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domingo, 31 de agosto de 2008

Alckmin pede oração a pastores da Assembléia de Deus

Católico, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) pediu hoje oração a pastores da Assembléia de Deus, uma das maiores igrejas evangélicas do país.Depois de visitar a tradicional feira da madrugada do Brás (região central), ele embarcou na estação Brás da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) em direção à Vila Prudente (zona leste), onde tomou café-da-manhã com pastores da Assembléia de Deus.No local, o tucano participou de uma cerimônia com os pastores e aproveitou para fazer um discurso religioso e "pedir orações". "Quero pedir a oração de vocês. Está tudo nas mãos de Deus", disse Alckmin.Logo após, um pastor atendeu o pedido do candidato. "Que ele [Alckmin] possa fazer aquilo que a cidade precisa, que seu povo precisa", disse o pastor em sua oração.Alckmin não é o único a buscar o voto dos eleitores de fé. O prefeito Gilberto Kassab (DEM), que tenta a reeleição, pediu a benção do padre Marcelo Rossi, em uma missa no Santuário do Terço Bizantino. Alckmin também esteve com padre Marcelo.No início de agosto, Kassab e Alckmin participaram de uma missa na Catedral da Sé em comemoração aos 50 anos de sacerdócio de dom Cláudio Hummes, ex-cardeal-arcebispo de São Paulo e atual prefeito da Congregação para o Clero no Vaticano.
Fonte: Folha Online

sábado, 30 de agosto de 2008

Velha discussão, nova realidade

Consumidor Cristão
A venda de produtos evangélicos em grandes lojas seculares prejudica o comerciante cristão? A resposta não é tão simples quanto um “sim” ou um “não”. A discussão é antiga e acalorada, mas o fato é que cada vez mais editoras e gravadoras evangélicas conseguem espaço no mercado secular. Livros, CDs, DVDs, entre outros produtos, são facilmente encontrados nas prateleiras das grandes redes de supermercados, livrarias e magazines. Essa é uma via de mão dupla: os empresários estão de olho no grande filão que é o consumidor evangélico, que no Brasil representa 24% da população, com projeção para 46,5 milhões de fiéis para dezembro de 2008, segundo dados do Ministério de Apoio com Informação (MAI), ligado à rede SEPAL (Servindo a Pastores e Líderes). No entanto, muitos livreiros cristãos estão sentindo no bolso esse avanço das gravadoras e editoras evangélicas rumo ao mercado secular. O comerciante Wilson Pereira Júnior acredita que a concorrência é desleal, e que é necessária uma ação conjunta dos livreiros evangélicos para mudar essa situação. Proprietário da livraria 100% Cristão, em São Paulo, ele afirma que o argumento de que os produtos evangélicos disponibilizados nos grandes magazines evangelizam não é verdadeiro. “Acho que não ajuda a ganhar novas vidas para o Senhor. Pode até acontecer um ou outro caso, mas são exceções, pois não existe nenhum trabalho que promova a evangelização, como promotores de vendas evangélicos exercendo essa função”, opina. Para Wilson, é preciso uma reciclagem do livreiro cristão para contornar a situação. “Não adianta só reclamar. Temos que nos profissionalizar a cada dia e entender como funciona o processo de compra e venda de nossos produtos para vencer a concorrência.”O livreiro Adauto Henriques, proprietário da Magnus Dei Livraria e Papelaria Cristã, no Rio de Janeiro, acredita que as reclamações de seus colegas não procedem. Segundo Henriques, a oferta de produtos evangélicos em lojas seculares não prejudica o comer-ciante cristão; na verdade, estimula o mercado. “Acredito que é uma forma de divulgar o evangelho e formar novos públicos, abrindo um grande canal de vendas para os produtos evangélicos. O livreiro que reclama da concorrência está ultrapassado e precisa se reciclar para trabalhar direito”, ressalta. Para ele, é preciso alcançar o consumidor cristão. “Somente 3% dos evangélicos freqüentam as livrarias especializadas. Os produtos evangélicos precisam alcançar os evangélicos”, enfatiza.Olhar missionárioUmas das pioneiras na venda via mercado secular, a Sociedade Bíblica do Brasil disponibiliza seus produtos em livrarias seculares e supermercados há mais de quinze anos. De acordo com o secretário de Comunicação e Ação Social da entidade, Erní Walter Seibert, um dos objetivos da SBB é levar a Bíblia a todos. “Os cristãos encontram a Bíblia nas igrejas e em livrarias do meio. Os não cristãos, que também precisam da Bíblia, não estão nem nas igrejas nem em livrarias cristãs. Para alcançá-los, é necessário disponibilizá-la em lugares aonde eles normalmente vão. Por isso, optamos por esses pontos de venda”, explica o secretário.Seibert alerta, porém, que a venda de produtos evangélicos em mercados seculares nem sempre é fácil. “Já houve casos de bíblias que foram classificadas como livros de auto-ajuda. Por outro lado, há pessoas que só entram em contato com a mensagem cristã se ela estiver exposta em locais não usuais. É preciso ter um olhar missionário nessa hora.”A gravadora Line Records também resolveu desbravar novos canais de distribuição. Há cinco anos, mantém convênio com grandes redes de mercado e lojas de conveniência que também demonstraram interesse na venda de produtos de orientação cristã. “Houve uma procura das grandes redes, pois começaram a notar o crescimento das igrejas evangélicas no Brasil e a procura de seus clientes por produtos evangélicos”, diz Sergio Andrade, gerente comercial da empresa.Andrade lembra que as grandes redes oferecem facilidades no pagamento. “Eles aceitam vários cartões de crédito e, o mais importante, parcelam as compras”, argumenta. Ele acredita que os magazines não roubam clientes dos livreiros evangélicos. “Existe público tanto para as lojas cristãs quanto para as grandes redes, pois atualmente a nossa maior venda ainda continua sendo para as evangélicas.” Para o gerente comercial, o lojista cristão tem capacidade de concorrer com as grandes redes e negociar bons preços. “O mercado evangélico hoje tem grandes distribuidores bem estruturados e que atendem todo o Brasil e até o exterior”, garante.Sérgio Malafaia, diretor comercial da Editora Central Gospel, também acredita que não há razão para temer a concorrência das lojas seculares. “De jeito nenhum os livreiros são prejudicados, pois há uma clientela fiel às lojas evangélicas. De certa forma, a colocação dos nossos produtos em magazines potencializa as vendas, despertando o interesse de um novo segmento que atende a um público novo”, opina. De três anos para cá, a editora disponibiliza seus produtos em lojas, mercados e grandes magazines não evangélicos.Segundo Malafaia, há uma grande procura pelos produtos da Central Gospel fora do meio cristão por conta do programa de televisão apresentado pelo pastor Silas Malafaia. “Entendemos que a mensagem da Palavra de Deus, seja ela em formato de livro, CD ou DVD, deve ultrapassar os limites do meio evangélico e alcançar todo o grande público. Sem dúvida, essa é uma maneira de atingirmos os não evangélicos que certamente não visitam nossas lojas.” ContrapartidaUm dos supermercados que dispo-nibilizam os produtos da Central Gospel e de outras empresas evangélicas é o Prezunic, no Rio de Janeiro. A rede, que conta com 28 lojas no Grande Rio, recebeu uma proposta do presidente da editora para vender produtos evangélicos. “Silas Malafaia nos propôs vender os produtos dele e, em contrapartida, anunciaria no programa de TV que esses produtos estavam à venda em nossas lojas. Essa seria uma boa publicidade, então aceitamos. Já faz dois anos e não nos arrependemos”, declara o diretor geral da rede Prezunic, Genival de Souza Beserra.Ele diz que o negócio está gerando bons frutos. “Há uma procura considerável. O negócio é atrativo e lucrativo à medida que o cliente, ao ir às nossas lojas em busca desses produtos, acaba aproveitando e comprando outros itens”, afirma Beserra. O Prezunic também vende produtos e ingressos para eventos cristãos. Independentemente do calor e do tempo que levará essa discussão, parece que a caminhada em direção ao mercado secular é irreversível. Cabe agora ao livreiro evangélico se adaptar aos novos tempos e encontrar alternativas de competitividade.
Fonte: www.zoenet.com.br

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Europa deve ajudar os cristãos perseguidos na Índia



Saiba mais sobre a Igreja Perseguida na Índia
ÍNDIA (30º) - Mario Mauro, vice-presidente do Parlamento Europeu, ergueu a voz esta semana para pedir que a União Européia apóie os cristãos que estão sendo vítimas do fanatismo hindu na Índia ( leia mais). Em um comunicado difundido de Rímini (Itália), onde participa de reunião organizada pelo movimento Comunhão e Libertação, Mauro declarou que "a liberdade religiosa é o teste que serve para medir o respeito das demais liberdades e direitos do homem". Mauro comentou que "uma vez mais nos encontramos diante de um ataque contra as comunidades cristãs, o enésimo episódio de uma perseguição que parece não terminar nunca". Segundo o vice-presidente do Parlamento Europeu, "a perseguição dos cristãos no mundo representa um dos mais ferozes desafios contemporâneos à dignidade da pessoa". Por este motivo, continua dizendo Mauro, "a promoção de nossos ideais de liberdade e de justiça tem de converter-se cada vez mais no caráter da União Européia contra quem se refugia na ideologia para fundamentar seu projeto de poder".
Fonte: Rádio Vaticano

Cristãos e muçulmanos encerram conflito por terras

EGITO (19º) - Representantes cristãos e muçulmanos selaram o fim de um conflito sobre a propriedade de terras junto ao mosteiro de Abu Fana, no sul do Egito, que havia abalado a convivência entre ambas as comunidades. Segundo o diário independente “Al-Masri al-Yom”, dirigentes cristãos e muçulmanos realizaram no domingo (24) uma cerimônia de reconciliação, depois que em 31 de maio, cerca de 60 muçulmanos invadiram o convento de Abu Fana, matando um muçulmano e ferindo sete monges. Ambas as partes chegaram a um acordo para permitir a construção de um muro ao redor do mosteiro, que foi o motivo da disputa. O ato, que contou com a execução de canções religiosas muçulmanas e cristãs, teve a presença de parlamentares, empresários e dirigentes cristãos, que anunciaram o "início de uma nova era". Na cerimônia, os representantes de ambas as comunidades puseram ainda a primeira pedra do muro ao redor do mosteiro. Louve a Deus por esse momento de reconciliação.
Fonte: Efe

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Agências de notícias seculares confirmam a detenção de cristãos

IÊMEN (6º) - Um grupo de direitos humanos soube que autoridades iemenitas continuam detendo cristãos que se convertem do islã para o cristianismo. De acordo com informações da agência de notícias Associated Press e da Fox News, uma autoridade iemenita não identificada admitiu que o país deteve nove convertidos entre maio e agosto de 2008. Segundo a International Christian Concern (ICC) sete cristãos foram detidos recentemente por autoridades iemenitas, acusados de “promover o cristianismo”.
A ICC tem em mãos os nomes de vários dos cristãos detidos, mas para a segurança deles, neste momento, optou por não divulgá-los. Fontes disseram que os cristãos foram detidos pelo Escritório de Segurança Político, encabeçado pelo coronel Ghaleb Al Qamish. A ICC disse ainda que os funcionários do Escritório de Segurança Político são conhecidos por levar adiante matanças extrajudiciais, tortura e outras formas de violações aos direitos humanos. Outros cristãos presos temem passar pelos mesmos procedimentos e até morrer. Violação aos direitos humanosO presidente da ICC, Jeff King, disse em uma circular de notícias: "A detenção dos cristãos iemenitas não só viola os direitos humanos deles, mas também os expõem a violações adicionais como tortura e até mesmo matanças extrajudiciais. As autoridades iemenitas deveriam cumprir com as obrigações delas baseadas na lei de direitos humanos internacional, libertando os cristãos, e respeitando a liberdade de credo de seus cidadãos." A organização está conclamando os cristãos a orarem pela segurança destes irmãos e pedir pela liberação deles. O Iêmen fica situado no Oriente Médio, limitando o Golfo de Áden e o Mar Vermelho, entre Omã e a Arábia Saudita.
Tradução: Tsuli Narimatsu
Fonte: ANS

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Só 10% das 80 mil crianças em abrigos estão disponíveis para adoção

Dados da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) indicam que apenas 10% das 80 mil crianças e adolescentes que vivem em abrigos no Brasil estão disponíveis para adoção. A demora da Justiça para definir se o menor deve voltar para a família biológica ou ser colocado para adoção explica os números. Segundo o vice-presidente da associação, Francisco Oliveira Neto, “a maioria dessas crianças [em abrigos] tem família, recebe visitas semanais, tem contato com os pais, ou seja, ainda não aconteceu o rompimento dos vínculos jurídicos entre a família biológica e a criança. Ela permanece no abrigo, mas não está disponível para adoção”, explica. O juiz reafirma que a demora na definição da situação em que o menor se encontra provoca o desencontro dos números registrados até o momento pela Cadastro Nacional de Adoção: 4.106 famílias interessadas em adotar, contra 469 crianças aptas para o processo. Há ainda, de acordo com o juiz, a incompatibilidade entre a criança desejada e a criança disponível em abrigos. Ele lembra que a maioria das pessoas ainda insiste na procura por crianças recém-nascidas, de cor branca e do sexo feminino, quando, para ele, a melhor saída seria “flexibilizar” o perfil. Neto explica que para que o menor esteja disponível para a adoção é preciso que os pais biológicos manifestem oficialmente que desejam entregar a criança ou que o Ministério Público, por meio de uma ação, instaure a destituição do poder familiar. Enquanto essa definição não acontece, a criança permanece no abrigo, mas não pode ser adotada. Uma das razões para a demora na decisão judicial, segundo o juiz, é que a maioria dos menores que vive em abrigos foi levada para as instituições porque a família biológica enfrenta problemas de carência material e financeira, o que impossibilita que o Ministério Público possa entrar com o pedido de destituição do poder familiar. A demora para que a perda da guarda pela família biológica seja estabelecida, de acordo com o juiz, é um dos pontos a serem enfrentados pela Lei de Adoção, aprovada dia 20/8 pela Câmara dos Deputados. Para Neto, uma das maiores vantagens do Cadastro Nacional de Adoção é a possibilidade de apresentar concretamente o quadro de crianças disponíveis para o processo em todo o país, e mostrar ao pretendente, que caso deseje manter a preferência por uma menina, com menos de um ano de idade, de cor branca, saudável e sem irmãos, o tempo de espera será longo. “Se ela flexibilizar um pouco os critérios, esse tempo pode ser reduzido à metade ou até menos”. Advogada diz que Lei da Adoção é preconceituosa em relação aos homossexuais O projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 20/8, que estabelece critérios para a adoção de crianças e adolescentes, é “preconceituoso e descabido”, segundo avaliação da advogada especialista em direitos dos homossexuais Sylvia Mendonça do Amaral. A Lei da Adoção, com novas regras e prazos para dar mais rapidez ao processo de adoção de crianças e adolescentes, exclui o direito aos casais homossexuais. “O que aconteceu foi uma pressão da bancada evangélica para que se retirasse esse artigo [que trata da adoção por casais homossexuais] e fosse aprovado o resto do projeto de lei que trata da adoção. É o que a gente, infelizmente, espera sempre, que nada em relação aos direitos dos homossexuais seja analisado com profundidade pela Câmara”, afirmou. De acordo com a advogada, a decisão do Legislativo é uma demonstração de “total preconceito”, apesar de a sociedade registrar progressos em relação aos homossexuais. “O casal homossexual já tem sido visto como integrante e formador de uma família. Os tribunais de Justiça do Brasil, aos poucos, vêm reconhecendo essa nova modalidade familiar. Está sendo muito lento, mas o Poder Judiciário é quem está conferindo alguns direitos aos homossexuais, contrariando a forma como vem agindo o Legislativo”. Sylvia disse que o Poder Legislativo brasileiro é “conservador e atrasado”. Ela está pessimista à possibilidade de inclusão do artigo que trata da adoção por casais homossexuais quando o projeto passar por nova votação no Senado. A advogada reconhece que, por enquanto, a única solução para os homossexuais é a adoção individual, que ela considera prejudicial para a criança, já que, no seu entendimento, a proteção e a garantia de direitos são maiores quando a adoção é feita por um casal. “Vejo isso como uma coisa tão lamentável e descabida. O que se pretende é o bem estar da criança. Não vejo nenhuma diferença dela ser adotada por um casal heterossexual ou por um casal homossexual. Se o projeto de lei visa melhorar as condições para a adoção, não vejo porque não incluir isso. Você está tirando a possibilidade de mais um casal querer adotar, dificultando a retirada da criança de um abrigo”, disse.
Fonte: Agência Brasil - Paula Laboissière

Bispo católico é detido no dia de encerramento dos Jogos


CHINA (10º) - A polícia chinesa deteve em uma igreja da província de Hebei o bispo de Zhending, Giulio Jia Zhiguo, que esteve em prisão domiciliar durante os Jogos Olímpicos de Pequim ( Beijing). A detenção aconteceu no domingo (24), quando o prelado rezava uma missa na catedral de Wuqi, ato para o qual contava com a permissão das autoridades. Os católicos da China estão divididos entre os que pertencem à Igreja oficial - controlada pelo governo comunista - e a clandestina, em comunhão com Roma e não autorizada pelo governo chinês.

Ele passou 15 anos na prisãoMonsenhor Giulio Jia Zhiguo, principal dirigente de uma diocese com 110 mil fiéis e várias dezenas de sacerdotes e freiras, passou 15 anos na prisão, entre 1963 e 1978, e nos últimos anos foi detido e libertado pelo governo chinês pelo menos 11 vezes. Durante os Jogos Olímpicos realizados na China, ele foi um dos bispos submetidos à prisão domiciliar e vigilância contínua, uma medida decretada pelo Executivo para "evitar tensões". As autoridades chinesas proibiram ainda a realização de "reuniões cristãs", apesar de milhares de fiéis de Zhending terem ido no domingo, último dia dos Jogos Olímpicos, à catedral para assistir à missa dominical. Perante esta situação, a polícia ordenou ao bispo que rezasse a cerimônia "para evitar enfrentamentos", apesar de Jia Zhiguo não ter podido concluir a missa, já que foi detido durante a sua celebração.
Fonte: Efe

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Médicos são condenados porque mantiveram convicção religiosa


ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (*) - Os direitos à liberdade religiosa dos cidadãos da Califórnia foram esmigalhados no último dia 18 de agosto depois de uma decisão legal em favor dos homossexuais e contra a consciência cristã, baseada em leis semelhantes àquelas que se tentam aprovar no Brasil por meio dos projetos de lei 122/06 e 6418/2005 . O Supremo Tribunal da Califórnia decidiu contra dois médicos cristãos que se recusaram a realizar uma inseminação artificial em uma lésbica por causa das convicções religiosas deles. Os doutores recomendaram um outro especialista à mulher, mas ela decidiu processá-los alegando discriminação de orientação sexual.
O Tribunal entendeu que os médicos violaram o Ato de Direitos da Califórnia, que proíbe a discriminação fundamentada na orientação sexual de uma pessoa. Além disso, o Tribunal considerou que a Primeira Emenda da Constituição norte-americana não alcança os médicos, uma vez que entendeu que uma “lei neutra e válida, de aplicabilidade geral, não pode ter uma interpretação complacente por causa de credos religiosos”. Implicações diretas desta decisão na vida dos cristãosA decisão foi considerada um balde de água fria em todas as pessoas de fé na Califórnia. Os cristãos que trabalham na organização e realização de casamentos serão forçados a fazer casamentos homossexuais, advogados serão forçados a ajudar homossexuais em adoções de crianças, divórcios do mesmo sexo e pedidos de pensão. Outros profissionais serão forçados a deixarem de lado suas convicções religiosas sob o risco de serem acusados e presos por discriminação. Isso porque a decisão do Tribunal americano abriu caminho para que profissionais de outras áreas também não possam mais negar quaisquer tipos de serviços por causa de suas conviccões religiosas.No BrasilNo Brasil, se o PL 122/06 for aprovado, a pena prevista por discriminação varia de um a cinco anos de prisão, além de multa ( leia mais). "Achamos que o problema da discriminação não atinge só os homossexuais, mas também os negros, as mulheres, até mesmo nós evangélicos. O projeto de lei dá poderes ditatoriais a uma minoria. Se um funcionário for dispensado de uma empresa, por exemplo, pode alegar homofobia e o dono da empresa vai ser preso por crime hediondo, inafiançável. Queremos trazer um projeto para proteger todas as minorias", disse o deputado Rodovalho (DEM-DF), da Igreja Sara Nossa Terra, em junho, durante manifestação contra o PL 122/06 no Congresso Nacional.Veja as fotos do protesto contra o PLC 122/06, aqui.
Fonte: Evangelical News

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Constituição parece democrática, mas impõe o islamismo


MALDIVAS (4º) - Depois de quatro anos de debate, a República das Maldivas ratificou a sua Constituição. Alguns comemoram e outros criticam. As mudanças têm posto o país turístico ao lado de outras democracias mundiais, mas por outro lado, apesar de se destacar como um país democrático, implementa a lei islâmica.

Por trás das belas paisagens que encantam os visitantes há a história de um governo repressivo, de acordo com Aliança Evangélica Mundial (WEA, sigla em Inglês). As Maldivas estão debaixo da liderança do presidente Maumoon Abdul Gayoom. A WEA acredita que as mudanças em curso sejam tão discriminatórias quanto no passado, apesar da entidade reforçar a esperança de que haja verdadeira liberdade. A entidade informa que "claramente os meios de comunicação ocidentais ainda consideram a liberdade religiosa como um direito humano indispensável e em nenhum lugar da Constituição maldiva há qualquer linha relativa à liberdade religiosa". Não muçulmano perde a cidadaniaO Artigo 2 diz claramente que a República das Maldivas está "baseada nos princípios do islã." No passado, um funcionário do país escreveu no blog pessoal dele que o maldivo que se casar com um não-muçulmano ou se converter deixar o islã por outra religião corre o risco de perder a cidadania. Está escrito no Artigo 9 que "um não-muçulmano não pode se tornar um cidadão das Maldivas." O Artigo 16 continua, dizendo que o parlamento pode restringir as liberdades para apoiar as doutrinas do islã. Aos tribunais é permitido decidir sobre quaisquer restrições “justificadas em uma sociedade livre e democrática”. De forma interessante, o Artigo 20 acaba se contradizendo à lei islâmica ao definir que todas as pessoas serão iguais perante a lei. Os artigos seguintes dizem respeito à afiliação religiosa, baseada na sharia (lei islâmica). Os Artigo 72a3 dizem que todos os membros do parlamento devem ser muçulmanos. Considerando tudo isso, a WEA diz que está subentendido “que são proibidos o proselitismo e apostasia", uma vez que atos de envangelismo e a conversão de muçulmanos a outros credos são proibidos e punidos pela lei islâmica. No passado, cristãos foram presos e fisicamente feridos por causa de atividades missionárias. A nova Constituição deve entrar em vigor em outubro de 2008. Ore para que a perseguição não aumente para os cristãos. Ore para que eles sejam fortalecidos e sejam testemunhas corajosas da fé em Jesus.
Tradução: Tsuli Narimatsu
Fonte: Mission Network News

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Usuários de computadores estão digitalizando livros sem saber

Milhões de usuários de computadores estão digitalizando o equivalente a 160 livros diariamente com uma precisão superior a 99%, ainda que a maioria deles não saiba que está ajudando nesta tarefa hercúlea.
Captcha útil
O trabalho começou há cerca de um ano, quando pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, colocaram no ar o reCAPTCHA. CAPTCHA é o nome daquele monte de letras e números embaralhados que se deve digitar para se cadastrar em um site ou para confirmar o envio de um correio eletrônico.
Em vez de ser uma mera medida de segurança que os sites utilizam para evitar a ação de spammers, o reCAPTCHA mostra palavras de verdade capturadas de livros por meio de scanners e que não puderam ser interpretadas pelas ferramentas de reconhecimento de caracteres, os chamados OCR (Optical Character Recognition).
Reconhecimento de palavras
Mas como o programa sabe que o usuário digitou a palavra correta? O sistema funciona assim: o software do reCAPTCHA pega uma palavra conhecida e outra que não foi reconhecida pelo OCR, e apresenta ambas ao usuário. Se o usuário interpretou corretamente a primeira, o programa assume que a segunda também foi interpretada corretamente. O mesmo conjunto é apresentado seguidamente a vários usuários, até que, estatisticamente, ele tenha certeza de que a palavra foi mesmo reconhecida.
Milhares de sites ao redor do mundo já adotaram o reCAPTCHA, que é gratuito. Durante seu primeiro ano de funcionamento, 1,2 bilhão de captchas foram resolvidos e mais de 440 milhões de palavras foram corretamente decifradas. Isso equivale à digitalização de 17.600 livros.
Links desta notícia
reCAPTCHA

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Garibaldi não esperava que súmula do STF sobre nepotismo abrangesse os três Poderes

O presidente do Senado, Garibaldi Alves, surpreendeu-se com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de adotar uma súmula com regras sobre a prática do nepotismo nos três Poderes da União. Com a aprovação da súmula, a ser concluída nesta quinta-feira (21), será possível contestar, no próprio STF, por meio de reclamação, a contratação de parentes para cargos da administração pública direta e indireta. Garibaldi falou com a imprensa logo que chegou ao Senado, na manhã desta quinta-feira.

- Na verdade, eu não esperava que a decisão a ser adotada tivesse a amplitude que teve. Agora, é cumprir a decisão do Judiciário. Antes, porém, vamos aguardar os desdobramentos, a fim de saber como se deve proceder para cumprir a súmula que será publicada. Eu vou ter de dispensar um parente meu, que trabalha no gabinete, mas não sei quanto à repercussão da súmula em outros gabinetes de senadores.

Na entrevista, Garibaldi explicou que, após a publicação da súmula, será feito um levantamento sobre a contratação de parentes de parlamentares, para que se cumpra a decisão. Ele não considerou a súmula uma decisão rigorosa, explicando que apenas se surpreendeu com sua amplitude.

- Pensei que a decisão atingiria aqueles que tinham parentes no Judiciário, e não nos outros Poderes, mas o STF decidiu no sentido de que tivéssemos a decisão alcançando os demais Poderes.

- Presidente, uma decisão assim já não poderia ter sido tomada pelo Legislativo? - perguntaram-lhe na entrevista.

- Poderia já ter sido votada pelo Congresso, mas não houve consenso. Todos nós sabemos, isso não é novidade, que depois que eu cheguei à Presidência do Senado não houve cogitações no sentido de votar os projetos que estavam em andamento nesse sentido.

Questionado por que essa demora em votar continua nos dias de hoje, Garibaldi disse que está enviando telegramas a todos os senadores, lembrando o compromisso assumido pelas lideranças para virem a Brasília votar. Ele disse esperar que ninguém se esqueça de que a última semana de agosto foi reservada para a votação de seis medidas provisórias, além de uma extensa pauta.

Na mesma entrevista, Garibaldi disse que se reuniu na quarta-feira (20) com o corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), para discutir o processo que investiga supostas irregularidades praticadas nas licitações do Senado. Tuma já conversou com procuradores que trabalham nesse processo e relatou ter ouvido deles que, até agora, não há nada de conclusivo sobre o envolvimento da Casa ou de senadores.

- Tuma me disse que, pelo que ele tinha apurado até agora, não havia envolvimento de nenhum senador. Entretanto, ele pediu para só fazer o relatório quando tivesse uma conclusão mais aprofundada. Nós achamos que isso deveria realmente ser feito e ele me pediu pelo menos até quarta feira [27] para que tivéssemos a conclusão do trabalho. Da parte do Senado, qualquer outra providência terá de esperar por esse relatório.

Teresa Cardoso / Agência Senado

CE analisa punição a prefeito que deixar de cumprir deveres educacionais

Já está pronto para ser analisado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) voto favorável do senador Pedro Simon (PMDB-RS) ao projeto de lei complementar, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), destinado a punir os prefeitos que descumprirem os chamados deveres de natureza educacional. Entre as penalidades previstas, está a que proíbe o prefeito de disputar cargos eletivos na eleição subseqüente.
De acordo com o projeto (PLS 540/07), estará sujeito à punição o prefeito que, entre outras faltas, deixar de oferecer vagas nas escolas a todas as crianças com idade entre quatro e sete anos; permitir que crianças em idade escolar estejam nas ruas, em horário de aula, desacompanhadas dos pais; deixar de assegurar a todas as escolas as condições mínimas de higiene, bem como todas condições que garantam o bom aprendizado; não cumprir, integralmente, seus compromissos com os professores, incluindo pagamento de salários e programas de formação profissional.
A proposta de Cristovam acrescenta o artigo 72-A à Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000). Para o senador, se existe uma lei que pune com rigor prefeitos, governadores e até o presidente da República por má gestão das finanças públicas, é necessário que o país tenha um dispositivo legal que também puna quem deixar de zelar pela educação das crianças - nesse caso, os prefeitos.
Essa matéria, além de ser examinada na CE, também terá de ser votada em decisão terminativa na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Cláudio Bernardo / Agência Senado

“Política e Igreja”: evento discute sobre o cristão e a sociedade em época de eleições

Posicionamentos da igreja e dos cristãos no cenário político e social são o foco das discussões no evento “Política e Igreja: A Igreja pode atuar na Política? A Política pode atuar na Igreja?”. A intenção é reunir especialistas políticos cristãos para procurar responder, junto com o público, à questão sobre até onde e de que forma igreja e política podem caminhar juntas. O tema foi escolhido pela proximidade das eleições, fase que leva os cidadãos a refletirem sobre sua posição política e atuação social. No meio cristão não é diferente e a discussão sobre como a fé pode levar ao compromisso com a sociedade deve ser realizado em escolas dominicais e eventos especiais nas igrejas. O debate “Política e Igreja” ocorre na Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, no dia 30 de agosto, a partir das 14h30. Todos que se interessam em aprofundar ou obter esclarecimentos sobre tema são convidados a participar.

A organização do evento coloca como objetivo também “apresentar ações oportunas no contexto dos posicionamentos” e “responsabilizar o indivíduo a ser um agente cidadão transformador e multiplicador consciente da boa consciência, da ética e de soluções efetivas no conjunto do mandato cultural, social e espiritual de Deus”. Dois versículos pautam e incentivam as discussões: “Jesus disse: Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33) e “O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e para proclamar o ano aceitável do Senhor” (Lucas 4: 18 à 19).

Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2201-1709 ou pelo e-mail classedesafios@yahoo.com.br.
Fonte: Agência Soma

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Ativistas cristãos são presos com bandeira "Jesus é Rei"

CHINA (10º) - Autoridades prenderam por dez horas três ativistas cristãos americanos que estavam fazendo uma manifestação na Praça Tiananmen. O reverendo Pat Mahoney, da Coalizão de Defesa ao Cristão em Washington; Brandi Swindell, da Geração Vida (Life Generation) de Boise, capital de Idaho; e Michael McMonagle, diretor nacional do Geração Vida, conseguiram se ajoelhar e orar, mas foram levados sob custódia no dia 6 de agosto após exibirem uma bandeira onde se lia em inglês e chinês: "Jesus Cristo é Rei".
Policiais à paisana foram ao encontro dos três manifestantes e discretamente tentaram levá-los para outro lugar. Diante da insistência dos cristãos em ficar, mais e mais policiais vestidos com roupas informais começaram a chegar, formando um aglomerado ao redor dos cristãos.

Muitos apareceram com guarda-chuvas e os colocaram bem em frente à bandeira com os dizeres, numa tentativa de evitar que as pessoas percebessem o manifesto.

Vídeos mostram a discrição das autoridades chinesas

No youtube é possível ver algumas imagens distantes do momento em que os policiais à paisana abordam os cristãos. O autor do vídeo também foi identificado e preso pela polícia chinesa . Veja um vídeo do protesto aqui em que um policial de bermuda aparece e outro mostrando um aglomerado de pessoas ao fundo, aqui.

Os cristãos foram interrogados, tiveram seus vistos suspensos, celulares confiscados e foram obrigados a pagar US$ 2 mil para retornarem aos Estados Unidos, numa espécie de multa e convite forçado para deixarem a China.

"Esse é o momento de expor as práticas repressivas da China”, disse Bandi Swindell. O objetivo do protesto, segundo ele, foi mostrar a perseguição religiosa e os abusos aos direitos humanos, como a política do governo chinês de forçar que as cidadãs abortem.

O grupo estendeu a bandeira com os dizeres cristãos na praça onde em 1989 estudantes foram mortos em um massacre quando pediam por democracia.


Tradução: Tsuli Narimatsu

Fonte: Christian Newswire

Meios reestruturam mundo religioso, diz professor

SÃO PAULO - O coordenador da 6. Conferência sobre Meios, Religião e Cultura, reunida de 11 a 14 de agosto em São Paulo, e professor da Universidade de Colorado, Estados Unidos, Stewart Hoover, sustentou que a religião midiatizada está gerando não só um maior nível de visibilidade das diversas expressões religiosas, mas propiciando profunda reestruturação no modo de administrar o poder, de viver a espiritualidade e de posicionar-se na esfera pública.

Um dos pioneiros na pesquisa sobre tele-evangelismo e o impacto midiático das igrejas, Hoover mencionou duas tendências da religião contemporânea sobre as quais os meios desempenham um papel importante. O pesquisador observou, em primeiro lugar, uma forte tendência às buscas autônomas e encontros des-institucionalizados com o mundo da espiritualidade. “As pessoas constroem hoje sua religiosidade sem depender de nenhuma regulação orgânica”, sublinhou.

Hoover destacou que os meios se converteram em espaços através dos quais se constrói o mercado que permite com que uma demanda religiosa diversificada chegue às pessoas com maior fluidez e sem a formalidade das mediações tradicionais.

“Neste contexto, os sujeitos sociais modernos atuam de maneira cada vez mais autônoma e pragmática em contraste com aquelas expressões e práticas culturais ‘místicas’ ou efervescentes”, afirmou.

Segundo a análise do professor estadunidense, isso não significa que as manifestações religiosas contemporâneas sejam mais triviais ou inconsistentes na atualidade. Ao contrário, isso implica que as pessoas hoje se percebam como consumidores ativos ou fiéis religiosos pró-ativos dos recursos disponíveis no mercado religioso global. Ao mesmo tempo, o “crente” de hoje tornou-se um produtor dos novos discursos religiosos des-institucionalizados.

Em relação ao fenômeno da igreja eletrônica, Hoover identificou uma nova tendência. “No passado, os movimentos e grupos religiosos, especialmente o setor evangélico, construíam seu poder a partir da apropriação comercial dos meios. No entanto, hoje a emergência religiosa nos meios gera sua própria lógica de legitimidade para além do poder daqueles que administram estes meios”.

Nesse sentido, Hoover sustentou que os meios alternativos, não comerciais, estão expandindo-se de maneira acelerada e gerando novos apoderamentos locais. “Hoje é possível, por isso, falar de uma configuração ‘glocalizada’ da religião contemporânea”, pontuou.

Ao término do encontro, os participantes reconheceram que este fórum tem evidenciado o crescente interesse por parte dos pesquisadores sociais de todo o mundo em relação às implicações midiáticas do fenômeno religioso contemporâneo.

A emergência dos denominados “blogs” da fé em países como a Austrália, o crescimento acelerado da indústria musical midiática na América Latina, o massivo consumo global de sites religiosos na Internet, a luta dos pentecostais para se apropriar de meios comerciais na Nigéria, a “hibridização” dos rituais religiosos midiáticos em comunidades rurais italianas, as transições do tele-evangelismo norte-americano, e as resignificações da cultura oral em espaços digitais na Índia representam apenas alguns dos exemplos mencionados neste fórum e que configuram o novo mapa midiático da religião contemporânea global.

Fonte: ALC

Sacerdote carmelita é assassinado na Índia

ÍNDIA (30º) - O sacerdote carmelita Thomas Pandippallyil, 38 anos, foi assassinado brutalmente na noite de 16 de agosto, perto do povoado de Balampilly, no Estado indiano de Andhra Pradesh, enquanto se dirigia de moto para celebrar a missa dominical, segundo informou a agência missionária “AsiaNews”.

O arcebispo de Hyderabad, Dom Marampudi Joji, declarou a esta agência a “profunda comoção” que o assassinato provocou na comunidade católica, apesar de afirmar que a morte de Thomas Pandippallyil “não foi em vão”.
Violência contra cristãos

O prelado, que viajou imediatamente à área onde foi encontrado o corpo mutilado de Thomas, considera que este assassinato é “conseqüência do crescente clima de intolerância e violência contra os cristãos no país”.

Ele ressaltou ainda que na área onde aconteceu o crime, “a Igreja trabalha pelo desenvolvimento das populações mais pobres e abandonadas”.

Dom Marampudi pediu ao governo indiano que “garanta a segurança da minoria cristã, o que inclui católicos e protestantes”. "A Constituição da Índia nos dá direito de praticar e dar testemunho em qualquer lugar do país. O governo deve enfrentar a questão seriamente e ajudar-nos”, acrescentou.

Fonte: Zenit

Proibido o transplante de órgãos entre cristãos e muçulmanos

EGITO (19º) - Uma nova decisão do Sindicato dos Médicos do Egito que proíbe o transplante de órgãos entre cristãos e muçulmanos irritou tanto as igrejas quanto as mesquitas, que temem um aumento da tensão sectária.

"Todos temos o mesmo sangue egípcio. E se a medida tenta proibir o tráfico de órgãos, também discordamos, porque isso também pode acontecer entre fiéis de uma mesma religião", declarou ontem o bispo Marcos, um dos porta-vozes da Igreja Ortodoxa Copta.
De acordo com as novas instruções do Sindicato dos Médicos - praticamente dominado pelo grupo islâmico Irmandade Muçulmana - não será mais permitido doações de órgãos entre cristãos e muçulmanos. Qualquer médico que viole a norma será interrogado e punido pelo sindicato. "Tudo é para proteger os muçulmanos pobres dos cristãos ricos, que compram seus órgãos", defendeu o diretor o sindicato, Hamdi El Sayed.

Segundo ele, a proibição tem o objetivo "de impedir qualquer tentativa de enganar os pacientes e lhe roubar os órgãos", o que poderia levar a uma crise entre os fiéis das duas religiões.

Olhando para o futuro: o que virá depois disso?

Para o bispo Marcos, a decisão do sindicato é "muito grave" porque pode levar a outros passos, como proibir as doações de sangue entre cristãos e muçulmanos ou impedir que um médico examine um paciente de religião diferente.

"Temos medo que no futuro haja alguns hospitais para cristãos e outros para muçulmanos", afirmou o bispo ao explicar a preocupação da igreja, cujos fiéis correspondem a 10% da população egípcia, de mais de 76 milhões da habitantes.

O especialista Abel Moti Bayumi, membro do Centro de Estudos Islâmico de Al Azhar, assegurou que a proibição "instigará a discriminação entre muçulmanos e cristãos que vivem no mesmo pais".

Tanto as igrejas quanto as mesquitas lamentaram que o sindicato tenha adotado a norma sem antes consultá-las. A medida aparece em um momento no qual a convivência entre cristãos e muçulmanos no Egito parece estar cada vez mais fragilizada.
Alguns pacientes que não podem esperar recorreram na Justiça. A União Egípcia para os Direitos Humanos (UEDH) decidiu apresentar uma denúncia contra o sindicato, pedindo a anulação da decisão.

O diretor da UEDH, o advogado Naguib Gibrael, considerou a medida "discriminatória, que viola os direitos humanos, a Constituição e a unidade nacional". Ele acusou a Irmandade Muçulmana de estar por trás da nova norma e de "seqüestrar o poder legislativo."

Fonte: Efe

sábado, 16 de agosto de 2008

Fragmentação religiosa: um desafio a igrejas e comunicadores

INTERNACIONAL - A América Latina experimenta um processo de diversificação e fragmentação das ofertas religiosas num contexto em que as tradicionais instituições perderam uma quota importante de seu poder cultural histórico, observou o coordenador do Programa de Pastoral da Comunicação do Centro Evangélico de Estudos Pastorais na América Central (Cedepca), Dennis Smith. Presente à Conferência Internacional sobre Meios, Religião e Cultura, realizada em São Bernardo do Campo ao longo da semana (SP), na Universidade Metodista de São Paulo, Smith sustentou que no passado as igrejas protestantes tradicionais detinham poder suficiente para dominar o discurso religioso público.

As igrejas podiam incidir de maneira contundente na esfera pública, estigmatizar a participação nas cerimônias públicas de grupos religiosos marginalizados, a exemplo das espiritualidades indígenas e afro-americanas e dos grupos pentecostais. Hoje, no entanto, novos atores aparecem no campo religioso e, paralelamente, observa-se o ressurgimento de espiritualidades ancestrais. “As igrejas e os grupos religiosos tradicionais competem com novos atores presentes no mercado religioso, alguns deles muito sofisticados no mercado de bens simbólicos”, pontuou Smith. Menu espiritualNa conferência que apresentou no evento, Smith trouxe um detalhado diagnóstico das formas como a religiosidade contemporânea latino-americana se manifesta no supermercado religioso. A cada dia, disse, há mais pessoas que se sentem livres para elaborar o seu próprio menu espiritual, sem se sentirem sujeitas ao poder de hierarquias religiosas. “A gente entra neste novo ‘supermercado’ para adquirir auto-estima, uma porção de perdão, uma essência de esperança, um caldo de consolo e depois vai combinando esses ingredientes segundo uma receita pessoal”, afirmou. Os novos crentes não sentem a necessidade de esconder o fato de que manejam, de forma simultânea, múltiplas identidades religiosas. Pesquisas revelam que pessoas católicas assistem, eventualmente, aos espetáculos religiosos apresentados pelas mega-igrejas neopentecostais. "Essas mesmas pessoas, nos momentos limites de sua própria vida, não hesitam em consultar os guias espirituais de outras tradições religiosas", sustentou o professor Smith. “Diante desse cenário estão lançados os novos desafios às igrejas, movimentos religiosos, comunicadores e comunicadoras que procuram em seus projetos afirmar a dignidade humana na sociedade contemporânea”, frisou. Nesse sentido, é preciso prestar atenção ao sopro do Espírito nas comunidades eclesiais. “Descobriremos ali que há pessoas em nosso meio que são intermediárias com o incognoscível; são os guardiães de espaços sagrados. Às vezes esses espaços se caracterizam por uma celebração de previdência, plenitude e esperança, às vezes como palco de medo, de manipulação e de vingança”, concluiu.
Fonte: ALC notícias

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Estudiosos debatem midiatização das experiências religiosas

Estudiosos do fenômeno da religião e das mídias, reunidos na Universidade Metodista de São Paulo (Umesp) para a 6a. Conferência sobre Meios, Religião e Cultura, analisam as implicações da midiatização das experiências religiosas no contexto de uma sociedade plural e diversa.
Rolando Pérezquarta-feira, 13 de agosto de 2008
O professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), padre Pedro Gilberto Gomes, que participou do painel sobre “a religião nas grandes corporações midiáticas”, sustentou que a América Latina observa hoje um deslocamento do espaço tradicional dos templos para um campo aberto e multidimensional, onde os meios desempenham um papel importante. “A cultura midiática está criando novas ritualidades e sensibilidades religiosas”, afirmou.Esta mudança de época está marcada por uma nova ecologia comunicacional. Nesse sentido, enfatizou Gomes, o fenômeno da midiatização religiosa é mais do que uma experiência relacionada ao uso e à apropriação da tecnologia midiática. Trata-se da construção de um novo modo de ser no mundo onde as identidades e formas de viver a fé e interagir com a transcendência estão mediadas por espaços e meios que estão além do mundo sagrado institucionalizado. Nesse sentido, a midiatização da sociedade converte-se numa das chaves hermenêuticas para compreender e interpretar o mundo religioso e as novas espiritualidades.Os trabalhos apresentados por pesquisadores de diversos países revelam que as novas formas de produção e de consumo religioso estão crescendo cada vez mais no espaço criado pelos novos meios de comunicação, no qual o ciberespaço converteu-se no lugar privilegiado destas novas buscas. O professor Paul Teusner, da Universidade RMIT, de Melbourne, Austrália, apresentou as conclusões de sua investigação sobre a emergência da religiosidade juvenil na “blogosfera”. O estudo de Teusner indica que o uso das novas tecnologias, como a internet, está gerando novas identidades religiosas e novos processos de interação entre os fiéis, bem como entre a própria comunidade religiosa tradicional. O estudo revela que essa experiência religiosa não significa necessariamente uma forma de concorrência em relação às comunidades religiosas tradicionais. Os “cibercristãos” assumem a comunidade virtual como um passo intermediário para vincular-se com suas congregações ou igrejas locais tradicionais, salientou.Para a professora Maru Hess, da Universidade Luterana de Minnesota, nos Estados Unidos, as novas apropriações dos espaços produzidas pelos meios tecnológicos geram re-significações notáveis no campo da autoridade religiosa. Por outro lado, indicou, este fenômeno gera desafios para as igrejas e grupos religiosos tradicionais em termos de repensar suas estratégias discursivas, bem como compreender, interagir e dialogar com estas novas comunidades virtuais de fé e com os próprios fiéis que se movem nos espaços e mundos culturais que a sociedade contemporânea midiatizada está gerando.A conferência de São Paulo reúne 200 pesquisadores, de 26 países. Ela é organizada pela Comissão Internacional sobre Meios, Religião e Cultura, a Umesp e a Associação Mundial para a Comunicação Cristã (WACC, a sigla em inglês) na América Latina. O evento teve início na segunda-feira, 11, e se estende até amanhã.

Construção da paz passa pela comunicação, diz Esquivel

Frente a um cenário mundial caracterizado pela emergência de conflitos políticos, étnicos e religiosos, a diversidade de idéias e a tolerância entre os povos constituem medidas eficazes para recriar um mundo mais justo e pacífico, disse o Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, na abertura da 6. Conferência Mídia, Religião e Cultura, acolhida pela Universidade Metodista de São Paulo, de 11 a 14 de agosto.
ALCquarta-feira, 13 de agosto de 2008
“Devemos nos comunicar uns com os outros, pois sem o diálogo entre as pessoas nada se constrói”, enfatizou Esquivel aos representantes de 26 nações e de mais de 80 instituições de ensino reunidos na conferência internacional de São Paulo para debater e apresentar trabalhos científicos relacionados à religião, mídia, cultura e paz.Ativista de Direitos Humanos e fundador do Jornal Justiça, Pérez Esquivel recordou que falar de paz no mundo de hoje é falar das religiões e do lugar da mídia e da tecnologia. Esses elementos, afirmou, podem tanto favorecer a construção de um cenário de paz quanto contribuir para a sua falência. Insistindo na necessidade de uma compreensão de todas as religiões globais, o palestrante argumentou que Deus é de todos e não apenas de um único povo. “Devemos compartilhar informações e aprender através das diferentes vertentes religiosas”, destacou.Na avaliação do arquiteto e professor argentino, os meios de comunicação desempenham papel central para a disseminação de idéias e opiniões, sendo preciso democratizá-los. “O reconhecimento de outras culturas, gêneros, formas de pensamento e religiões é de suma importância na garantia dos direitos dos povos e a construção de democracia”, sentenciou.Ao falar para jornalistas em coletiva de imprensa antes do início do evento, Pérez Esquivel disse que os profissionais da área da comunicação têm o poder do texto. “Com uma única palavra podemos amar e também destruir. A palavra tem a força de uma arma”, argumentou.O militante dos Direitos Humanos mencionou ainda as inúmeras possibilidades de aproximação de pessoas e povos que o advento da internet possibilitou, além do ilimitado acesso para a veiculação e recepção de informações e mensagens. Ressaltou, contudo, que o tempo das máquinas está se tornando também o tempo da cotidianidade, fazendo da “correria dos dias atuais um fator de perda da identidade e da visão do mundo das pessoas”.A 6. Conferência Mídia, Religião e Cultura conta com o apoio da Cátedra Unesco de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp) e da Associação para a Comunicação Cristã (Wacc, a sigla em inglês) da América Latina.Segundo o organizador internacional da conferência, professor Stewart Hoover, as discussões em torno da religião representam um dos assuntos mais importantes do século 21. “A maneira como nós temos pensado a religião no passado não costuma incluir a mídia. Hoje, devemos estudar o papel da mídia na religião e a religião na mídia”, afirmou.A conferência de São Paulo, focada em temas relacionados à sociedade multicultural e multirreligiosa, foi precedida pela conferência Mídia, Religião e Cultura, reunida na cidade de Signtuna, na Suécia, em 2006. A primeira conferência deste tipo foi realizada em Upsala, na Suécia, em 1993.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Católicos também denunciam perseguição a cristãos na China


CHINA (10º) - São duas faces da mesma moeda: no final de julho, desapareceram mais dois padres da Igreja Católica clandestina da China, depois de terem sido detidos. Ao mesmo tempo, o governo promete distribuir gratuitamente 50 mil Bíblias a atletas e turistas e são batidos recordes de impressão da Bíblia no país, em exemplares destinados aos cristãos chineses. A operação de distribuição de Bíblias pretende calar as vozes dos que condenam a política da China no que diz respeito ao direito de professar uma religião. Relatórios sucessivos sobre a liberdade religiosa no mundo têm colocado a China na lista dos países que mais atentam contra este direito fundamental.
A Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), uma organização internacional dependente do Vaticano, mas com autonomia de funcionamento, lançou uma campanha de apoio aos católicos na China, para a fazer coincidir com os Jogos Olímpicos. Notando um enorme crescimento do número de católicos - a cada ano, há cerca de 100 mil novos batismos -, a instituição nota, no entanto, que essas pessoas correm "muitos riscos", quando decidem tornar-se cristãs e que "a perseguição continua". Relatório sobre liberdade religiosaA AIS, que tem publicado anualmente um relatório sobre a liberdade religiosa no mundo, afirma que, atualmente, há "pelo menos 12 bispos" detidos "em prisão domiciliar, na prisão ou forçados a viver na clandestinidade". Na China, há uma estrutura católica clandestina e uma outra - a Associação Católica Patriótica - que é controlada pelo Governo comunista. Mesmo assim, esta não se "livra de sofrer também violências e abusos", lê-se no relatório de 2006 (o último disponível). Mas as perseguições e ameaças atingem por igual cristãos (católicos e protestantes), muçulmanos, budistas (como no caso do Tibete) ou membros de grupos como a Falun Gong. Estimativas do Vaticano apontam para a existência de 12 milhões de católicos na China, cerca de 1% da população do país. As Bíblias que serão distribuídas durante os Jogos são bilíngües, mas não ficará por aqui a operação de simpatia para com os crentes cristãos: igrejas e lugares de culto na capital e nas restantes cidades olímpicas ficarão abertos à disposição de quem queira, ao contrário do que é normal.
Fonte: AIS - Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

domingo, 3 de agosto de 2008

Tumulto durante celebração religiosa deixa pelo menos 145 mortos na Índia

(atualiza número de mortos) Nova Délhi, 3 ago (EFE).- Pelo menos 145 peregrinos morreram hoje por causa de um tumulto quando estavam reunidos nas proximidades de um templo hindu para participar de uma celebração religiosa na região indiana de Himachal Pradesh.
A tragédia aconteceu no acesso do famoso templo de Naina Devi, situado no distrito de Bilaspur, onde no sábado começou uma popular festividade hindu.O trágico incidente aconteceu depois que o pânico se estendeu entre os peregrinos, por causa do rumor de que havia um deslizamento de pedras na colina onde fica o templo.Muitas das vítimas são mulheres e crianças, segundo fontes policiais citadas pela agência "Ians".Os trabalhos de resgate para levar os feridos aos hospitais estão complicados, devido às dificuldades de acesso ao templo - é preciso percorrer cerca de cem metros a pé no trecho final -, às condições meteorológicas adversas e à falta de coordenação entre as equipes, acrescentou a "Ians".No local do tumulto e na estrada de acesso ao templo, se amontoam os cadáveres das vítimas, muitas delas especialmente vestidas para apresentar suas oferendas no templo.Segundo a "PTI", familiares das vítimas foram ao local da tragédia para tentar localizar seus entes queridos.A governadora do estado de Himachal Pradesh, Prabha Rau, lamentou a tragédia e expressou suas condolências aos familiares das vítimas.O Executivo regional já anunciou que pagará indenizações no valor de 100 mil rúpias (pouco mais de US$ 2.300) aos parentes mais próximos das vítimas fatais e de 50 mil rúpias (US$ 1.100) aos feridos gravemente.O templo de Naina Devi é um conhecido local de peregrinação situado a cerca de 160 quilômetros da turística cidade de Shimla.Milhares de peregrinos tinham se deslocado até o local por ocasião dos dez dias de festividade religiosa do Shravan Ashtami, que começou no sábado.Segundo a tradição, Sati - esposa do deus Shiva - perdeu um olho nesse lugar durante o Tandav, dança com o qual seu marido causava a destruição na terra.O nome do templo, Naina Devi, significa o olho da deusa, e se transformou em um dos santuários mais populares da Índia, segundo a "Ians".Esse tipo de incidente não é incomum nas concentrações religiosas na Índia, onde milhares de pessoas se aglomeram freqüentemente com poucas ou nulas medidas de segurança.No mês passado, seis pessoas morreram e outras 26 ficaram feridas depois de uma correria registrada durante uma celebração religiosa na cidade indiana de Puri.

sábado, 2 de agosto de 2008

Rei saudita é ameaçado de morte após conferência inter-religiosa


ARÁBIA SAUDITA (2º) - Um dos líderes do grupo terrorista Al-Qaeda acusa, num vídeo lançado na Internet, o soberano saudita de renunciar ao islã por ter participado num encontro inter-religioso. Abu Yahia A-Libi, um dos terroristas que escapou de uma prisão americana no Afeganistão, fez um apelo à morte do Rei Abdullah devido ao seu papel de promotor da Conferência Inter-religiosa de Madrid que ocorreu no início do mês ( leia mais). Nessa conferência, que reuniu representantes das cinco principais religiões do mundo, cristianismo, islamismo, judaísmo, hinduísmo e budismo, o monarca pediu aos presentes para se juntar a ele para alcançar a reconciliação e rejeitar as forças do “fanatismo religioso”. A posição do rei é importante tendo em conta que a família real saudita foi sempre defensora da vertente salafita, ou wahabita, do islã, a mesma abraçada por Osama Bin Laden e a Al-Qaeda. Para além disto, o rei da Arábia Saudita assume, pelo seu papel de guardião dos lugares sagrados de Meca e Medina, um grande peso no seio do islã. As relações entre os terroristas inspirados por Bin Laden e a família real saudita azedaram há muito tempo, devido à boa relação entre estes e os Estados Unidos. O país já foi vítima de atentados no passado. Esta nova atitude de Abdullah apenas piorou uma imagem já negativa que os militantes da Al-Qaeda têm dele e da sua dinastia. Tradução: Tsuli Narimatsu
Fonte: Diario Digital

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