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sexta-feira, 18 de julho de 2008

O Google e o canibalismo

Imagino que o eventual leitor não está interessado em saber o que significa “pneumatologia”. Talvez tenha alguma dúvida sobre “teologia da prosperidade” ou, quem sabe, sobre algo mais prosaico como “batismo”. Não importa. Para perguntas sobre as três palavras entre aspas, o Google tem mais de 1 milhão de respostas. É o que levaria o autor de Eclesiastes a afirmar que “não há limites para fazer livros” (Ec 12.15). Livros digitais, diga-se de passagem. Não tenho pretensões a “guardião da sã doutrina” e me refiro apenas à canibalização da mensagem bíblica. A emergência das novas mídias, em especial na internet, com os penduricalhos de praxe, parece mudar a relação do cristão-consumidor com as Escrituras. Das muitas versões da Bíblia aos vídeos bizarros, são inúmeros os atores na comunicação do conteúdo cristão. Doutores da lei disputam espaço com neófitos. Ambos podem criar, transformar, dar voz local ou espalhar até os confins da terra cada conteúdo — original ou não. Desnecessário mencionar o ambiente plural, o supermercado de opções e os modernos vendilhões do templo. Embora nem sempre claramente identificáveis, todos a uma se acotovelam por cada “bit” das boas novas servidas nas gôndolas virtuais. Pastores e ovelhas se expõem como nunca antes e todos os dias “descobrimos” e “recomendamos” mensagens e artigos que não lemos e vídeos que não vimos, mas que fazem da vida cristã algo como “Religião para Colorir”. Tudo com a bênção e graças ao supremo canibal. Para ler na íntegra acesse a seção Prateleira da edição 313 de Ultimato. •
Marcos Bontempo, editor. www.ultimato.com.br

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