O Brasil vai introduzir, por decreto do Poder Executivo, o Dia Nacional de Combate à Homofobia, para ser lembrado a cada 17 de maio.
ALC
Brasília, segunda-feira, 17 de maio de 2010
Nesta quarta-feira, Brasília assistirá a primeira Marcha Nacional contra a Homofobia, que consta na programação do VII Seminário de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestir (LGBT), reunido na capital federal.
O Dia de Combate à Homofobia foi proposto pelo porta-voz do Conselho Representativo das Associações Negras (Cran) da França, Louis-Georges Tin, em 2005. A data foi escolhida porque no dia 17 de maio de 1990 a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais.
A 6ª. edição da Jornada Mundial contra a Homofobia deste ano tem como tema “Homofobia e religiões”.
“Neste ano, não pedimos que os crentes e particularmente os responsáveis religiosos aprovem a homossexualidade, mas, algo bem diferente, que desaprovem a homofobia, de modo particular quando se trata de violências cometidas em nome de um Deus, qualquer que seja”, explicou Louis-Georges ao jornal Le Monde.
Ampla platéia de evangélicos e católicos contrários à união entre pessoas do mesmo sexo tomou, na quarta-feira, 12, as dependências onde a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados discutiu o projeto do Estatuto das Famílias.
O projeto, definiu o presidente da Associação de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Toni Reis, não trata de firmar o casamento de pessoas do mesmo sexo, mas de garantir direitos civis a esses grupos.
A proposta envolve questões de herança, de plano de saúde, de adoção. “Nós não queremos nem menos nem mais, queremos direitos iguais. Nós não queremos o casamento, nesse momento não é a nossa pretensão. O que nós queremos são os direitos civis”, disse Reis.
O pastor Silas Malafaia, da Assembléia de Deus, afirmou que a concessão de direitos civis a gays e lésbicas é a porta de entrada para a aprovação do casamento de pessoas do mesmo sexo.
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Fonte: www.alcnoticias.net
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