Teólogos reunidos em Belém elaboram agenda ambiental cristã durante o III Fórum Mundial de Teologia e Libertação.
Reunidos na capital paraense desde a semana passada, teólogos de várias partes do mundo e representando diferentes correntes cristãs encerraram a terceira edição do Fórum Mundial de Teologia e Libertação (FMTL). Este ano, o evento foi realizado em Belém, cidade que abriga, a partir desta terça-feira, o Fórum Social Mundial. Um dos resultados do encontro de religiosos foi a formulação de uma agenda verde para a Igreja Cristã, com abordagens objetivas acerca da urgência da incorporação dos temas ambientais no pensamento teológico global.
“O hinduísmo tem lidado há milênios com as mesmas categorias, considerando os aspectos éticos da compreensão holística de nosso papel no mundo”, afirmou o teólogo indiano Felix Wilfred, apontando para a ironia de que outras religiões e até as esferas seculares estão mais adiantados que a cristandade em termos de engajamento nas questões ecológicas. Ele reconhece que os cuidados com o meio ambiente costumam ser soterrados sob a tradição e o sectarismo. Já Mercy Odudoye, de Gana, destacou o aspecto da unidade visível da Criação de Deus. “A Terra e as pessoas são fruto do mesmo ato criador do Senhor. A vida é forte e frágil ao mesmo tempo, tanto para a natureza como para as pessoas”, afirmou.
Responsável no Conselho Mundial de Igrejas (CMI) pelo programa que lida com o tema da mudança climática, o teólogo uruguaio Guillermo Kerber apresentou uma análise sistemática da questão a partir da centralidade da justiça na Bíblia. De acordo com o estudioso, as mudanças provocadas pelo aquecimento global trazem em seu bojo delicadas implicações econômicas e sociais. Referindo-se ao que chamou de “refugiados climáticos”, Kerber advogou a adoção de políticas compensatórias para esse segmento. “O ‘kairós’ dos refugiados climáticos pode ser resumido no seu direito à justiça e à reparação”, enfatizou.
O III FMTL foi encerrado com um ato religioso baseado nos elementos terra, fogo, água e ar. Contudo, a programação vai se desdobrar durante o Fórum Social Mundial através de uma oficina na Tenda da Coalizão Ecumênica, que avalia a caminhada do FMTL desde 2005.
Fonte: Cristianismo Hoje
Reunidos na capital paraense desde a semana passada, teólogos de várias partes do mundo e representando diferentes correntes cristãs encerraram a terceira edição do Fórum Mundial de Teologia e Libertação (FMTL). Este ano, o evento foi realizado em Belém, cidade que abriga, a partir desta terça-feira, o Fórum Social Mundial. Um dos resultados do encontro de religiosos foi a formulação de uma agenda verde para a Igreja Cristã, com abordagens objetivas acerca da urgência da incorporação dos temas ambientais no pensamento teológico global.
“O hinduísmo tem lidado há milênios com as mesmas categorias, considerando os aspectos éticos da compreensão holística de nosso papel no mundo”, afirmou o teólogo indiano Felix Wilfred, apontando para a ironia de que outras religiões e até as esferas seculares estão mais adiantados que a cristandade em termos de engajamento nas questões ecológicas. Ele reconhece que os cuidados com o meio ambiente costumam ser soterrados sob a tradição e o sectarismo. Já Mercy Odudoye, de Gana, destacou o aspecto da unidade visível da Criação de Deus. “A Terra e as pessoas são fruto do mesmo ato criador do Senhor. A vida é forte e frágil ao mesmo tempo, tanto para a natureza como para as pessoas”, afirmou.
Responsável no Conselho Mundial de Igrejas (CMI) pelo programa que lida com o tema da mudança climática, o teólogo uruguaio Guillermo Kerber apresentou uma análise sistemática da questão a partir da centralidade da justiça na Bíblia. De acordo com o estudioso, as mudanças provocadas pelo aquecimento global trazem em seu bojo delicadas implicações econômicas e sociais. Referindo-se ao que chamou de “refugiados climáticos”, Kerber advogou a adoção de políticas compensatórias para esse segmento. “O ‘kairós’ dos refugiados climáticos pode ser resumido no seu direito à justiça e à reparação”, enfatizou.
O III FMTL foi encerrado com um ato religioso baseado nos elementos terra, fogo, água e ar. Contudo, a programação vai se desdobrar durante o Fórum Social Mundial através de uma oficina na Tenda da Coalizão Ecumênica, que avalia a caminhada do FMTL desde 2005.
Fonte: Cristianismo Hoje
Nenhum comentário:
Postar um comentário