IRAQUE (17º) - O sofrimento da comunidade cristã em Mosul, a cidade mais perigosa do Iraque, continua. No dia 5 de julho, em outro ataque, mais um cristão morreu. Behnam Sabti, 54 anos, trabalhava como enfermeiro no hospital estadual Jumhuriya. Uma bomba colocada embaixo de seu carro explodiu quando o homem estava dirigindo; ele morreu na hora. Fontes locais, anônimas por questões de segurança, disseram estar convencidas de que o motivo para o assassinato era a religião de Behnam. Casado e com três filhos, ele será enterrado em Bashiqa Kemal, seu vilarejo nativo no norte de Mosul.
De acordo com dados recentes, liberados pelos Ministérios de Defesa, da Saúde e do Interior iraquianos, os índices de violência diminuíram no país. No entanto, as pessoas continuam vivendo com medo. O número de iraquianos mortos violentamente no mês de junho caiu para 284, sendo que, no mesmo período em 2009, foram 437 mortes.
Se o Iraque está passando por um momento de estabilidade devido às negociações do novo governo em formação, Mosul, pelo contrário, tem enfrentado um “vácuo na questão da segurança”. No atualmente chamado de “tomada da Al Qaeda na Mesopotâmia”, ocorrem dois tipos de violência: o terrorismo direto contra os moradores locais – principalmente os xiitas – contra as minorias em geral, e os ataques às tropas americanas e seus aliados nas forças de segurança iraquianas.
As ruas de Mosul são patrulhadas pelos militares norte-americanos, 18 batalhões iraquianos e centenas de policiais. Mesmo assim, a situação permanece incerta, como informado pelos próprios oficiais americanos. E o problema “irá aumentar quando os Estados Unidos concluírem a retirada das tropas.’, afirma Abdulla al-Zibari, membro do Parlamento.
Tradução: Missão Portas Abertas
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