COREIA DO NORTE (1º) - Enquanto refugiados da Coreia do Norte e ativistas de ONGs se reúnem em Seoul, Coreia do Sul, esta semana para discutir sobre as violações de direitos humanos cometidas pelo país, há sinais de que os cidadãos norte-coreanos têm tido mais acesso à verdade do que se imaginava.
Uma pesquisa recente feita pelo instituto Peterson observou que cerca de 60% dos norte-coreanos têm acesso à informações além daquelas fornecidas pelo governo.
“Os norte-coreanos estão descobrindo que a miséria deles é um resultado direto do regime de Kim Jong-Il, e não da Coreia do Sul e da América como eles nasceram acreditando”, afirma Kim Seung Min, da Rádio Free North Korea (liberte a Coreia do Norte). A estação de rádio é parceira da Coalizão pela liberdade da Coreia do Norte (NKFC), que está realizando uma semana de conferências em Seoul pela primeira vez em sete anos de evento.
“Conseguimos dobrar o número de ouvintes da rádio, e notamos um aumento significativo no número de pessoas que têm acesso à informação”, disse a vice-diretora da NKFC, Suzanne Scholte. Ela descreveu o fluxo de informação como “furos de alfinete no enorme véu norte-coreano. Agora, esses furinhos estão se transformando em enormes buracos”.
A estação de rádio agora distribui informações para outras rádios do país, e vai ao ar cinco horas por dia, passando informações dadas pelos refugiados e mercadores que cruzam regularmente a fronteira para comprar mercadorias chinesas.
Nos últimos anos, o governo foi forçado a permitir uma economia de mercado limitada, mas o comércio trouxe consigo tecnologias ilegais, como vídeos-cassete, televisores, rádios e telefones que podem receber sinais de além da fronteira. Antes, todos os televisores a rádios disponíveis só detectavam sinais oficiais.
“O governo não conseguiu reprimir o mercado, então, contra a vontade, eles permitiram que o comércio continuasse. Isso significa que os norte-coreanos não estão se baseando apenas no regime.”
A liberdade religiosa praticamente não existe na Coreia do Norte. A única crença aceita é a Ideia Juche (ou marxismo-leninismo-kimilsonguismo ou kimilsonguismo) uma ideologia que reforça a adoração aos líderes do país.
“O regime é uma perversão do cristianismo. Juche tem uma trindade, assim como o cristianismo, com o pai Kim Il-Sung, o filho Kim Jong-Il, e o espírito de Juche, que supostamente dá força para o povo.”
A Coreia do Norte ocupa a 1ª posição da Classificação de países por perseguição pelo oitavo ano consecutivo. Para saber sobre a igreja no país, clique aqui.
Tradução: Missão Portas Abertas
Fonte: Compass Direct
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