quanto a mim, contemplarei a tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança quando acordar” (Salmos 17:15). Isso é mais do que uma restauração do amor que Adão e Eva experimentaram no Jardim. A relação íntima que eles tinham conhecido com o seu Criador poderia, como aconteceu, ser perdida.

Cristo falou a uma preocupada Marta: “E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada” (Lucas 10:42). Paulo orou pelos crentes de Éfeso “Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos” (Efésios 1:18). Maravilha das maravilhas! Deus vai restaurar eternamente os pecadores desnudos através de Sua glória em Cristo Jesus: “E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá” (1 Pedro 5:10).

O novo nascimento através da fé em Cristo dá início a uma nova vida em nós. Cristo vive em nós, mas devemos compartilhar diligentemente com Ele: “De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2:12,13). E “E para isto também trabalho, combatendo segundo a sua eficácia, que opera em mim poderosamente” (Colossenses 1:29).

Possa cada um de nós ter o mesmo firme propósito em nossos corações, enquanto aguardamos ansiosamente a Sua Vinda!

“The Berean Call Letter”, Abril 2004

Tradução de Mary Schultze

Fonte: VINACC - Visão Nacional Para a Consciência Cristã

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O sonho de mudança é algo que não pode morrer


O significado da eleição; um trabalho a ser feito.
No dia 4 de Novembro de 2008, eu entrei em um avião para Memphis, pouco antes dos locais de votação serem fechados no leste. Ao sair do avião, perguntei a primeira pessoa que vi – um passageiro afro americano que segurava uma mala em sua mão – “você sabe quem venceu as eleições?” Ele, então, começou a me dar detalhadamente os resultados das eleições nos colégios eleitorais e a dizer em quais estados Barack Obama ainda precisaria confirmar sua vitória. Eu fiquei assustado com o quanto essa eleição era importante para um povo que por tanto tempo esperou para se ver livre, e que passou mais tempo oprimido do que liberto pela democracia.

No dia seguinte, eu fiz um tour pelo museu nacional de direitos civis, construído ao lado do hotel onde Martin Luther King Jr. foi assassinado. Por muitas vezes eu revisitei os cenários que conhecia tão bem, vindo de uma igreja do sul. Os corajosos estudantes universitários de Greensboro, na Carolina do Norte, que estavam em uma lanchonete quando garotos brancos começaram a jogar pontas de cigarros em seus cabelos, mostarda e ketchup em seu rosto e, então, os chutaram para fora, enquanto policiais brancos olhavam, rindo. As terríveis cenas de crianças leves ao vento em Birmingham, lançadas longe por mangueiras com jatos de água; ou o incêndio no ônibus Caminho da liberdade, no Alabama e os cadáveres não enterrados no Mississipi.

Olhando para trás, é inimaginável pensar que essas atrocidades eram cometidas contra pessoas que estavam buscando seus direitos básicos de dignidade: direito ao voto, a comer em restaurantes, se hospedar em hotéis e se matricular em faculdades. (duzentos homens da guarda nacional escoltavam James Meredith para a primeira classe, enquanto pessoas morriam nas revoltas que aconteciam nas cidades).

Do lado de fora do museu, as palavras do discurso final de King “eu estive no topo da montanha” estavam gravadas; palavras que ficaram presas em minha garganta naquele dia de sol, horas depois que Obama foi eleito: “Eu posso não ir lá com vocês, mas quero que saibam que hoje nós, como povo, entraremos na terra prometida”. No dia seguinte àquele discurso, King estava morto sobre uma poça de sangue, no lugar onde eu me encontrava.

Em nenhum aspecto eu ignoro as diferenças políticas entre Obama e a maioria dos evangélicos. Entretanto, ao menos poderíamos refletir e nos arrepender por termos compartilhado o pecado do racismo nessa nação, desde sua fundação? Se passaram 150 anos, até que os Batistas do Sul pedissem perdão por seu apoio à escravidão; A universidade Bob Jones só reconheceu há três meses seu erro ao barrar estudantes negros até 1971. A simples palavra “desculpa” – “nós falhamos na forma pela qual representamos nosso Senhor e na maneira pela qual não amamos nosso próximo como a nós mesmos” – se aplica a muitos de nós, a muitos evangélicos que se opõem à causa dos direitos civis. Será que agora poderemos responder ao chamado de um líder para o respeito racial e reconciliação?

Durante a campanha, eu recebi terríveis emails que falavam que Obama era um filho da África (um continente negro e sombrio, onde há matanças, adoração a demônios e onde a violência quase funciona como regra); um filho do Islã (uma religião que se baseia em total submissão a um deus de força, que vinga os infiéis); e um fraudulento cuja língua está inflamada com fogo e com as chamas do inferno. Até onde chegaremos, afinal?

Duas semanas após as eleições eu viajei para a Índia, onde me encontrei com líderes cristãos que têm trabalhado para mudar o institucional quadro de discriminação que vige naquele país, o sistema de castas. Um colega me disse: “vocês americanos estão celebrando a eleição de um presidente negro depois de 250 anos; nós estamos esperando a libertação desse sistema de castas há 4000”. A rede de libertação dos Dalits trabalha por 160 milhões de Dalits, conhecidos nominalmente como os intocáveis. Embora nominalmente hindus, eles não são autorizados a entrar em seus templos. Por isso, recentemente muitos têm se tornado muçulmanos, budistas ou cristãos. Logo acima deles estão os Other Backward Castes, que abarca mais da metade da população da Índia: 500 milhões de pessoas. Alguns ativistas que vêm deste sistema vêem o hinduísmo como um modelo opressor de estruturação social, designado a mantê-los em seus “devidos lugares”. Evidentemente, qualquer sinal de agitação provoca reação dos fundamentalistas que desejam manter as coisas do jeito que estão.

Joseph D’Souza, presidente do conselho cristão para toda a Índia, disse: “Missionários mais antigos direcionaram seus esforços para os Brahmins, uma casta superior, esperando que isso trouxesse conseqüências sobre as castas inferiores. Não aconteceu. Agora estamos trabalhando da base”. Da forma como ele descreveu as coisas na Índia, eu não podia ajudar, senão pensando em algo similar em meu país. Alguns evangélicos estão balançando suas mãos por causa da perda de acesso aos corredores do poder. Talvez seja nossa hora de, como na Índia, começarmos a trabalhar de baixo para cima.


Copyright © 2009 por Christianity Today International

(Traduzido por Daniel Leite Guanaes)

Fonte: Cristianismo Hoje

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails