MALÁSIA (*) - Dois jovens foram presos após ataques à Igreja Tabernáculo Metro, Assembleia de Deus, e sentenciados em cinco anos de prisão. Em 8 de janeiro, algumas pessoas apedrejaram e incendiaram um prédio, localizado nos arredores de Kuala Lumpur, causando sérios danos, conforme mostra imagem.
Os dois irmãos, Raja Mudammad Faizal Raja Ibrahim, 24, e Raja Muhammad Raja Idzham Ibrahim, 22, foram encontrados pela polícia com queimaduras, mas tentaram se defender dizendo que estavam em um churrasco.
O juiz descreveu os atos como “lamentável” e diz que o incidente tinha “desonrado ao país”.
O ataque foi o primeiro de uma série contra locais de culto em Kuala Lumpur (11 igrejas, três mesquitas, um templo sikh e duas salas de oração muçulmanas), que em janeiro último tornou perigosa a convivência inter-religiosa e inter-racial na capital. Os ataques começaram após o tribunal autorizar um jornal católico no uso da palavra “Alá” em referencia ao Deus cristão, o que grupos radicais islâmicos consideram uma blasfêmia.
O governo apóia esta posição extremista e até mesmo recorreu da decisão de dezembro, embora a sua utilização seja totalmente normal em países muçulmanos ortodoxos como o Egito e Indonésia, e apesar do fato de que os cristãos da Malásia têm mostrado que há evidências do uso cristão deste termo desde o século 17.
Segundo analistas, o apoio do governo a grupos islâmicos envolvem questões políticas. Estando com eles, o partido majoritário, UMNO espera ter um maior apoio eleitoral. A oposição islâmica, PAS, defende a utilização da palavra a cristãos e judeus.
Tradução: Carla Priscilla Silva
Fonte: AsiaNews
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